terça-feira, março 31, 2009

Vejam lá como fala Jorge Coelho...

"Sei que vou levar pancada mas há um pouco de demagogia" no debate sobre os salários dos gestores
Leia na edição de amanhã do jornal de Negócios a entrevista a Jorge Coelho. O presidente da Mota-Engil fala sobre os negócios da construtora, aborda a polémica em torno dos salários dos gestores e diz que está completamente afastado da política, embora sublinhe que é amigo do primeiro-ministro, José Sócrates há 30 anos. Jorge Coelho comenta ainda a questão das auto-estradas, que o Presidente da República, Cavaco Silva colocou na ordem do dia, e aborda os efeitos da crise.

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Mas para além disso, ficamos a saber pelo Publico, num texto intitulado "Mota-Engil pressionada para acabar obras antes das eleições", que "o CEO da Mota-Engil, Jorge Coelho, disse hoje que a construtora está a ser pressionada para conseguir terminar algumas obras a tempo das eleições, noticia a edição online do “Diário Económico”."Há pressões nesse sentido. Não só pelo Governo mas por três entidades", disse ainda o antigo ministro das Obras Públicas à SIC Notícias, quando questionado se a Mota-Engil sofreu pressões para terminar algumas obras antes das eleições legislativas e autárquicas que serão realizadas este ano.A notícia surge no mesmo dia em que a construtora apresentou as contas de 2008, que mostraram uma quebra de quase 69 por cento dos lucros para 30,6 milhões de euros e em que se sabe que mesmo assim vai propor o pagamento de um dividendo de 11 cêntimos por acção na assembleia geral (remuneração igual à de 2007).As acções da Mota-Engil dispararam 5,66 por cento para os 2,52 euros, apesar dos resultados terem sido apresentados antes da abertura do mercado. Em 2009, os títulos da construtora acumulam ganhos de 7,23 por cento".
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Mas como cereja em cima do bolo veja o que diz a uma entrevista à SIC este ex-ministro socialista colocado na liderança de uma empresa de construção civil nacional que negoceia com um governo socialista em Lisboa e dê atenção ao reconhecimento de Coelho de que o facto de ter sido ministro o ajuda mais que aos outros concorrentes. E diz que não está arrependido de ter saído da política. A tudo isto chama-se o quê?

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