domingo, fevereiro 18, 2007

Especulação?

Sem comentários, registo este texto de Manuel Agostinho Magalhães, hoje publicado no Sol online. Especulação ou factos?
Jardim já comunicou ao PSD que se vai demitir
Está tudo a postos. Jardim vai anunciar aos sociais-democratas que se demite de Presidente do Governo Regional da Madeira e formalizará a saída a meio da próxima semana. O PSD não indicará substituto forçando Cavaco a convocar eleições antecipadas. E o sucessor de Jardim será o próprio Jardim
Alberto João Jardim vai mesmo anunciar a sua demissão esta segunda-feira. O SOL soube junto de fonte social-democrata que o Presidente do Governo Regional da Madeira já informou a direcção nacional do PSD do que se irá passar na próxima semana. Confirma-se que a reunião de segunda-feira com os sociais-democratas madeirenses servirá a Jardim para informar a sua estratégia política. O objectivo é a sua reeleição, para um novo mandato, com maioria reforçada.
A decisão de Jardim prende-se com a entrada em vigor da Lei das Finanças Regionais. Cavaco promulgou a nova legislação que retira milhões à Madeira de fundos atribuídos pelo Governo da República. E Jardim, que já tinha afirmado não ter condições para cumprir o programa de Governo, explicará que essa é a razão da sua saída.
A seguir à reunião de segunda-feira, comunicará a sua saída ao País e depois, a meio da próxima semana, formalizará a demissão junto do ministro da República. Nos termos legais, este convidará o PSD a apresentar um substituto mas o partido que tem a maioria absoluta no Parlamento Regional não vai indicar ninguém para o lugar, forçando a queda do executivo e obrigando a eleições antecipadas na Madeira.
Caberá a Cavaco Silva a marcação do acto eleitoral. De notar que, ao contrário do sistema vigente para as autarquias, as regiões autónomas não dispõem de eleições intercalares. Isto é, o próximo Governo Regional terá mandato para quatro anos.
Jardim será o candidato a este novo mandato, até 2011. O homem que governa a Madeira há 30 anos, conta capitalizar o descontentamento dos madeirenses com José Sócrates, devido aos cortes nos fundos, e reforçar a sua legitimidade, colocando-se ainda ao abrigo de surpresas: sem dinheiro, Jardim veria dificultada a sua reeleição se o mandato actual chegasse a termo.

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