sábado, fevereiro 28, 2009

PS: a tal moção contra Trindade

A tal moção sectorial intitulada "A Reforma no Turismo", subscrita por Henrique Moura, militante nº 2794. Eu li a moção que critica abertamente Bernardo Trindade: "E que fizemos nós? Corremos a criar uma reestruturação para o turismo e, provocamos uma profunda reforma no sector turístico nacional. Existiam dezanove Regiões de Turismo, criadas por diversas autarquias, que elegiam os seus órgãos directivos e tinham autonomia administrativa e financeira. Com muito pouco dinheiro, conseguiam promover a sua Região sob o ponto de vista turístico melhor que ninguém. Conseguia-se fazer material promocional por concelho e global, participar em feiras de turismo em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em Espanha e França, realizar workshops um pouco por todo o lado, receber e acompanhar jornalistas estrangeiros assim como operadores de viagem com origem de toda a Europa e não só, apoiar este ou aquele evento de maior renome nacional, apoiar os investidores na procura das melhores soluções para os seus investimentos, acompanhando-os mesmo aos diversos órgãos oficiais para a resolução de determinados problemas que sempre surgem nestas alturas, enfim, trabalhava-se afincadamente para melhorar o turismo. Criou-se mesmo uma Associação Nacional de Regiões de Turismo, para todos trabalharem em bloco, todos com o mesmo objectivo. Com a chegada deste governo, começaram as reformas. Todos aplaudimos e continuamos a aplaudir. Que se fez no turismo? Numa primeira proposta, a Secretaria de Estado do Turismo apresentou uma proposta com a passagem das dezanove Regiões de Turismo para onze. Pouco tempo depois apareceu, por parte da Secretaria de Estado, de uma nova proposta, cinco Regiões de Turismo, uma por cada NUT 1! Ficamos perplexos, mas aceitamos. Era a Regionalização na verdadeira acepção da palavra (...) Foi então dito, ao Secretário de Estado, pelo signatário, que a ser assim, devia ser ele a nomear o Director de cada novo orgão a criar (...) Não aceitou e fez pior, criou as cinco Entidades Regionais e acrescentou ainda Lisboa e Porto mais o Douro, a Serra da Estrela, o Oeste, o Alqueva e o Litoral Alentejano e, mais tarde, Leiria-Fátima. Quer dizer, de dezanove Regiões de Turismo, passou-se para treze! Será isto uma reforma? Será isto Regionalizar? Não, não é e nunca será. A prova mais evidente é que nem todas as autarquias aderiram, tais como Braga, Coimbra, Figueira da Foz, Covilhã e algumas outras. Eu terei que falar do caso do Norte, que é o que melhor conheço (...) Estamos muito perto de novas eleições legislativas, logo de novo Governo, espero e desejo que seja do PS e o novo Secretário de Estado do Turismo, que como primeiro acto, revogue esta lei e crie uma lei regional. Não é difícil, basta criar cinco Entidades Regionais de Turismo, Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, nomear os seus responsáveis e acabar com a "bagunça" hoje instalada (...) O Secretário de Estado do Turismo deste Governo, com a pressa de apresentar trabalho, só atrapalhou e desbaratou o que estava, bem ou menos mal, mas a funcionar e, o mais grave, entregou, em bandeja dourada, ao PSD as presidências de dois Órgãos Regionais, Norte e Centro que, se ele, Secretário de Estado do Turismo, quiser impor uma ordem ou a política do Governo para o Turismo, eles podem não aceitar pois a política do seu Partido para o turismo não é essa". Desconheço se Bernardo perante estes ataques se defendeu em Congresso, já que há claramente um excesso e, pior do que isso, parece haver alguma disputa pessoal do autor em relação ao secretário de Estado.

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