Acho por bem fazer duas observações relativamente a uma notícia publicada hoje no DN local, apenas para evitar mal-entendidos porque acredito que não existe da parte da jornalista que escreveu o referido texto qualquer intencionalidade: em primeiro lugar não "puxo orelhas" a ninguém. Porque era o que me faltava; porque não me compete fazê-lo; porque cada um deve assumir a responsabilidade pelos seus actos e decisões; porque o que é preciso alterar são procedimentos na gestão de partidos que não podem continuar entregues ao improviso e ao descontrolo. E sem que isto aconteça, sem que os responsáveis pelos partidos imponham regras internas de gestão, tudo vai continuar na mesma e vamos continuar com situações financeiras aflitivas. Os partidos têm competências próprias, tem funções concretas, têm o seu papel. Quando se misturam as coisas, dá sempre para o torto. O que eu penso sobre o vulgarmente designado de "jackpot" - e continuo a pensar que o assunto está a ser abordado de uma forma superficial, que não procuram comparações com outros parlamentos, etc - diz-me respeito, e não prescindo da liberdade de pensar que há um "timing" adequado para tudo e que existem decisões que, pelo seu conteúdo, podem ser consideradas provocatórias e até mesmo ofensivas para a opinião pública, caindo mal junto das pessoas que acabaram de ver aprovado um orçamento regional claramente de restrição, de rigor e que não tem condições para a implementação de medidas sociais que se justificavam. Ainda por cima numa região que cada vez mais está manietada financeira, devido ao conflito político e orçamental que há três anos é mantido pelo governo socialista de Lisboa e que tem prejudicado a Região. Em segundo lugar, não fiz qualquer abordagem às lideranças dos grupos parlamentares. O que interroguei - está no comentário - perante sistemáticas recusas em prestarem declarações aos jornalistas que os procuram, a que se juntam argumentos "justificativos" dessa recusa perfeitamente absurdos,e mantenho, é para que servem afinal as vice-lideranças dos grupos parlamentares. E mantenho sem retirar uma vírgula que seja.
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