quinta-feira, dezembro 18, 2008

Prestações da casa

O Diário Económico publica amanhã, sexta-feira, um conjunto de textos sobre o crédito à habitação, com a habitual qualidade e que eu recomendo a leitura, principalmente a todos aqueles que querem dissipar dúvidas:
- Descubra se a taxa fixa é melhor para a prestação da casa (por Bárbara Barroso) - "Em 2009 vai ser mais caro garantir estabilidade no custo dos empréstimos. Fixar hoje a prestação do empréstimo da casa pode custar, aproximadamente, mais 54 euros por mês em 2009, ou seja, cerca de 645 euros no total do ano. É este o preço da segurança, isto é, de não estar sujeito às oscilações de mercado. Apesar de alguns bancos estarem, actualmente, a oferecer, este mês, taxas fixas mais baixas do que a variável – Euribor –, tendo em conta as perspectivas de manutenção da descida das taxas de juro interbancárias, possivelmente a partir já de Janeiro a opção taxa fixa deixa de compensar. Então qual a diferença na prestação mensal de um empréstimo caso opção seja taxa fixa ou variável? O Diário Económico partiu desta premissa e pediu aos 10 maiores bancos que fizessem uma simulação para um caso específico de um empréstimo com taxa fixa. Partiu-se de um cenário de uma família na casa dos 30 anos (com um rendimento anual de cerca de 36 mil euros), sem mais nenhum crédito e que já tem uma relação com o banco de 10 anos e um património financeiro de 10 mil euros.Esta família vai pedir um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, para um imóvel avaliado em 187.500 euros. A dúvida é: taxa variável ou taxa fixa?Os oito bancos contactados que oferecem a opção taxa fixa (o Banif e o Banco Popular não têm, de momento, disponível esta modalidade) apresentaram uma taxa anual nominal (TAN) entre 4,15% e pouco mais de 5%, o que se traduz em prestações que vão dos 731 euros aos 832 euros. Em alguns casos a prestação com taxa fixa, neste mês, seria mesmo mais baixa do que a taxa variável. Isto porque seria tida em conta a média mensal de Novembro da Euribor a seis meses de 4,295%, que entretanto já se encontra bastante abaixo deste valor, dado o ciclo de quedas consecutivas das taxas interbancárias";
- Prestação mensal desce 150 euros em Janeiro (por Marta Marques Silva) - "As taxas Euribor completaram ontem 50 sessões consecutivas em queda. Desde nove de Outubro já corrigiram mais de 2,2%.As taxas Euribor completaram ontem a 50ª sessão consecutiva em queda, naquele que é, desde há muito, um ciclo de quedas histórico nas taxas interbancárias. Desde o dia nove de Outubro, as Euribor – a três, seis e 12 meses – já corrigiram mais de 220 pontos base, ou, em termos percentuais, cerca de 40%. Uma queda superior à dimensão dos cortes efectuados pelo BCE na taxa de juro de referência desde então, ou seja, 175 pontos base. Boas notícias para quem se prepara para contratar um crédito à habitação ou rever a taxa nos próximos meses. Quem o fizer já em Janeiro, e tiver o seu crédito indexado à Euribor a seis meses, a nova taxa deverá rondar os 3,5% (média feita com valores relativos até 18 de Dezembro). Ou seja, cerca de 1,5% abaixo do valor da última revisão (realizada com o valor médio da Euribor em Junho), fixado em 5,08%. Se consideramos um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses acrescido de 1% de ‘spread’, o cliente pagava, desde Julho, 907 euros de prestação. Contudo, ao rever a taxa em Janeiro, poderá ver o encargo mensal descer para os 760 euros, ou seja, uma poupança de quase 150 euros por mês. Ainda assim, embora esteja a diminuir, a diferença entre o valor das Euribor e da taxa refi continua acima da sua média histórica, que se situa nos 30 pontos base. A diferença actual é de 70 pontos base, mas tudo indica que continue a estreitar, favorecendo quem reveja a taxa do seu crédito até Junho do próximo ano".

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