terça-feira, março 27, 2007

Portugal: Jornalismo de sargeta...

Hoje li no Correio da Manhã uma entrevista com o Ministro Artur Santos Silva:
(...)

– O novo Estatuto é um remédio para as violações deontológicas?

– Não é um remédio, é um instrumento que a classe não tinha e que passará a ter. O que não consigo é conviver com observações de jornalistas que muito prezo, qualificados e com escrúpulo profissional reconhecido pela sua classe, como as que tive logo no início das minhas funções, que se queixavam recorrentemente de serem confundidos com o jornalismo de sarjeta.

– Jornalistas de sarjeta?

– Não digo jornalistas de sarjeta. Digo o jornalismo de sarjeta. Sabe o que é o jornalismo de sarjeta? É o jornalismo que teima em não respeitar os artigos 25 e 26 da Constituição. E que diz que a integridade moral das pessoas é inviolável, que a todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, à capacidade civil, à cidadania, ao bom-nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar, e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.

– Os jornalistas são os grandes culpados dessas violações?

– Não disse isso. Ouvi e ainda ouço muitas observações críticas de jornalistas qualificados que se queixam de serem confundidos com o jornalismo de sarjeta pela simples razão de a classe não dispor de nenhuma capacidade de sancionar violações grosseiras do Código Deontológico que a própria classe aprovou. O que eu digo é que com este Estatuto a classe vai ter capacidade de as sancionar se quiser e da maneira como sempre defendeu privilegiando as sanções morais e só em situações limite outras formas de sanção, nomeadamente pecuniárias ou de suspensão.

(...)

Quem quiser ler o resto é simples

Sem comentários: