terça-feira, abril 28, 2009

Falência técnica? TAP com 2,5 mil milhões de euros

Segundo o Publico, "o grupo TAP fechou o ano de 2008 com um passivo de 2467 milhões de euros, num cenário em que inclui a consolidação das contas da brasileira VEM, indica um documento interno da empresa. Apesar do prejuízo de 280 milhões de euros gerado no ano passado, o ministro Mário Lino mostra-se confortável com a actual administração, liderada por Fernando Pinto, que deverá ser reconduzido no cargo. Este passivo de quase 2,5 mil milhões de euros é inferior ao activo que valia 2261 milhões de euros no final do ano passado, situação que coloca a situação da TAP com um capital próprio negativo de 212,9 milhões de euros. Perante esta situação, a empresa encontra-se em incumprimento face ao artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais, que diz que o passivo das empresas não pode ser superior ao seu capital social.O cenário descrito no documento datado de Dezembro de 2008, que apresenta um orçamento para 2009, engloba a empresa de 'handling' SPdH a cem por cento (94 por cento da TAP, SGPS e seis por cento da Portugália - PGA) e consolida os prejuízos da VEM, empresa de manutenção adquirida em finais de 2005. Do total de passivo apresentado, mais de 1400 milhões de euros são provenientes da dívida de longo prazo (1.236 milhões) e de curto prazo (214,7 milhões). O documento orçamenta para este ano um passivo de 2345 milhões de euros, que perante os activos, apresentará, segundo estimativas da TAP, um capital próprio negativo de 203,4 milhões de euros. Para fazer frente a esta situação no grupo TAP, o Governo, enquanto accionista Estado, tem várias hipóteses. A primeira pode passar pela privatização da empresa através de um aumento de capital no montante nunca inferior a 200 milhões de euros. A segunda hipótese seria seguir uma via completamente de ajuda pública, mas para isso, o Governo terá de pedir uma autorização especial à Comissão Europeia, já que pelas leis comunitárias, é vedado qualquer tipo de financiamento público às companhias aéreas europeias. No pior cenário, a TAP pode pedir a insolvência da empresa. A própria administração da TAP pode, no entanto, atenuar a situação financeira da empresa se conseguir vender a empresa brasileira de manutenção VEM ou 50 por cento do 'handling' (Groundforce). A 31 de Março, a companhia aérea portuguesa anunciou que vai avançar com um concurso para seleccionar uma instituição bancária de investimentos para vender 50,1 por cento da Groundforce". Mas há mais...
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Novas ajudas financeiras à TAP estão impedidas por Bruxelas
Diz a jornalista do Publico, Raquel de Almeida Correia que "mesmo que o Governo quisesse injectar dinheiro na TAP, não conseguiria obter luz verde de Bruxelas. É que, quando a Comissão Europeia aprovou um auxílio do Estado à transportadora aérea em 1994, ficou estipulado que seria o último. E já nessa altura foi preciso um verdadeiro braço-de-ferro para que o negócio se concretizasse. Ou seja, a companhia de aviação nacional e o Estado terão de encontrar outras soluções para recuperar de prejuízos de 285 milhões de euros. "O Governo português abster-se-á de conceder qualquer outro auxílio à TAP". É esta a cláusula que consta no parecer definitivo da Comissão Europeia em relação ao Plano Estratégico de Saneamento Económico e Financeiro (PESEF), que salvou a companhia de aviação da falência entre 94 e 97. De acordo com o documento e com informações de intervenientes no processo, o Estado só conseguiu o aval de Bruxelas com a condição de não voltar a injectar dinheiro na TAP. Na altura, o auxílio rondou os 180 mil milhões de escudos (cerca de 900 milhões de euros) e foi repartido por quatro tranches. O PESEF pretendia ser uma rampa de lançamento para a privatização da transportadora estatal, que ainda hoje está por concretizar. E, além da proibição de novas ajudas por parte do Governo, a sua aprovação pressupôs outras regras, como a inibição de utilizar o dinheiro para aumentar a operação da empresa".
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TAP mantém orçamento para 2009 com lucro de 8,1 milhões de euros!
Segundo o Publico, "o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, afirmou hoje que vai manter o orçamento para 2009 que prevê lucros para o grupo de 8,1 milhões de euros, apesar da crise internacional. "O orçamento é esse, por enquanto, e não pretendemos mudar", disse Fernando Pinto em conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2008 da TAP, salientando que 2009 é "um ano de difícil previsão". Fernando Pinto manteve assim a previsão de lucros que a agência Lusa tinha revelado, com base na versão do orçamento para o grupo feita a 14 de Dezembro de 2008. Fernando Pinto salientou que, no primeiro trimestre de 2009, os resultados obtidos pela companhia aérea superam em cinco milhões de euros o valor que estava orçamentado, devido à queda do preço do combustível. "Tivemos um ganho em relação ao orçamento de cinco milhões de euros", afirmou, escusando-se a adiantar o valor orçamentado para o primeiro trimestre".
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A injecção de dinheiro na TAP "é mais necessária"
De acordo com a jonalista do Publico Raquel de Almeida Correia, Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, "diz que, neste momento, a injecção de dinheiro por parte do Governo português "é mais necessária", uma vez que a estrutura de capitais da empresa está "desequilibrada". Na apresentação dos resultados de 2008, o gestor brasileiro admitiu que "desde há mais de cinco anos que fala da recapitalização da TAP com o Governo", mas que ainda "nada foi definido" neste campo. Fernando Pinto explicou que essa injecção de dinheiro não serviria para financiar novos investimentos, mas antes para "ajustar a estrutura de capital para dar algum conforto em termos de gestão". A injecção é tida como uma das opções do executivo, que pretende pôr em marcha um plano de reestruturação da transportadora aérea estatal. No entanto, deverá ser barrada pela Comissão Europeia, que, quando autorizou a intervenção do Estado na TAP, em 1994, impôs a condição de ser a última ajuda que concederia à empresa. Fernando Pinto referiu ainda que "o que por ventura vier a ser feito será totalmente de acordo com as normas europeias".

