domingo, julho 29, 2007

Congresso do PS-Madeira 2007: rescaldo

No rescaldo do Congresso do PS da Madeira – embora seja necessário aguardar pela comunicação social, pelos nomes que farão parte da nova direcção de Gouveia, etc – o que ressalta é a aparente banalização do discurso político de João Carlos Gouveia – será que este “mais do mesmo”, depois de mais de 30 anos de exemplos, não consegue ser entendido que apenas prejudica o PS madeirense? – quando era suposto que partiria para a procura de um discurso diferente e autónomo. Outro aspecto que retive, para já, foi a tremenda desilusão de Serrão, incapaz de assumir responsabilidades pela derrota de 6 de Maio que apenas lhe são imputáveis. Registei ainda a passagem discreta (ou nalguns casos a ausência estratégica) de algumas figuras do PS local. Finalmente a preocupação de Santos Silva, o ministro de Sócrates enviado ao Funchal, que dirigiu o seu discurso essencialmente para Marques Mendes, tentando “ignorar” ou pelo menos disfarçar que ignorava, Alberto João Jardim. Mas é óbvio que depois do 6 de Maio, ao PS da Madeira colocam-se outros desafios que não passam por discursos de congresso, por moções mais ou menos bem redigidas, ou por discursos mais ou menos contundentes mas que não trazem novidade nenhuma, sobretudo aos militantes, simpatizantes e eleitores do PS. O problema é essencialmente de credibilidade de conquistar (ou até reconquistar) a confiança e o apoio eleitoral que decididamente perdeu este ano por culpa própria. Pelos erros que os principais responsáveis não foram capazes de assumir no local próprio.

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