quinta-feira, dezembro 11, 2008

Reformas em Portugal: As verdades que os Portugueses desconhecem

Li esta semana que "os portugueses que só agora iniciarem uma poupança para a reforma vão ter de afectar entre 10 % a 29 % dos seus salários para conseguirem garantir um nível de vida razoável no momento da reforma. Os portugueses estão obrigados a poupar cada vez mais para assegurar as suas reformas e pensões, concluiu o nosso estudo, “Reformas em Portugal – As verdades que os Portugueses desconhecem”. Em resposta aos desequilíbrios criados pelo aumento da esperança média de vida e a redução da natalidade, a nova fórmula de cálculo das pensões obriga a que os portugueses poupem entre 10% e 29% do seu salário para conseguirem manter pelo menos 80% do seu rendimento no momento da reforma. O valor da reforma assegurado pelo Estado vai reduzir-se nos próximos anos, pelo que os portugueses vão ter de colocar de lado uma parte crescente dos seus rendimentos para conseguirem manter o nível de vida no momento de deixar a vida activa. A percentagem do rendimento a poupar está dependente do sexo dos portugueses, dada a diferença ao nível da esperança média de vida existente entre homens e mulheres, e é agudizada pelo aumento esperado deste indicador demográfico. Até 2050, a esperança média de vida dos portugueses deverá aumentar em cinco anos, passando de 74,4 para 80,4 anos no caso dos homens e de 81,2 para 86,6 anos no caso das mulheres. Esta situação obriga a que as mulheres tenham de poupar mais que os homens para manter a qualidade de vida após os 65 anos.Adicionalmente, a menor natalidade gerará uma crise demográfica, que vai provocar uma multiplicação por um factor 2 do rácio de dependência em Portugal até 2060. Ou seja, a população em idade de reforma passará de 26,6% face ao resto da população em 2010 para 54,8% em 2060.
Assim, partindo do pressuposto de uma poupança iniciada em 2008 e com base nos cenários traçados pelo estudo, as mulheres que tenham hoje 30 anos, e invistam de forma conservadora, devem poupar 29% do seu rendimento mensal para garantir uma pensão equivalente 80% do seu salário no momento da reforma. Esta percentagem reduz-se para 22,8% nas mulheres com 40 anos e para 19,8% nas mulheres com 50 anos. Para as investidoras mais agressivas, a parte de rendimento a dedicar à poupança para a reforma é menor: 13,3% (30 anos), 13,7% (40 anos) e 14,7% (50 anos).
Assim, partindo do pressuposto de uma poupança iniciada em 2008 e com base nos cenários traçados pelo estudo, as mulheres que tenham hoje 30 anos, e invistam de forma conservadora, devem poupar 29% do seu rendimento mensal para garantir uma pensão equivalente 80% do seu salário no momento da reforma. Esta percentagem reduz-se para 22,8% nas mulheres com 40 anos e para 19,8% nas mulheres com 50 anos. Para as investidoras mais agressivas, a parte de rendimento a dedicar à poupança para a reforma é menor: 13,3% (30 anos), 13,7% (40 anos) e 14,7% (50 anos).
No caso dos homens, os valores são menores, mas igualmente significativos. Um homem de perfil conservador está obrigado a investir 22% do seu salário para garantir 80% do seu rendimento no momento de deixar a vida activa, se tiver 30 anos, sendo esta percentagem de 18,2% para os que têm 40 anos e de 15,7% para os que têm 50 anos. Já para os homens com perfil de investimento mais agressivo, as percentagens de rendimento a poupar são de 10,1% (30 anos), 10,9% (40 anos) e 11,6% (50 anos). Outra das conclusões do estudo “Reformas em Portugal – As verdades que os Portugueses desconhecem” é que os portugueses devem ter em conta a fiscalidade dos produtos de investimento no momento de investir na reforma. O estudo conclui que os PPR são os produtos com o melhor enquadramento fiscal, gozando de uma vantagem competitiva face a outras soluções financeiras. Os PPR oferecem benefícios fiscais à entrada, permitindo que, todos os anos, 20% da poupança possa ser deduzida do IRS, até o máximo de 400 (300€ se tiver mais de 50 anos). Os PPR reduzem também a taxa de tributação das mais-valias, que passa de 20% para 16% a partir do quinto ano de poupança, e para 8% a partir do oitavo. Se tal não bastasse, os resgates programados evitam regime fiscal das pensões, já que os resgates em renda estão isentos do pagamento de imposto sobre rendimentos de categoria H nos primeiros 7.500 euros anuais e existe uma redução da taxa aplicável em 65% par os montantes adicionais". Mas aqui pode ler o estudo na integra.

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