sexta-feira, outubro 31, 2008

Telhadices

O reitor da UMa concedeu uma entrevista ao semanário tribuna da Madeira na qual, faz a dada altura uma referência aos comentários publicados neste blogue. Revelando uma falta de carácter própria de gente sem nível – a que alguns mais radicais do que eu chamariam de crápulas - Telhado Pereira insinua, numa linguagem como sempre “fácil” de perceber (quiça à imagem de tese de doutoramento de relevante qualidade e indiscutível pertinência social), que existirão razões pessoais da minha parte para o criticar, avançando com uma série de asneiradas que deixam nas entrelinhas insinuações torpes próprias de gente medíocre e sem nível como é o caso. Por acaso devo-lhe alguma coisa ou alguma vez lhe dei confiança? Pedro Telhado Pereira é um oportunista que passou pela Madeira, encostando-se ora à direita ora à esquerda, conforme lhe interessa, fazendo jogo duplo em muitas questões incluindo a dupla tutela. Não existem da minha parte razões pessoais relativamente a Telhado Pereira, pelo simples facto de que me estou borrifando para o que ele pensa, diz, faz ou beneficia e porque nunca tive, nem quero - e fugirei como o ”diabo da cruz” de tal perspectiva… - qualquer tipo de relacionamento institucional com semelhante pessoa. TP tenta esconder o sol com a peneira, mas conhece todas as situações de absoluto compadrio na UMa, protege quem lhe convém, serve e apoia, perseguiu e despediu docentes, pronunciou-se sobre o curriculum académico, de forma indigna, de docentes que depois afastou porque via neles potenciais obstáculos às suas ambições, sabe das ilegalidades cometidas em departamentos aos quais está ligado, esbanja milhares em pareceres para saber se pode ou não participar nas reuniões do seu departamento (DGE), que controlava à distância apesar de, por incompatibilidade, o ter abandonado enquanto exerce funções de reitor, conhece um relatório do Tribunal de Contas que lhe aponta diversas ilegalidades, sabe de diversos processos em Tribunal com denúncias de ilegalidades e abuso de poder (ainda recentemente viu-se o que aconteceu com a Biologia), tem-se revelado uma personagem prejudicial para a Universidade da Madeira, sabe que a tutela recebeu diversas participações contra, etc. Viram há dias o comentário deste iluminado a propósito da apologia de maior abertura da Universidade da Madeira à sociedade madeirense, comentando declarações feitas por quem sabe disto mais do que ele, um membro da Comissão de Acompanhamento e Avaliação? “Mas a Universidade da Madeira está sempre aberta à sociedade madeirense, neste momento tem três exposições que podem ser visitadas por quem quiser”! Por acaso alguém falou em exposições? Por acaso resume-se a isso a abertura de uma Universidade à sociedade onde se integra? Um descaramento que em qualquer país civilizado era razão mais do suficiente para a imediata demissão por despacho. O que é feito da célebre quinta comprada pela UMa ali nas imediações da Penteada? Nem a residência universitária conseguiu concretizar e não fosse a Câmara do Funchal e tudo continuaria ainda na estaca zero! E que dizer da sua oposição, silenciosa mas eficaz, à dupla tutela, obviamente também por outros motivos facilmente compreensíveis, sobretudo se as pessoas se recordarem de tudo o que aqui referimos, a começar por aquela célebre acta da leviana distribuição de milhares de euros por docentes, passando pela existência de situações bizarras - ao que parece entretanto resolvida à força - de haver pessoas que eram ao mesmo tempo docentes na UMa a tempo inteiro e delegados do Instituto de Desporto e membros de organismos municipais em Braga!
TP revela-se nesta entrevista um indivíduo sem nível, que sabe como obter os votos para se manter no poder e promove a intriga e a desestabilização na universidade, afirmando-se desta forma como uma péssima valia para a instituição, tudo devido a uma sede incontrolável de poder e de protagonismo, falhada que foi a passagem tentada e falhada para uma determinada Universidade em Lisboa, porque nunca percebeu que reitor só na Madeira…. TP, pelas declarações levianas e idiotas, ou pelas nojentas insinuações, no fundo à imagem da sua figura e das tristes figuras que faz, revela a mequinhez de quem não tem categoria para estar onde está. Que razões tenho eu? Por acaso devo-lhe alguma coisa? O que tem a Assembleia Legislativa, onde trabalho, a ver com o que escrevo neste blogue? Por acaso misturo o que cidadão faz ou deixa de fazer, diz ou deixa de dizer, fora do universo universitário, com o seu estatuto de reitor? Por acaso alguma vez falei consigo fosse sobre o que fosse? Por acaso alguma vez lhe dei qualquer tipo de confiança, e vice-versa, verdade seja dita? Repito, por acaso devo-lhe alguma coisa? Por isso, tenha vergonha e olhe-se ao espelho. Se realmente diz que defende a UMa – para mim aproveita-se dela para protagonismos e vaidades pessoais – demita-se em vez de andar a tentar manter-se no poleiro onde chegou em circunstâncias e por razões que todos recordamos (na altura por lá andava e lembro-me perfeitamente da polémica em torno desse processo!!!!). Repito, TP revelou-se um indivíduo sem carácter, para não ir mais longe na adjectivação – e ele sabe porque afirmo isto. As insinuações patéticas que faz nesta entrevista, depois outras anteriores declarações ao DN do Funchal, demonstrativas da pequenez da pessoa, são bem a sua imagem. As críticas que eu lhe fiz neste blogue, e que reafirmo, tiveram sempre a ver com factos que o reitor melhor do que ninguém sabe serem indesmentíveis. Resta esperarmos por uma eventual nova auditoria, pelo que fará a tutela que o tem debaixo de olho, pelo que dirá a justiça em relação aos processos que tem em seu poder. A diferença é que as considerações feitas nesta entrevista ao Tribuna são idiotas e não branqueiam a realidade. Tudo o que foi revelado neste blogue é verdade – e lembro que tudo começou com uma célebre acta do DGE dando conta da distribuição de milhares de euros por um pequeno grupo de pessoas, repercutindo a Universidade, depois, os encargos dos mestrados sobre os alunos neles inscritos, obrigados a pagar entre 5000 e 6000 euros – corresponde à verdade e assumo o compromisso de que toda a informação que me for enviada, e que aposte no combate a ilegalidades e a comportamentos sem adjectivação, desde que devidamente identificada quanto à sua origem, que religiosamente guardarei como um segredo, encontrarão espaço neste blogue. E finalmente quem lhe dá o direito, com que moral, com que coerência ética, para tecer considerações sobre o perfil de Isabel Torres ou de qualquer outro docente da UMa, independentemente de ter sido ou não perseguido por si? Quem se julga PTP para julgar outras pessoas mesmo que, no que me diz respeito, não conheça Isabel Torres nem com ela tenha alguma vez falado? É neste clima e com gente desta estirpe que a UMa vai continuar? A afundar-se? Se a intenção é essa, então deixe o homem lá e aumentem-lhe os poderes. E as transferências financeiras…

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