Publicidade: aumenta a crise...

Escreve a jornalista do Publico, Marlene Carriço que "a gigante britânica, líder mundial em volume de negócios no sector da publicidade e da comunicação, WPP, divulgou uma queda de 5,8 por cento nas receitas do primeiro trimestre e não acredita numa recuperação antes de 2010. As receitas para os três primeiros meses de 2009 – 2,35 mil milhões de euros - caíram 5,8 por cento em relação ao ano anterior, excluindo o impacto das aquisições e flutuações cambiais. Mas, a reflectir a aquisição da Taylor Nelson Sofres e a forte queda da libra esterlina, o negócio da WPP cresceu 35,9 por cento, para 2,1 mil milhões de libras (2,33 mil milhões de euros). Em termos comparáveis caiu contudo cerca de seis por cento, obrigando a empresa a rever em baixa as suas previsões para 2009. No mês passado, a agência publicitária previu um declínio de dois por cento em relação ao período homólogo de 2008."O primeiro semestre de 2009 será obviamente muito difícil", disse a empresa citada pela BBC online, acrescentando que “qualquer recuperação só virá provavelmente em 2010".

Jornalismo: grupo de Balsemão com prejuízos de milhões

Foi hoje noticiado que "o grupo de media Impresa registou um prejuízo líquido de seis milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, sendo que no mesmo período do ano passado apresentava resultados negativos de 331 mil euros, anunciou hoje a empresa. De acordo com as contas hoje divulgadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o grupo viu reduzir as suas receitas em dez por cento face ao trimestre homólogo, descendo para os 55,5 milhões de euros.Esta redução implica a entrada de menos cerca de seis milhões de euros em receitas. Apesar de continuar a ser a área que maior fatia recebe (34,9 milhões), a televisão (SIC) foi a que perdeu mais: 16,9 por cento.A grande quebra deu-se nos investimentos dos anunciantes, que diminuíram quase 26 por cento relativamente aos primeiros meses de 2008 (cerca de 10 milhões de euros), passando para os 27,7 milhões de euros. As áreas de multimédia e merchadising também apresentaram quedas de receitas (14,2 e 22,9 por cento, respectivamente), enquanto a subscrição de canais, as vendas de publicações e os produtos alternativos melhoraram os proveitos.Também os custos operacionais do grupo aumentaram este ano, em 1,8 por cento, crescendo para os 56,9 milhões de euros".

New York: o novo Air Force One de Obama causou pânico...

