quarta-feira, novembro 26, 2008

BPN: Tranquada nega

Fui surpreendido hoje, aqui em Lisboa, com uma notícia, publicada com grande destaque pelo Público, da autoria do jornalista e correspondente no Funchal Tolentino Nóbrega, denunciando a existência de ligações dentre o polémico BPN e dois deputados do PSD da Madeira - Tranquada Gomes e Coito Pita. Em contacto telefónico que mantive com o primeiro, fiquei a saber que tal ligação é falsa, nunca existiu, que o deputado não é nem nunca foi accionista. Tranquada garante que se limitou em 1993 a dar apoio jurídico, aliás legalmente necessário, ao então grupo Effisa - o BPN nem sequer existia - para formalizar o processo de abertura da sua sucursal financeira exterior no CINM. Quanto aos outros aspectos igualmente referidos na notícia, desconheço a veracidade dos mesmos até porque, confesso, tenho a consciência de que há na Madeira muita “riqueza” que não passa de uma palhaçada, já que resulta de vaidades pessoais e de uma doentia tendência para a ostentação de sinais exterior de riqueza por parte de gente que vive à custa dos dinheiros da banca, de empréstimos e da tolerância da banca quanto à normalização dessas dívidas. Mas se for um coitado de um “teso” que por causa das crise financeira e da instabilidade por ela gerada, se atrasa no pagamento de duas ou três prestações de um significante empréstimo bancário para aquisição de habitação, não faltam bancos que os bancos atiram logo sobre ele uma “manada” de juristas famintos e executores de falências que quase matam o desgraçado de susto.

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