terça-feira, dezembro 16, 2008

Conselho de opinião da RTP quer redução de custos para evitar aumento do endividamento ou despedimentos

Li no Jornal de Negócios que "o conselho de opinião da RTP defende ser necessário reduzir os custos com a grelha de programas da estação e o fornecimento de serviços em 2009 para evitar um aumento do endividamento ou o recurso a despedimentos. No seu parecer ao plano de actividades e orçamento para 2009 apresentado pela administração da RTP, os representantes da sociedade civil referem recear "o regresso da espiral de endividamento que impôs o plano de reestruturação de 2003" e propõe uma renegociação desse acordo. É "necessária uma maior contenção dos custos operacionais, nomeadamente de grelha e de fornecimentos e serviços externos", considera no documento a que a agência Lusa teve hoje acesso, adiantando ser preciso uma "melhor utilização dos recursos humanos da empresa, por forma a que os resultados operacionais não só alinhem pelo projectado no Acordo de Reestruturação Financeira como compensem os encargos financeiros decorrentes da aquisição da sede". No plano de actividades e orçamento para 2009, a administração da RTP prevê obter resultados operacionais de 4,1 milhões de euros, ou seja, menos 1,9 milhões do que em 2008. "Isto significa que a actividade da empresa em 2009 liberta menos meios que em 2008 para suportar outros custos não operacionais, em particular os custos do endividamento", alerta o conselho de opinião no parecer. Apesar de ser estimado um crescimento de 2,2% (mais 6,3 milhões de euros) dos proveitos operacionais, devido sobretudo ao acréscimo de fundos públicos (1,8 milhões de euros de indemnização compensatória e 3,4 milhões de contribuição audiovisual), os custos operacionais também deverão aumentar. A subida dos gastos deverá rondar os 2,9% (8,3 milhões de euros) devido a uma diminuição dos fornecimentos e serviços externos (menos 1,3 milhões de euros e das provisões (menos 0,8 milhões de euros) e a um aumento dos custos com programação (mais 6,7 milhões de euros), com as amortizações (mais 0,8 milhões) e com o pessoal (mais 2,8 milhões de euros)".

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