terça-feira, dezembro 16, 2008

TAP: greve vai penalizar Madeira?

Tudo indica que a anunciada greve da TAP vai penalizar a Madeira, na medida em que o sindicato dos trabalhadores da manutenção até ao momento ainda não garantiu, ao contrário dos sindicatos dos pilotos e do pessoal de cabine. Para além disso, a grave, a se concretizar, poderá prejudicar o regresso ao Funchal de milhares de passageiros, particularmente estudantes madeirenses que, frequentando Universidade fora da Madeira, nesta altura viajam obrigatoriamente para a sua terra, o mesmo ocorrendo com os estudantes continentais que frequentam a Universidade da Madeira e pretendem deslocar-se para o Continente. Sobre este assunto, chamo a atenção para um texto da jornalista do Publico, Raquel de Almeida Correia: "Cada dia de greve vai custar cinco milhões de euros à TAP. Estas contas, feitas pelo presidente executivo, Fernando Pinto, a poucos dias da paralisação agendada pelos tripulantes, são mais um motivo de alarme para a transportadora, cujos prejuízos já ultrapassam os 170 milhões de euros. Para minimizar o impacto dos protestos, a empresa vai alugar aviões a companhias concorrentes.O gestor brasileiro está convencido de que a greve convocada pelo Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para 20 e 27 de Dezembro "vai avançar". Apesar de manter as negociações com os trabalhadores, está à procura de soluções para assegurar actividade nesses dois dias. Ou, pelo menos, parte dela.O plano é alugar o máximo de aviões possível e deixar o mínimo de passageiros em terra. "Estamos a averiguar as possibilidades de fretar equipamentos para assegurarmos alguns voos, sobretudo os mais estratégicos", explicou fonte oficial da TAP. A portuguesa SATA "está incluída na lista de transportadoras concorrentes que poderão prestar esse serviço, mas a maioria são empresas estrangeiras", acrescentou.As datas escolhidas pelo SNPVAC coincidem com os maiores picos de operação da empresa. O Natal e o Ano Novo são as épocas do ano em que a TAP transporta mais pessoas e, consequentemente, gera mais receitas. Numa altura em que a empresa atinge os maiores prejuízos de sempre, devido à alta do petróleo, Fernando Pinto considera a atitude dos trabalhadores "inconsciente".Na reunião de hoje, o presidente executivo vai fazer uma última tentativa para travar a paralisação dos tripulantes, que, no pré-aviso enviado à transportadora estatal no início deste mês, indicavam as "violações às regras laborais" e a "adopção de acções persecutórias" como alguns dos motivos para recorrerem a esta medida de protesto. No entanto, o gestor deixou claro que "não negoceia sob pressão".

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