quinta-feira, dezembro 11, 2008

O "Dossier" e o deputado do PND

Ouvi, como sempre, o “Dossier de Imprensa” na RTP-Madeira e apesar de não ter por hábito referir-me aos comentários dos jornalistas que nele participam, gostaria de deixar duas notas apenas:
- quem é que vai fazer o quê, contra o deputado Coelho do PND? Não sei o que é que sobre esta questão pensarão outras pessoas, com mais responsabilidades e capacidade de decisão que eu não tenho, mas nos parlamentos aparecem por vezes interrupções curtas que funcionam como uma forma cirúrgica para acalmar ânimos mais acalorados pela evolução dos debates. Numa sessão com as características da que hoje teve lugar, onde é mais de política que os oradores falam, os àpartes são normais. O que o deputado Coelho tem, até porque apenas está nesta função desde Abril deste ano, é uma forma muito peculiar de estar no parlamento e de usar da palavra, ou de responder e/ou interpelar os deputados. Mas francamente não creio que tenha cometido crime nenhum passível de qualquer iniciativa seja de quem for. Aliás não ouvi nenhuma referência sobre isso. Portanto, o deputado do PND não caiu em "rasteira" nenhuma, porque ela não existiu nem a situação específica em concreto justifica qualquer atituide mais radicalizada. Aliás, constatou-se que o Presidente do Governo se dirigiu várias vezes ao deputado do PND, e este foi óbvia e naturalmente ”provocado”, sobretudo pelo discurso político do líder parlamentar do PSD, o que é natural. Repito, a minha opinião pessoal – e é apenas essa que estou a expressar – é que carece de fundamento, qualquer alusão apontando na direcção do que o jornalista Nicolau Fernandez referiu que poderia acontecer;
- a segunda nota tem a ver com a questão das propostas de alteração hoje debatidas na especialidade, suscitada confesso que não me recordo por qual dos participantes, e que terão sido rejeitadas pela maioria. Não tendo qualquer ideia quanto ao quadro global do que se passou em comissão - quantas propostas foram apresentadas e debatidas na comissão ou quantas serão apresentadas e debatidas amanhã em plenário - j
ulgo que teria sido bom o enquadramento desta situação naquilo que é a postura normal dos governos, e dos autores e executores dos orçamentos: “O Orçamento do Estado para 2009 foi objecto de 1.170 sugestões de alteração, mas na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças apenas 24 foram aprovadas, noticia a agência Lusa (...) Na comissão, o PS chumbou todas as propostas entregues pela oposição e que, até agora, foram sujeitas a votação, com excepção de uma proposta do PSD, que prevê que os filhos de beneficiários da ADSE possam usar aquele regime até aos 26 anos, desde que frequentem o ensino secundário ou superior, até à conclusão do mestrado, no limite (...)".

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