Madeira: novo regime de exercício da actividade industrial

O Governo Regional já enviou esta semana para o parlamento regional as duas propostas de decreto legislativo regional que “Estabelece o regime de exercício da Actividade industrial (REAI) na Região Autónoma da Madeira” e “Aprova as normasessenciais relativas ao licenciamento de instalações eléctricas de serviço particular”. Segundo o executivo, no caso desta segunda iniciativa, trata-se de um diploma que aprova as normas essenciais relativas ao licenciamento de instalações eléctricas de serviço particular e revoga o Decreto Regulamentar Regional nº.6/84/M, de 10 de Abril. A proposta procede à revisão das normas essenciais relativas ao licenciamento de instalações eléctricas face a realidade actual do sector eléctrico, bem como a simplificação da tramitação dos respectivos processos. Não existem custos financeiros e humanos acrescidos, advenientes da aplicação da iniciativa. Quanto ao primeiro diploma - que "Estabelece o Regime de Exercício da Actividade Industrial na Região Autónoma da Madeira" - trata-se de uma iniciativa legislativa que "estabelece o regime de exercício da actividade industrial (REAI) na Região Autónoma da Madeira, revoga os Decretos Legislativos Regionais nºs. 9/2004/M, de 15 de Junho e 15/2006/M, de 24 de Abril e estabelece o novo regime de exercício da actividade industrial, promovendo a simplificação do processo licenciamento industrial, com o objectivo de favorecer a competitividade da economia regional. Não existem quaisquer custos financeiros e humanos acrescidos, advenientes da aplicação da presente proposta. No preâmbulo, o executivo refere que o Decreto-Lei nº 209/2008, de 29 de Outubro, “aprovou o regime de exercício da actividade industrial (REAI), pelo que importa proceder à sua adequação às especificidades regionais, simplificando o processo de licenciamento industrial, com a eliminação dos principais constrangimentos favorecendo a competitividade da economia regional. A actual tipologia de estabelecimentos industriais é reduzida de quatro para três tipos. Os estabelecimentos do tipo 1, que envolvem um risco mais elevado, são aqueles que se encontram sujeitos a, pelo menos, aos regimes jurídicos da avaliação de impacte ambiental, prevenção e controlo integrados da poluição, prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e operação de gestão de resíduos perigosos. A este tipo de estabelecimentos aplica-se um regime de autorização prévia que culmina na atribuição de uma licença de exploração. Os estabelecimentos do tipo 2, de menor grau de risco ambiental e média dimensão - que se encontravam, até ao presente, sujeitos a um duplo controlo -, passam a ficar sujeitos apenas a um regime de declaração prévia. inalmente, aos estabelecimentos de tipo 3, no qual se incluem as empresas com 15 ou menos trabalhadores e limitada potência térmica e potência eléctrica contratada, passa a aplicar-se um regime de registo. Os estabelecimentos dos tipos 2 e 3 deixam de ficar sujeitos a vistoria prévia, salvo no caso de estabelecimentos que utilizem matéria-prima de origem animal não transformada, cujo início de exploração depende de vistoria por imposição de acto legislativo comunitário. Nos estabelecimentos de tipo 1 - em relação aos quais continua a exigir-se vistoria prévia -, prevêem-se mecanismos que permitem ultrapassar eventuais atrasos da Administração, permitindo ao requerente recorrer às entidades acreditadas para substituir a intervenção administrativa. As actividades produtivas locais passam a estar sujeitas ao processo de registo simplificado. Um dos traços fundamentais do novo regime é ainda o reforço dos mecanismos conducentes ao cumprimento dos prazos previstos no diploma. Em primeiro lugar, o pedido só é aceite quando completo, o que implica uma maior responsabilização do requerente, com a consequente diminuição do tempo e de interacções subsequentes para instrução. Em segundo lugar, prevê-se que só podem ser solicitados elementos adicionais ao requerente em prazo determinado, por uma única vez e por um único interlocutor - a entidade coordenadora".

Televisões: protagonistas das notícias no 1º trimestre

De Janeiro a Março de 2009, José Sócrates foi a personalidade que por mais vezes interveio na primeira pessoa nos serviços regulares de informação da RTP1, RTP2, SIC e TVI, fazendo-o também em notícias de maior duração. O Primeiro-ministro interveio na primeira pessoa em 437 notícias que tiveram 18 horas e 40 minutos de duração. Esta análise exclui eventuais programas, debates ou entrevistas realizadas no período, considerando apenas os serviços regulares de informação. Na contabilização do tempo, considera-se o tempo total de duração da notícia. O Presidente da República, Cavaco Silva, foi o segundo protagonista do trimestre, tendo intervindo directamente em 198 notícias de 7 horas e 34 minutos de duração. Manuela Ferreira Leite, líder do PSD, foi a terceira com intervenções em notícias de maior duração nestes programas de informação, tendo protagonizado 217 notícias com 7 horas e 31 minutos de duração, um valor próximo do Presidente. Paulo Portas, líder do CDS-PP, ocupou o quarto lugar, tendo protagonizado 194 notícias de 6 horas e 54 minutos de duração e Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, ficou em quinto, com intervenção directa em 148 notícias de 6 horas e 3 minutos de duração. Teixeira dos Santos (ministro de Estado e das Finanças), Jerónimo de Sousa (líder do PCP), Augusto Santos Silva (ministro dos Assuntos Parlamentares), Manuel Pinho (ministro da Economia e Inovação) e Vieira da Silva (ministro do Trabalho e da Solidariedade Social) encerram a lista dos 10 nomes que protagonizaram notícias de maior duração total durante o primeiro trimestre de 2009.

Esta análise considera apenas os serviços regulares de informação dos canais em análise no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Março de 2009. Em análise, estão os seguintes programas: Jornal da Tarde, TeleJornal, Portugal em Directo e As Escolhas de Marcelo (RTP1); Jornal 2 (RTP2); Primeiro Jornal e Jornal da Noite (SIC); Jornal Nacional e Jornal da Uma (TVI).

