sábado, dezembro 27, 2008

PSD: a velha questão...

Ontem durante todo o dia andaram os jornalistas à procura de obterem algum comentário do grupo parlamentar do PSD relativamente à decisão de Monteiro Diniz sobre a Lei Orgânica. Esbarram com as sistemáticas e habituais recusas. Ninguém fala. Um só com "autorização superior", outro desliga o telefone, outro nem atende, outro diz que o "assunto não é da minha competência". Outro nem está bem "dentro do tema" . Quer dizer, estão lá todos, votam um diploma, e depois não sabem comentar uma decisão deste natureza? Então para que servem as vice-presidências dos grupos parlamentares? Da minha parte recusei qualquer comentário porque tenho ideias próprias sobre tudo isto e não devo confundir o que penso, nomeadamente quanto à forma precipitada como o processo foi conduzido, com a questão institucional do PSD. Ou será que também estão à espera que seja o Alberto João Jardim a falar do tema? Mas atenção: uma coisa é a decisão de Monteiro Dinis de suscitar junto do TC uma decisão, outra coisa é este dar-lhe razão. E se o TC acabar por concluir - desconfio que não o fará - que afinal a Assembleia Legislativa até é competente para fazer o que fez? Eu acho que em função do que fez em 2005, Monteiro Diniz agiu bem, melhor dizendo, não podia ter tomado outra decisão. Depois, lendo o documento em questão e que foi enviado para o TC, e tendo presente o processo em curso na Assembleia da República, sobre o financiamento partidário, a que se junta o facto da Constituição proibir partidos regionais - como é que uma Assembleia Legislativa de âmbito regional, pode financiar actividade partidária se não existem partido regionais?! - facilmente se percebe que provavelmente era este o desfecho que estavam à espera. Ou não?

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