terça-feira, dezembro 02, 2008

Um deputado a se defender nas "Cartas do leitor"...

Quando apelei neste blogue a cuidados redobrados por parte dos meios de comunicação social, para que não se transformem em veículos de leviandades e de acusações de partidos contra pessoas, sem terem o cuidado, em nome da decência do jornalismo, de confirmarem tudo antes de ser publicado - evitando assim que os jornalistas e meios de comunicação sejam usados e manipulados por partidos ou pequenos grupos de interesses sem escrúpulos - estava-me a referir ao facto do deputado do PT, João Isidoro Gonçalves, pelo simples facto de recusar votar em Bernardo Martins para vice-presidente da Assembleia ter sido acusado de receber um aval, o que achei estranho e,de facto, é desmentido - imagine-se! - na rubrica "cartas do leitor":
Isidoro esclarece aval
01-12-2008
O Deputado Coelho e o seu grupo exibiram recentemente um diário oficial que continha, entre outros, o meu nome com um aval de 20 mil contos.Mas, o sr. Coelho fê-lo dando a entender à opinião pública que eu teria recebido do Governo Regional 20 mil contos. Nada mais falso e injurioso. Afinal o que aconteceu? Na década de 90 concorri em pé de igualdade com outras centenas de cidadãos a um terreno de direito de superfície do Instituto de Habitação, tendo sido contemplado através de sorteio público, por isso, sem favores, a uma área de terreno em Câmara de Lobos para construir uma habitação. Não tendo dinheiro disponível, recorri a um empréstimo bancário, tendo o banco exigido um fiador. Sendo o terreno propriedade do Instituto de Habitação, julgo que por um período de 50 anos, e não tendo eu escritura, a única entidade que poderia legalmente ser avalista era o proprietário do terreno, ou seja, a Região, para mim e para todos os cidadãos contemplados que recorreram à banca.Aliás, passados 2/3 anos, por razões pessoais, desfiz-me da casa e simultaneamente deixei de ter o aval da Região.Esse empréstimo foi pago ao banco até ao último tostão com o meu dinheiro. Tudo decorreu dentro da legalidade, sem benefícios pessoais e sem favores. O aval nunca passou de um simples papel. Esclareço, por isso, todos os madeirenses e porto-santenses que não beneficiei pessoalmente de um único centavo dos dinheiros da Região, nem beneficiei de qualquer situação especial.Tudo aquilo que foi dito, sobretudo naqueles termos pelo sr. Coelho, foi propositadamente para prejudicar o bom nome de João Isidoro e do Partido da Terra. Contra este tipo de injúrias e difamações constantes, o João Isidoro e o MPT continuarão a fazer política séria e no respeito pelos seus adversários políticos.
Não sei o que escreveu, por exemplo, o Diário da Cidade, sobre este assunto já que lhe deu destaque às acusações, pelos vistos falsas e facilmente comprováveis, do deputdo em questão. Penso que as pessoas minimamente esclarecidas - e dou isto apenas como exemplo - obviamente que percebem que há uma honorabilidade a defender e a verdade a preservar e que nenhum empresário que se preze, por exemplo, gostaria de ser acusado de ter dívidas à segurança social e às finanças ou de ter salários em atraso, obviamente que reagiria contra quem proferisse tal afirmação e ela fosse veiculada por um jornal concorrente.

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