(fonte: Marktest.com, Abril de 2009)

Alcochete ganha poder de compra

Numa análise dos resultados do Sales Index de 1992 a 2009, vemos como o concelho de Alcochete é aquele que tem visto aumentar mais o seu índice de poder de compra regional. A variação média anual deste índice para o período em análise é de 4.6%. Em 2009, este concelho concentra 1.83‰ do poder de compra do Continente, sendo o 112º concelho (em 278) com maior valor neste índice. Sesimbra é o segundo concelho com maior crescimento médio do índice de poder de compra entre 1992 e 2009, situando-se nos 3.3% ao ano. Em 2009, Sesimbra ocupa a 56ª posição, concentrando 4.67‰ do índice. Benavente é o terceiro concelho com maior variação positiva do índice de poder de compra, tendo visto, no período em análise, o seu índice de poder de compra aumentar em 3.2% ao ano, em termos médios. Benavente é o 85º concelho do Continente, com um índice de 2.82‰. O concelho do Porto, em contrapartida, foi aquele que mais diminuiu em poder de compra no período em análise, com quebras médias de 3.1% ao ano. O Porto é, no entanto, o segundo concelho com mais poder de compra em 2009, concentrando 36.81‰ deste indicador. Lisboa foi o segundo concelho com maiores perdas no índice de poder de compra neste período, em média 2.5% por ano. Este concelho concentra, em 2009, 108.31‰ do poder de compra regional, liderando a tabela. Castanheira de Pêra foi o terceiro concelho que mais poder de compra perdeu no período em análise, diminuindo em média 2.2% ao ano. O concelho é o 276º com menor poder de compra (antepenúltimo) em 2009, com 0.27‰. Os mapas que apresentamos representam a distribuição concelhia do índice de poder de compra regional médio para o período 1992-2009 e a taxa de variação média anual este índice

O índice de poder de compra regional (ou sales index) é um índice expresso em permilagem que permite comparar os concelhos entre si e analisar a contribuição de cada um para um total de 1000, que corresponde à soma dos 278 concelhos do Continente. É calculado com base em informação indicadora do potencial de rendimento e consumo de cada concelho, nomeadamente a população residente, as receitas fiscais, as vendas de automóveis, os consumos de electricidade, as dependências bancárias e os estabelecimentos comerciais.

(fonte: Marktest.com, Abril de 2009)

Jardim na TVI: "PSD é uma organização política interclassista, não liberal, nem marxista"

"A Social-Democracia de raiz personalista cristã, constitui a matriz ideológico-doutrinal do Partido Social Democrata. O que identifica o PSD com a essência da Cultura portuguesa, fazendo-o uma organização política interclassista, não liberal, nem marxista, em que os Direitos, Liberdades e Garantias da Pessoa Humana predominam sobre o Estado, a Região, o Município e restantes Entes públicos, todos estes, sim, ao serviço da Pessoa Humana. O PSD distingue-se assim dos Partidos da Internacional Socialista, cuja raiz é a luta de classes e cujo objectivo é o predomínio do Estado e restantes Entes públicos sobre os Direitos da Pessoa Humana, são Partidos de cunho estatizante.
É importante demarcar os campos políticos - o que não tem sido feito em Portugal - visto que o futuro de um País, para ser reconstruído com bases e com eficiência, tem de se sustentar numa lógica doutrinal coerente, onde sejam claros e inconfundíveis, os métodos e os objectivos a alcançar. Trata-se de uma exigência democrática, para o Povo soberano poder escolher criteriosamente. O problema é que, em Portugal, o partido socialista, doutrinariamente, é nada, e sim uma confusão que vai desde a cumplicidade com o grande Capital menos produtivo, até às propostas de «causas fracturantes», próprias do folclore da extrema-esquerda.
O partido socialista doutrinariamente é nada, nada de lógico e de articulado tem para os Portugueses, na medida em que, ao melhor estilo de certas organizações ítalo-americanas, apenas quer a conquista do poder e a manutenção desse mesmo poder, custe o que custar, seja de que maneira for. Daí a mistificação da propaganda, dizendo que o partido socialista ocupa o centro do espectro político português. O que é nada, nada pode ocupar. É uma lei da Física. O Centro, em Portugal, até está bem disponível para quem souber lhe apresentar propostas credíveis e mobilizantes" (crónica de Alberto João Jardim, esta semana na TVI 24)

Sondagem: PS e PSD baixam nas intenções de voto

Os dados disponibilizados pelo Barómetro Político da Marktest de Abril revelam uma quebra nas intenções de voto de todas as forças políticas à excepção da CDU (PCP/PEV) e do Bloco de Esquerda. Apesar da quebra de 0.5 pontos percentuais face a Março, o PS permanece em Abril como o partido com maior intenção de voto: 36.2% dos residentes no Continente com 18 e mais anos dizem que votariam nele se as eleições legislativas se realizassem hoje.

O PSD é o segundo partido político com maior percentagem de intenção de voto, com 26.4%, um valor que corresponde a uma quebra de 2 pontos percentuais face a Março. O Bloco de Esquerda mantém-se em terceiro lugar, com uma intenção de voto de 13.6%, o que equivaleu a uma subida de 1 ponto percentual face ao Barómetro de Março. A coligação CDU (PCP/PEV) protagonizou a maior subida mensal (mais 2.3 pontos percentuais) e chega a Abril com 11.2% das intenções de voto, na quarta posição. O CDS-PP, com uma intenção de voto de 8.3%, volta a ocupar a quinta posição, com menos 1.1 pontos percentuais do que em Março. A análise evolutiva dos últimos 12 meses mostra apenas que CDU, BE e CDS-PP registam um valor mais favorável do que há um ano atrás, contrariamente aos dois maiores partidos que recolhem, hoje, menos intenções de voto do que no mesmo mês de 2008.

(fonte: Marktest.com, Abril de 2009)

25 de Abril: o outro lado (IV)...

Governo suspende Governo


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O Povo é Sereno

25 de Abril: o outro lado (III)...

E os outros onde andam?

25 de Abril: o outro lado (II)...

Não sei porquê, mas 35 anos depois cheira-me que alguns "empresários" deveriam ser assim tratados. Não concordam?

25 de Abril: o outro lado (I)....

Afinal, qual foi a pergunta que a mulher fez? E que resposta lhe foi dada? Era a dinamização cultural logo após o 25 de Abril a cargo de militares ignorantes que faziam parte da partidarizada 5ª Divisão...

O 25 de Abril e a hipocrisia

Acho hipócritas, algumas das encenações que tiveram lugar na Madeira a propósito da não realização de comemorações do 35º aniversário do 25 de Abril - e quanto ao meu posicionamento claramente a favor da importãncia que a revolução teve na criação de condições para a afirmação da autonomia regional, está tudo esclarecido da minha parte. Hipócritas na medida em que branquearam outras situações que só por oportunismo ou desleixo foram abafadas. Por acaso sabiam que na Região Autónoma dos Açores, uma vez mais, não se realizaram comemorações oficiais da data incluindo no parlamento onde o PS é que tem maioria absoluta? Onde foi isso noticiado na comunicação social madeirense? Sabiam que Presidente do parlamento açoriano esteve na cerimónia oficial do 25 de Abril, na Assembleia da República, tal como aconteceu com Miguel Sousa pela Assembleia da Madeira? Assim sendo, e por falar em hipocricias e outras palhaçadas, será que no próximo ano a Juventude Socialista local - que moral tem esta organização para falar? - vai oferecer bilhetes de avião para promover uma vigilia junto ao edifício do parlamento os Açores dominado pelos socialistas? Ou quem sabe se, em vez de "chaimites", vamos ter aviões militares, Corsair ou outras "latas" da FAP, a sobrevoar os céus dos Açores em protesto? Deixem-se de hipocrisias e, nalguns casos, de lamentáveis idiotices. E aos meios de comunicação social, sem moralismos mas com o pragmatismo que procuro ter, direi apenas que em nome da verdade, o que se espera e exige é que estas situações sejam noticiadas, para que a omissão não lance as pessoas na ilusão e no engano. E para que não sejam acusados de branqueamento de realidades indesmentíveis. Em nome da verdade, da isenção e do distanciamento.

Sabiam?

Por acaso sabiam que a deputada que o PSD dos Açores acabou por indicar como candidata ao Parlamento Europeu, numa decisão que acabou por nomalizar o que nunca deveria ter sido desnormalizado, foi a mandatária de Cavaco Silva nos Açores, nas presidenciais de 2006? É uma mera coincidência...

segunda-feira, abril 27, 2009

Pensava eu que Rodrigues e o Magalhães tinham resolvido esses males…

Diz o DN de Lisboa que "o primeiro-ministro manifestou-se hoje confiante que a meta de escolaridade obrigatória de 12 anos será cumprida a prazo em Portugal, dizendo que estão em causa 35 mil jovens num universo de cerca de 1,2 milhões de alunos. José Sócrates falava numa conferência de peritos, no Centro Cultural de Belém, depois de o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e de uma directora de um agrupamento de escolas do concelho de Almada terem levantado dúvidas sobre a validade do objectivo do Governo de fixar a escolaridade obrigatória nos 12 anos. "Estamos em condições de dar uma resposta cabal aos problemas que sempre tivemos no nosso sistema educativo, mas sem a arrogância de pensarmos que em poucos anos vamos resolver tudo e viver tranquilos para o resto das nossas vidas", declarou Sócrates, numa resposta indirecta às intervenções mais críticas que tinha ouvido da parte de peritos. No caso do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 12 anos, o primeiro-ministro estimou em cerca de 35 mil o número de jovens que abandonam antes dos 18 anos o sistema educativo. "Esta decisão resulta de uma maturidade já atingida e, por isso, chegamos à conclusão que este é o momento para avançar. Temos as condições para o fazer, porque faltam mais 35 mil alunos na escola num total de 1,2 milhões", apontou. Para José Sócrates, os 35 mil jovens em falta no sistema escolar "podem ser perfeitamente integrados na escola".

