sábado, agosto 30, 2008

EUA-2008: "velhinho" MCain escolheu ex-Miss Alaska...

É caso para dizer, olhem lá o "danado do velhinho". O candidato presidencial republicano John MCain escolheu como sua candidata a Vice-Presidente nada mais nada menos que uma ex-Miss Alaska e actual Governadora deste Estado:




Acerca deste tema a jornalista do Publico Rita Siza, escreve hoje: "Aos 16 anos, Sarah Palin ganhou o concurso de Miss Wasilla, a pequena cidade do Alasca onde os seus pais se instalaram três meses depois dela nascer, e tornou-se candidata à coroa de Miss Alasca. Nessa eleição ficou em segundo, aceitando a responsabilidade de substituir a detentora do ceptro sempre que esta não pudesse cumprir com as suas obrigações.Quase 30 anos mais tarde, a ainda esbelta e cativante Sarah volta a assumir o risco de tomar o lugar do concorrente número um. A antiga Miss Alasca, hoje com 44 anos, volta a subir ao palco e a mostrar-se num concurso pela admiração dos seus pares - só que, desta vez, é a eleição da sua vida. Destemida, optimista, combativa, ousada, enérgica e séria, é francamente popular no Alasca, onde se notabilizou por denunciar casos de corrupção dentro do seu próprio partido. Não é difícil encontrá-la a caçar ou pescar nos rios e florestas da "última fronteira americana". Os Palin competem nas corridas de trenó na neve e guiam o seu próprio hidroavião.Sarah casou com o seu namorado do liceu, Todd Palin, assim que regressou ao Alasca depois de se ter licenciado em Jornalismo na Universidade do Idaho (o estado onde nasceu). Teve uma breve carreira de repórter desportiva em televisões locais. Sarah tem cinco filhos, com idades compreendidas entre os quatro meses e os 19 anos. Trig Paxson, o último, nasceu com síndroma de Down. Palin é uma fervorosa evangélica e uma defensora do conservadorismo social em termos políticos: contra o aborto e a investigação científica com células estaminais, a favor do ensino do Criacionismo e da pena de morte. Opõe-se ao casamento gay mas também à discriminação de casais homossexuais - vetou a legislação que vedava aos parceiros gays dos funcionários estaduais os mesmos benefícios dos casais heterossexuais". Enquanto isso, alguns jornais portugueses continua a dar destaque a Obama e a sustentar que a América já esta a mudar. Se conhecessem como se processa o sistema eleitoral norte-americano e não esquecessem que as votações flutuam e que é frequente e normal a transferência de votos entre republicanos e democratas, muitas vezes por causa de pormenores que nos passam despercebidos ou desvalorizamos, talvez recomendasse alguma prudência. Para não terem depois que fazer grandes "ginásticas". Até ao momento toda a encenação - e nisso Obama mostra que tem uma equipa de imagem e propaganda excelente - limita-se às bases dos partidos. Os candidatos ainda não saíram ao encontro do país real. E a realidade partidária considerada mais fixa e fiel, representará, segundo estudos de várias empresas da especialidade, não mais que 30% da votação final dos candidatos. Em Portugal, por exemplo, o universo dos militantes REALMENTE inscritos num partido nacional que ganha eleições representa, efectivamente, cerca de 5 a 7%.

Sem comentários: