quinta-feira, novembro 06, 2008

Não dramatizemos

Não vale a pena dramatizarem, especularem ou criarem enredos à volta dos acontecimentos na Assembleia Legislativa da Madeira e do que o Presidente da República deve ou não fazer. E não vale a pena empolarem os alegados contactos de Belém com Monteiro Dinis, porque houve um contacto, e chega. E perdem tempo os apelos à dissolução da Assembleia Legislativa porque para que isso aconteça existem motivos de força maior, que não acontecem, aliás como Monteiro Dinis e muito bem hoje referiu. Quanto ao recurso à mensagem é um direito que assiste ao Presidente. A minha opinião pessoal - repito PESSOAL - é a de que existem erros cometidos, que há comportamentos que precisam de ser repensados, e que não podemos responder a uma peixeirada com outra peixeirada, quando existem alternativas. Penso igualmente que há omissões que não podem continuar, porque considero indiscutível que estes acontecimentos e a evolução que os mesmos venham a conhecer – e não tenho dúvidas que a participação contra o deputado do PND dificilmente poderá encontrar das autoridades judiciais acolhimento por razões que juristas poderão explicar melhor que eu – fazem com que as coisas tenham que ser diferentes, particularmente a relação do Governo com a Assembleia. Pessoalmente acho que o envio de uma mensagem de Cavaco Silva à Assembleia Legislativa seria um vexame para o principal órgão de governo próprio e para a própria autonomia. Outro aspecto que acho que não deve voltar a repetir-se, porque despropositado e desnecessário: por duas vezes realizaram-se reuniões de líderes (nas quais estive presente e das quais, por razões compreensíveis não falarei) de onde resultaram entendimentos que duraram pouco e subverteram o entendimento obtido.

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