Lisboa: Santana que se ponha a pau…

Garante o Correio da Manhã, num texto da jornalista Cristina Rita que "sem coligações à esquerda, o cenário para o candidato socialista à Câmara Municipal de Lisboa avizinha-se mais difícil. Ainda faltam cerca de seis meses, mas se as eleições fossem hoje o actual autarca teria a vitória com oito vereadores contra sete do seu mais directo adversário, o social-democrata Pedro Santana Lopes, coligado com o CDS-PP.António Costa já assumiu aliás a dificuldade em conseguir qualquer tipo de convergência à esquerda, e revelou à RR que as conversas não tiveram sucesso. Segundo uma sondagem CM/Aximage, a diferença entre Costa e Santana é de 6,5 pontos percentuais. António Costa recolhe 36,1 por cento dos votos, ao passo que Santana Lopes consegue 29,6 por cento. O Partido Socialista obteve nas últimas eleições intercalares 29,49%. Já o PSD ficou-se pelos 15,85%. O CDS não elegeu ninguém. À esquerda, de acordo com a sondagem, Rúben de Carvalho, da CDU, obteria 8,4% dos votos e a independente Helena Roseta, ex-militante socialista, 7,1%. Estes são os resultados à pergunta 'Em quem pensa votar nas próximas eleições para presidente da Câmara de Lisboa?' Na semana em que foi anunciado o nome do candidato do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda ficaria pelos 3,8% e falharia a eleição. Rúben de Carvalho e Helena Roseta seriam eleitos, mas perderiam um vereador respectivamente, num cenário em que mais de metade dos entrevistados manifestou a intenção de se abster: 56,3%. Esta sondagem CM/Aximage foi realizada entre os dias 21 e 23 de Abril". Leia a notícia toda aqui.

Jornalismo: mas não era tudo paz e amor?

Diz o DN de Lisboa que "o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) está "preocupado" com a contratação de profissionais no estrangeiro, "nomeadamente em Portugal", revelou a organização em comunicado. No documento enviado às redacções, o SJA informa que tem "seguido com alguma preocupação" as informações que apontam para a contratação de jornalistas estrangeiros em "número muito considerável" na sequência do aparecimento de novos órgãos de comunicação social. Durante o ano de 2008 e início de 2009, Angola viu surgir três novos jornais, o primeiro foi o Novo Jornal, seguiram-se depois O País e o económico Expansão, todos semanários, uma estação de rádio, a Rádio Mais e ainda uma nova televisão, a TV Zimbo". Querem ver que não tarda muito e temos caso?

Não será tarde? Foram precisos os 300 milhões de prejuízo em 2008?

Diz o DN de Lisboa que "a concorrência da easyJet nos voos Lisboa-Funchal desde Outubro do ano passado obrigou a TAP a baixar as tarifas numa rota que em 2008 significou mais de meio milhão de passageiros para a companhia de bandeira portuguesa. Antes da liberalização, uma viagem Funchal-Lisboa-Funchal para residente custava 222,63 euros e a viagem Lisboa-Funchal-Lisboa 431,63 euros.Quando, a 27 de Outubro, a easyJet se tornou a primeira transportadora - e até agora a única - a beneficiar da liberalização e inaugurou a rota Lisboa-Funchal, a companhia de baixo custo tinha dois voos diários com preços a partir de 51,98 euros (ida e volta). No entanto, de Abril até Outubro um bilhete da easyjet nesta rota terá um custo médio de 34 euros. O preço mais baixo por trajecto, com taxas incluídas, começa nos 24,99 euros. Por alturas da liberalização, as viagens aéreas Madeira-Continente reservadas com menos de 72 horas de antecedência custavam 447 e 527 euros, com taxas. Já este ano, a TAP prolongou uma campanha de vendas para os voos Madeira-Continente com preços finais a partir de 59 euros (taxas já incluídas). A transportadora aérea nacional vai manter preços finais a partir de 59 euros nos voos entre o Continente e a Madeira e de 65 euros nas ligações com partida da Região Autónoma e chegada a Lisboa ou Porto". A TAP não demorou tempo demasiado a perceber que desde Outubro de 2008 a Easyjet já transportou mais de 100 mil passageiros nesta linha?

Esperem que tenho de ir chorar e já volto…

Diz a jonalista do Publico, Marlene Carriço que "a poderosa Inglaterra tem visto a sua riqueza cair neste último ano de recessão económica e nem os mais ricos estão a passar ao lado da crise, de acordo com a lista dos mais ricos do "Sunday Times".As mil pessoas mais ricas do país têm agora 286 mil milhões de euros, menos do que o recorde de 458 mil milhões de euros registado há um ano. Uma perda de 172 mil milhões.Neste último ano, o número de multimilionários em Inglaterra caiu de 75 para 43, noticiou a BBC.O magnata indiano do aço, Lakshmi Mittal, e a família estão novamente no topo com 12 mil milhões de euros, mas a sua fortuna sofreu uma queda de 61 por cento em relação ao ano passado."O mais ricos podem estar mais bem colocados para resistir à pior recessão dos últimos 30 anos, mas, se esta lista é precisa mostra que ninguém está imune a ela [recessão]", disse um correspondente de economia da BBC.O proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich, está novamente em segundo lugar, embora a sua riqueza tenha caído 40 por cento, para 7,76 mil milhões de euros. O terceiro da lista é o duque de Westminster, com 7,2 mil milhões de euros, e em quarto estão Ernesto Bertarelli e Kirsty - a ex-miss Reino Unido e o seu marido - com 6,2 mil milhões de euros, uma fortuna baseada em produtos farmacêuticos. Os dois ingleses viram a sua fortuna cair apenas 12 por cento neste último ano". Que pena tenho...

