Professores: afinal em que ficamos?

Afinal em que ficamos? O Ministério da Educação parece que sabe - mas esconde de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros - que os professores em Portugal não são assim tão maus...Aliás, basta consultar a última versão (2006) do "Education at a Glance", publicado pela OCDE, onde na página 58, é desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. É ainda apresentado, no estudo, o tempo de permanência na escola, surgindo os professores portugueses em 14º lugar entre 28 países, com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxemburgueses, checos, islandeses e noruegueses! No mesmo documento de 2006 poderá constatar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar, entre 31 países, quanto a salários! Na página 32 poderá verificar que, em matéria de investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar, entre 31 países, e em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno. Mas segundo este blog (o chamado Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), "disto o Ministério da Educação não fala. Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços". Aos interessados em ler o "Education at a Glance 2006", aqui.