Picadela?

O DN na sua rubrica Planeta, meio a brincar, meio a sério, e a propósito da transcrição neste blogue da entrevista de Monteiro Diniz a RTP, esquecendo o essencial - que naquela redacção, salvo duas excepções, ninguém mais tem igual ou mais experiência jornalística que eu (em tempos onde não havia telemóvel, e-mails, nem outros meios de comunicação, havia apenas solas para gastar e um telex da ANOP para seleccionar as notícias cuja consulta diária acabou por me deixar como legado a obrigatoriedade de usar “caixa de óculos”….) tal como ninguém no DN passou pela especificidade de uma agência de notícias – interroga-se sobre aquele texto publicado e insinua (?) mesmo sobre quem me terá feito tal trabalho. E para que fiquem devidamente esclarecidos, fiz eu próprio, durante cerca de duas horas, em casa, “corridinho”. Como não tive oportunidade de ouvir a referida entrevista quando foi emitida, que obviamente me interessava, por razões óbvias, gravei-a para ver posteriormente, tendo resolvido então transcrever com o propósito deliberado de o colocar neste blogue para que quem estivesse interessado a ela ter acesso. Porque foi uma entrevista feita num determinado momento em concreto, importante sem dúvida pelos contornos, e por razões específicas, igualmente importantes. Se não tivesse este meu espaço podem ter a certeza não tinha perdido tempo nem sequer tinha pachorra para isso. Aliás, basta que consultem o JM – porque estão lá todas as entrevistas feitas a Sá Carneiro, Mário Soares, D. Francisco Santana, Adelino Amaro da Costa, Álvaro Cunhal, Jaime Gama, Mota Amaral, Alberto João Jardim, Manuel Alegre, Galvão de Melo, Ramalho Eanes, Jorge Miranda, etc – para que ao menos me dêem a certeza de alguma “rodagem”…
Quanto a enigmas jornalísticos, e sem querer entrar em polémicas desnecessárias e, se me permitem, desajustadas, prefiro não aventurar-me por insinuações que não fazem o meu tipo e acabariam por misturar aspectos que não devem ser misturados, nem acredito que a "picadela" seja a resposta a uma observação feita neste blogue há dias acerca de uma recente notícia sobre CMF versus PJ. Finalmente pela milésima vez: este blogue não é do chefe do gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa, mas apenas do cidadão que o assina e está devidamente identificado. E estou-me borrifando para o facto de outras pessoas, com funções públicas, não terem disponibilidade, interesse ou capacidade (de facto a experiência jornalística ajuda) para fazerem o mesmo. Mas isso não me impede de o fazer, aqui ou em textos de opinião. (já agora informo o Planeta que resolvi rever hoje o texto publicado, preocupado com a alusão a excessos pretensamente publicados, e efectuei realmente algumas, poucas, alterações, incluindo gralhas ortográficas).