Mas afinal estão à espera de que se nem sabemos ainda a história toda?

Diz o Publico que os bancos "recusaram uma proposta salarial do sindicato dos bancários que garantia não haver despedimentos este ano e um aumento salarial de 0,9 por cento, apurou a Lusa.A proposta, debatida no final de Fevereiro na Associação Portuguesa de Bancos (APB), foi chumbada porque dois dos bancos presentes nessa reunião, o Banco Espírito Santo (BES) e o Banco Português de Investimento (BPI), não se comprometeram a renovar os contratos a termo certo. Após um interregno de um mês nas negociações, os três sindicatos de bancários (norte, centro e sul) vão comparecer à próxima reunião com a APB, amanhã, na expectativa de que esta tenha alterado a proposta inicial de aumentos de 0,9 por cento mas sem qualquer esperança de manter os postos de trabalho dos contratados". Tirando o Banco de Portugal - que só sabe as coisas depois - alguém me sabe contar a história toda da real situação da banca portuguesa? O que se passa afinal no submundo, em termos de segurança das instituições, distante dos olhares das pessoas?

Afinal o que é que disse Ferreira Leite?

Afinal o que disse a líder do PSD acerca de um alegado governo de bloco central? Abrindo o site do Expresso, lê-se:
Ferreira Leite não exclui acordo com PS
A líder do PSD admitiu, em entrevista ao jornalista da SIC Mário Crespo , que se sentiria confortável com qualquer solução em que acredite que a conjugação de esforços seja coincidente, no sentido daquilo que melhor sirva os interesses do país, avança o site da estação de Carnaxide. Manuela Ferreira leite respondeu desta forma à pergunta sobre se se sentiria mais confortável para as eleições legislativas, se numa aliança do PSD com o CDS-PP ou num novo bloco central com o PS.
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Se optar por exemplo por abrir o site do Publico online, num texto da jornalista Sofia Rodrigues, já lhe apontam numa direcção diferente:
Ferreira Leite reafirma recusa sobre Governo de Bloco Central
A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, veio hoje reafirmar a sua recusa sobre um Governo do Bloco Central, na sequência de uma notícia da SIC-Notícias sobre a entrevista a Mário Crespo e na qual a presidente social-democrata admitia acordos com o PS.“É uma interpretação abusiva porque como é sabido sempre recusei a hipótese de um governo de Bloco Central”, declarou à agência Lusa a presidente do PSD. Na entrevista à SIC, gravada hoje à tarde, Manuela Ferreira Leite foi questionada sobre o cenário em que se sentiria mais confortável, se numa aliança do PSD com o CDS-PP ou se num novo Bloco Central com o PS. “Eu sentir-me-ia confortável com qualquer solução em que acredite numa conjugação de interesses no sentido do país que sejam coincidentes”, disse.
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Perante estes dois exemplos, faça como eu: vá aqui e oiça a entrevista com Mário Crespo, na íntegra. Depois decida. E fique a saber porque razão jornalismo e a verdade dos factos - ou melhor dizendo, o relato isento do que se passa, do que é feito e do que é dito - anda tão por baixo...

Itália: Berlusconi manda vítimas do sismo comprar no IKEA!

Parece um aburdo, mas a verdade é que o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi se está a borrifar para isso. Segundo o El Mundo, "el primer ministro italiano, Silvio Berlusconi, ha vuelto a causar controversia por sus polémicas declaraciones. Esta vez se ha atrevido a recomendar a las víctimas del terremoto que asoló la región de los Abruzos el pasado 6 de abril que "compren sus muebles en Ikea", según informa la agencia Ansa.Berlusconi se dirigió el sábado a los afectados por el sismo durante una visita a la región en el marco del día nacional italiano. La mayoría de víctimas vive aún en tiendas de campaña provisionales, por lo que el primer ministro les aconsejó ocupar varias viviendas vacías en la zona del sismo. "Vayan ahí y compren sus muebles en Ikea", dijo Berlusconi. "Ahí se puede comprar todo el mobiliario para la casa por poco dinero", agregó. Incluso para ese tipo de gastos tuvo el jefe de gobierno solución: "Nosotros les podemos devolver ese dinero". El primer ministro italiano, conocido por su 'poco tacto', ya había levantado polémica poco después del terremoto, cuando recomendó a las víctimas que vieran las carpas provisionales y las precarias condiciones de vida como un "fin de semana de camping". Berlusconi decidió trasladar la sede para la próxima cumbre del G8 de la isla la Maddalena a la región del seísmo como un "gesto de solidaridad", lo que le había deparado más apoyo internacional".

