sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Realmente eles já pensam nos tachos

Li no DN da Madeira, num texto da sua correspondente em Lisboa, Sandra Cardoso, que "nem 50 deputados estavam no plenário no debate de proposta da RAM" e que o socialista Maximiano Martins e o social-democrata Guilherme Silva se envolveram (previsivelmente, digo eu, atendendo às posições assumidas pelos socialistas sobre estas matérias) "numa troca de acusações em Lisboa, a propósito da discussão do complemento aos pensionistas da Região, como forma de combater os custos da insularidade. A iniciativa do parlamento regional não é nova e tem poucas diferenças em relação à discutida em Abril do ano passado. O destino também vai ser o mesmo: o chumbo da maioria. Maximiano Martins teceu grandes elogios aos açorianos que têm um complemento similar, mas suportado pelo orçamento regional. O madeirense acusou o PSD-M de promover uma autonomia de "mão estendida". Guilherme Silva disse que parecia tratar-se do discurso de "um deputado dos Açores" e que o socialista recebeu uma lição de "autonomia de todas as bancadas". Tudo porque todos os partidos mostraram-se em sintonia com a proposta da Madeira, até mesmo o PCP e BE, que o ano passado se abstiveram em São Bento, contrariando os votos dos respectivos partidos no parlamento regional. Um facto que não passou despercebido ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, que não poupou críticas à esquerda, a quem acusou de apoiar propostas que fomentam a injustiça social. Guilherme Silva pediu que não falasse como dono da Madeira, pois "a Madeira é dos madeirenses". O deputado agradeceu a intervenção, que diz mostrar bem qual a posição do Governo em relação às autonomias. No entanto, a grande nota é que a discussão da proposta não motivou os deputados: nem 50 estavam na sala do Senado". De facto até acho que estiveram muitos, pois em S.Bento o mais importante já começou a ser a luta pelos tachos visando as eleições legislativas deste ano. Tudo o resto deixou de ser importante. Basta ir a São Bento e ver a cara de frete e os baldanços nas bancadas em dias de debates, mesmo com Sócrates presente...

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