terça-feira, agosto 28, 2007

Saúde: novas ameaças?

Um mundo com cada vez maior risco de surtos de doenças, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergências que podem rapidamente tornar-se numa ameaça à saúde pública global. É este o cenário traçado pelo relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “A saúde pública global depende da cooperação internacional e da disponibilidade dos países para agir com eficácia na tentativa de travar as ameaças emergentes”, diz o comunicado da agência das Nações Unidas.Segundo a OMS, desde 1967, terão sido identificadas mais trinta e nove novas doenças, o HIV, o Ebola, Marburgo e a pneumonia atípica, e outras como a malária ou a tuberculose terão sofrido mutações e resistem cada vez mais aos medicamentos. “Estas ameaças tornaram-se num perigo muito grande para um mundo caracterizado por uma grande mobilidade, interdependência económica e interligação electrónica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais não protegem das invasões de doenças ou dos portadores”, disse Margaret Chan, directora geral da OMS.“O relatório quer promover a segurança global e diminuir a vulnerabilidade das populações às fortes ameaças. A saúde pública internacional é uma aspiração colectiva mas também uma responsabilidade mútua”, acrescentou.Segundo a OMS, as linhas aéreas transportam actualmente mais de dois mil milhões de passageiros por ano, permitindo que as pessoas, e as doenças que viajam com elas, passem de uns países para outros em algumas horas.Sob o título “Um futuro mais seguro: a segurança global da saúde pública no século XXI”, o relatório anual da OMS deixa algumas recomendações aos governos dos países, entre as quais a implementação definitiva do regulamento sanitário internacional (revisto em 2005) e promoção de campanhas de prevenção e simulação de surtos epidémicos, de forma a garantir mecanismos de resposta e trocas de informações mais rápidos e eficazes.

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