terça-feira, agosto 28, 2007

Açores: nomeação polémica

O líder do PSD-Açores, Costa Neves, acusou ontem o governo regional socialista de "mentira, intolerância, arrogância e demagogia, que são inaceitáveis em democracia". Em conferência de imprensa, Costa Neves sustentou que o presidente do executivo açoriano demonstrou "não ter, de todo, pudor, vergonha e ética, ao nomear para seu assessor de imprensa o antigo director de informação da RTP Açores, o jornalista Carlos Tomé". "A julgar pelo passado recente, esta reestruturação [do seu gabinete] pode ser mais um contributo para a descarada manipulação de informação oficial, nomeadamente de dados estatísticos, e uma tentativa redobrada para aliciar, controlar e intimidar tudo e todos", considerou. Costa Neves disse mesmo ser "eloquente que Carlos César tenha confiança política no antigo director de informação da RTP Açores, porque a sua nomeação pode ser um pagamento na protecção que deu ao Governo enquanto exerceu as funções de chefia". Na conferência de imprensa, o social-democrata responsabilizou ainda o governo regional pelas "péssimas opções em matéria de transportes marítimos, que já fizeram a região gastar 36 milhões de euros em barcos que não são adequados para os portos de certas ilhas". Dando como exemplo o recente acidente com o navio "Ilha Azul" — que embateu num baixio no porto da Praia da ilha Graciosa —, Costa Neves considerou que, "quando é para assumir responsabilidades, o presidente do governo e o secretário regional da economia desaparecem".Recusando pedir a demissão do secretário regional da Economia (responsável pela política de transportes regionais), o dirigente social-democrata concluiu que, "se não existe confiança política do presidente do Governo, então não tem condições para o exercício do cargo". Leia aqui.

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