sexta-feira, dezembro 05, 2008

UMa nota

Esta madrugada recebi um mail através do qual o seu autor, anónimo, me interrogava porque razão não tinha feito alusão aos resultados das eleições na Uma. De facto não fiz por dois motivos essenciais:
- em primeiro lugar porque sempre achei que os docentes da UMa – e não me vou perder com muitas análises para tentarmos perceber a votação obtida pela lista de PTP e das causas intrínsecas subjacentes à própria lista – quando fosse necessário saberiam defender a dignidade de uma instituição que não pode andar num estado tão lastimável, em termos de imagem pública como é o caso;
- em segundo lugar porque sempre escrevi, e repito, que a saída de PTP da função de reitor da UMa é condição fundamental para que se possa dar uma volta à situação, independentemente de haver pessoas com capacidade par a o fazer - não me compete a mim emitir esse tipo de juízos – ou de, havendo, serem capazes de o fazer;
- em terceiro lugar porque acho lastimável, deprimente, embora podendo ser no fundo a imagem do que se passa e de quem lá tem responsabilidade, este sistemática envolvimento da Universidade com a justiça, numa demonstração do estado de degradação a que se chegou;
- em quarto lugar porque nenhum de nós, por não acreditarmos no Pai Natal – bons tempos esses… - acreditará que o processo de mudança radical, estrutural e funcional, da UMa, será um processo pacífico, ou que a fusão dos antigos departamentos em centros de competência, não vai beliscar realidades e estatutos (?) incontornavelmente existentes. Assim como julgo que ninguém acreditará que esta realidade futura não está associada ao processo eleitoral que ontem teve lugar;
- em quinto lugar porque o que se verificou foi apenas a eleição de um Conselho Geral. Só depois de se conhecer a sua configuração em definitivo, incluindo as tais personalidades cooptadas – e este processo tem que ser devidamente acompanhado sob pena de voltar a ser viciado ou manipulado intenções claras – se poderá perspectivar o que acontecerá;
- em sexto lugar, reafirmo o que sempre disse: limitei-me a falar de situações concretas, e a chamar a atenção para ilegalidades eventualmente cometidas. A resposta foi uma provocação pedante e convencida por parte de quem, em vez de procurar esclarecer o que se passava, tentou negar a realidade, inclusive documental, branqueando procedimentos que pelos vistos conhecia (?) e com insinuações idiotas que, da parte que me tocou, foram devolvidas à procedência com a referência de que recusaria usar a mesma argumentação da insinuação, eventualmente neste caso não assente em descaradas mentiras reveladoras do mau carácter de quem assim se comportou. Porque, gostem ou não, não retiro uma vírgula que seja a tudo o que aqui escrevi sobre a UMa;
- Finalmente, reafirmo o que sempre disse. Tenho pela Universidade uma relação sentimental, apenas isso, que não impede, contudo, que tenha o direito de dar opinião, ainda por cima quando me limitei a usar das verdade e a falar de factos. Mas o presente e o futuro da UMa diz respeito aos que lá trabalham ou estudam, e não a indivíduos, como eu, exteriores à instituições, ou a eventuais movimentações de pressão organizadas de fora para dentro. Mas que a UMa precisa de uma mudança de imagem, precisa de algum humanismo, precisa de tolerância e de diálogo interno, precisa de acabar de uma vez por todos com todos os focos de autoritarismo e afastar tudo o que for incompetência, disse não duvidemos. Ficaremos a ganhar todos, os que fazem parte da instituição e a Região.

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