terça-feira, dezembro 23, 2008

O novo rosto da Síria...

Ela é considerada o novo rosto da Síria e está a fazer furor. Se ler o texto da jornalista do Publico, Margarida Santos Lopes, fica a saber porquê se mesmo assim não for capaz nem olhando para as imagens...: "Se quiserem perceber o rumo que a Síria vai seguir, olhem para a beleza e elegância de al-akilatu al-raïs (a mulher do Presidente), diz-se no Médio Oriente. A revista francesa Elle olhou, e Asma Fawaz al-Akhras foi classificada, este ano, “a primeira-dama mais bem vestida do mundo”, relegando para 2º lugar Carla Bruni e para 3º Michelle Obama. E se em Paris causou furor numa visita aos Sarkozy, o objectivo de Bashar al-Assad será agora o de cativar os futuros governantes em Washington.“Os regimes autoritários têm de se modernizar para sobreviver, e a bonita, culta e secular Asma é um veículo para neutralizar críticas, sobretudo as externas”, afirmou à Pública, por telefone, Joshua Landis, co-director do Center for Middle East Studies da Universidade de Oklahoma e autor do influente blogue Syria Comment (http://joshualandis.com/blog/). Bashar al-Assad sabe o valor mediático que a sua mulher tem. “Há milhares de pedidos de cadeias de televisão americanas para a entrevistar. Os tipos do programa 60 Minutes da CBS estão sempre a telefonar. E até Oprah Winfrey já fez saber que gostaria de a ver no seu show.”“Essas entrevistas estão a ser adiadas porque o Presidente quer que Asma seja acolhida em Washington com o respeito e a dignidade com que o palácio do Eliseu recebeu ambos [em Julho deste ano]”, acrescenta Landis. Em Damasco, ainda é uma ferida aberta a humilhação a que George W. Bush sujeitou Bashar al-Assad ao dar-lhe um visto para ir à sede da ONU em Nova Iorque apenas dois dias antes de proferir o seu discurso. “Ele não quis parecer que estava a implorar e cancelou a viagem.”Bashar procura o timing certo, e espera que este chegue após a tomada de posse de Barack Obama, em Janeiro de 2009. “Assim que os Estados Unidos fizerem regressar o seu embaixador [as relações estão reduzidas ao nível de encarregado de negócios desde 2005], a Síria vai fazer tudo para se aproximar – incluindo retirar o peso estratégico aos laços bilaterais com o Irão”.

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