quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Investimento privado

Gostei do debate hoje na RTP da Madeira, sobre o novo ciclo e sobre a tal pretensa substituição. É evidente que o sector público não pode continuar a assumir os encargos que chamou a si até hoje, que os recursos financeiros públicos serão cada vez menores. Portanto, neste contexto, é normal que seja o sector privado, concluídos que estão os investimentos estruturantes e as chamadas grandes obras públicas ou estão concluídas, ou em conclusão ou adjudicadas. O problema é que não avança coisa nenhuma, salvo grandes grupos (à nossa dimensão, claro está…) que cresceram todos sabem como, que investiram alguma coisa na Madeira, mas que agora apostam no exterior, sem que a Madeira aparentemente se esgotasse. Não há um gerar de postos de trabalho pelos privados, o comércio tradicional está na agonia, as empresas aguentam-se periclitantemente, a banca acumula vergonhas receitas que indiciam o aumento de dificuldades na concessão de crédito, pelo que não existem ainda condições, etc.
Portanto mais do que paleio – e há mais de dez anos que o oiço – é preciso decisões concretas, actos claros, o sector privado dizer (e mostrar) de uma vez por todas se tem condições, se quer e pode ser essa alternativa, se o desenvolvimento e a Madeira podem contar com ele, ou se estamos perante uma conversa de treta, um embuste muito bem montado, pateticamente alimentado para justificar teorias que não passam disso. Até lá a ideia que eu tenho, a ideia de todos temos, é que o sector empresarial privado vive colado ao sector público e mesmo grupos aparentemente “independentes” também vão beber água à mesma fonte.

Sem comentários: