terça-feira, dezembro 02, 2008

PCP: Edgar e Leonel no Comité Central

Sem surpresa, o Comité Central do PCP eleito no passado fim-de-semana manteve entre os seus membros Edgar Silva, Licenciado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa, 46 anos de idade e Leonel Nunes, empregado de hotelaria, 59 anos de idade (que foi "apanhado" por uma das fotografias que o semanário Sol divulgou e que reproduzimos com a devida vénia). O órgão máximo do PCP entre congressos, o Comité Central, sofre uma redução de 16 elementos, de 174 para 158, cem dos quais são funcionários do partido, segundo a lista proposta pela direcção cessante, estando prevista a entrada de 26 novos dirigentes.A proposta da direcção cessante inclui 44 por cento de operários, 22 por cento de empregados, 30 por cento na categoria de "intelectuais e quadros técnicos" três estudantes e um empresário. Do total de 158 elementos, apenas 39 (24 por cento) são mulheres. A média etária ronda os 47 anos. Entre as saídas estão o deputado Honório Novo, o histórico Carlos Costa, que acompanhou o líder histórico Álvaro Cunhal na fuga da prisão de Peniche, em 1960, e Vítor Dias, que esteve 29 anos no Comité Central e 14 na Comissão Política. O Comité Central é eleito, por voto secreto, pelos cerca de 1500 delegados ao congresso numa reunião à porta fechada, no espaço multiusos da antiga Praça de Touros do Campo Pequeno. Segundo o jornalista do Sol, Manuel A. Magalhães, "num congresso sem discussão, a unanimidade foi quase absoluta na eleição do Comité Central. Oito votos contra e 17 abstenções destoaram na maioria larguíssima dos 1402 delegados que aprovaram esta noite a nova direcção. Os congressistas reunidos no Campo Pequeno elegeram esta noite o novo Comité Central do PCP, composto por 159 elementos, com 1377 votos a favor em 1402. A eleição foi feita pelo método de voto secreto, cumprindo as disposições da Lei dos Partidos".
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Referência ainda à intervenção de Énio Martins, dos comunistas madeirenses: "Ao contrário da imagem que se pretende vender a todo o custo, na Madeira a prometida prosperidade económica e desenvolvimento sem comparação à escala nacional não passam de uma miragem. O «modelo» de desenvolvimento regional assente nos Serviços e no Turismo e nas Obras Públicas, tem contribuído para desagregar todo o conjunto dos sectores produtivos, e, ao não criar alternativas económicas, agrava a dependência externa e a balança comercial, criando uma conjuntura que hipoteca seriamente o futuro da Região e a qualidade de vida e bem-estar das gerações actuais e, principalmente, das futuras. A economia da Madeira continua profundamente desequilibrada e distorcida. Os sectores económicos apresentam-se cada vez mais atrofiados e marcados por um quadro de estagnação e desaceleração gerais de praticamente todo o frágil sector produtivo regional".

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