segunda-feira, janeiro 26, 2009

...e perde confiança política em Monteiro Diniz

Entretanto, e em consequência de diversas decisões tomadas pelo representante da República, a última das quais relacionada com o recurso para o Tribunal Constitucional da alteração à Lei orgânica da Assembleia Legislativa, que aumentava as verbas a atribuir aos partidos – documento que foi declarado inconstitucional, abrindo uma enorme dificuldade na gestão do processo por parte da maioria – a que se juntam outras ”omissões”, particularmente no “exercício do seu papel de ponte entre a Região e a Presidência da República”, estou em condições de garantir que Alberto João Jardim deverá comunicar nessa reunião da Comissão Política do PSD que Monteiro Dinis deixou de merecer a sua confiança política, e que tal posição será (ou foi?) comunicada a Cavaco Silva. Fontes social-democratas asseguraram-me que as reacções regionais à decisão do Palácio de São Lourenço, quer sobre a LO, quer sobre outras matérias, surpreenderam na medida em que “Monteiro Diniz assumiu-se sempre mais como um polícia e menos como a ponte que a região precisa numa altura em que são conhecidas as dificuldades de relacionamento com o governo socialista de Lisboa”. Um tema que porventura desenvolverei oportunamente. O que é facto é que há sectores ligados ao PSD da Madeira que entendem que em coerência com uma posição antes assumida, Monteiro Diniz não tinha outra atitude a tomar face à alteração da lei orgânica, argumento contestado por sectores mais radicais que entendem que deveria ter optado pela devolução, afim do documento ser alterado, expurgando as inconstitucionalidades existentes, evitando-se a dificuldade que reconhecidamente existe neste momento em superar o impasse.

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