Financiamento: Madrid anuncia em Maio novo modelo

Segundo foi recentemente noticiado no La Vanguardia, a ministra Salgado "asegura que el acuerdo de financiación autonómica se producirá en mayo. Sobre cifras, la ministra de Economía considera que "pueden ser 8.000 millones, puede ser algo más, será lo que resulte de la aplicación del modelo". La vicepresidenta segunda del Gobierno español y ministra de Economía y Hacienda, Elena Salgado, dijo prever que se llegará en mayo a un acuerdo de financiación autonómica con Catalunya y el resto de las autonomías. Salgado indicó que sería "muy oportuno" alcanzar un acuerdo con Catalunya "cuanto antes" y que el Gobierno está trabajando "en esta línea".
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Montilla reivindica su gestión y pide la confianza de su partido para pactar la financiación
Entretanto, "el presidente catalán, José Montilla, ha reivindicado hoy su gestión al frente del Govern con la vista puesta en una alianza tripartita que tiene un proyecto de país hasta 2020 y ha pedido, ante las críticas de CiU, la confianza y el aval de su partido en la "hora decisiva" para pactar la financiación. Montilla ha reunido a unos 3.000 militantes del partido, sobre todo cuadros del PSC y cargos institucionales, en un acto bajo el eslogan "Fets. President Montilla (Hechos. Presidente Montilla)" para reivindicar su obra de gobierno al frente de la Generalitat en un momento decisivo para el PSC, que afronta la recta final de la negociación de la financiación autonómica. Para apuntalar el liderazgo de Montilla al frente del partido y del Govern, en el mitin han participado los cuatro jefes de lista de la formación en cada uno de los ámbitos institucionales: el alcalde de Barcelona, Jordi Hereu; la ministra de Defensa, Carme Chacón, y el cartel electoral en las europeas, Maria Badia, que han alabado el papel del líder autonómico y primer secretario del PSC". Aqui

Futebol: e a legitimação?...

Segundo o Publico, "o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, foi hoje reeleito para o quarto mandato na direcção do clube madeirense, sendo que a sua lista, que concorreu sozinha, obteve 29.492 votos. Este é um número que contrasta com o universo eleitoral do clube, pois apenas participaram no acto eleitoral cerca de 150 dos 16.000 sócios. Apesar destes números, Carlos Pereira afirmou não estar à espera desta participação, acrescentando que o seu silêncio pré-eleitoral "não impediu os sócios de se pronunciarem. Basta dizer que houve três Assembleias Gerais seguidas". O dirigente também rejeitou a ideia de que os sócios estejam longe do clube, referindo que "as instalações estão abertas a todos, há o sítio na internet do clube", mas que, somente, não está disponível à discussão pública das questões clubísticas.Carlos Pereira mandou ainda outro "recado" à oposição, neste momento silenciosa, que prefere falar em "off": "Devo ser o único presidente do clube que, diariamente, está nas instalações e recebe todos, mesmo sem hora marcada". Curiosamente ninguém se preocupa em discutir a legitimação ou mesmo a representatividade dos Presidentes dos clubes de futebol quando eleitos por estes valores absurdos e insignificantes! Mas quando se tratam de políticos, aí alto e pára o baile que temos que discutir a...legitimação dos eleitos! Moralidade...

Cinema: dramas depois do Óscar...

Uma reportagem intitulada "Despúes del oscar: la cara oculta de un Oscar", assinada pela jornalista Ana Gabriela Rojas e publicada no El Pais, é um trabalho que recomendo vivamente: "Rubina (sentada, à direita), la actriz de nueve años de 'Slumdog millionaire', vive en una chabola de Bombay como antes de los premios, sin casa nueva ni el dinero prometido para poder estudiar. Las preguntas del escándalo siguen sin respuesta y el éxito ha roto a su familia un poco más". Aqui.

Qual Chicago qual carapuça...

Por este andar nem precisam de se arregalar todos quando a televisão nos mostra cenas verdadeiras (não parte de filmes...) de perseguições policiais em Chicago ou Los Angeles e outras cidades americanas (já agora veja aqui as mais perigosas), porque a procura é tanta que já passamos a ter essas cenas bem debaixo do nosso nariz. Veja esta...

A liberdade da bicharada...

Na Irlanda um touro fugiu de feira agrícola na Irlanda e logo que viu um supermercado, toca a entrar em busca de um refresco para suavizar o calor! Ou quem sabe se para confirmar se naquelas peças de carne penduradas no talho do supermercado não estaria a sua amada esquartejada. A minha dúvida não tem nada a ver com este pançudo animal que depois acabou por abandonar a "arena"com poucos estragos. O que não sei é como um dia destes havemos que lidar com outros touros tresmalhados que por aí andam, felizmente sem darem conta do supermercado! Veja aqui o video e divirta-se...

É a pouca vergonha instalada com a cumplicidade do governo

Segundo a SIC, "já há 18 queixas de clientes dos bancos contra aumentos dos spreads nos contratos em vigor. Os bancos só podem impor spreads mais altos quando há renegociação e novos contratos. A associação que representa os clientes de produtos financeiros acusa a banca de estar a cometer ilegalidades. A denúncia foi feita às associações de defesa dos consumidores: há bancos que estão a aumentar o spread no crédito à habitação, nos contratos ainda vigentes, sem consultar os clientes. A Deco e também a SEFIN, a associação que apoia os consumidores de produtos financeiros, já receberam 18 reclamações. A Sefin lembra que só é possível alterar o valor do spread quando o banco e o cliente chegam a acordo. Não se sabe ainda quais são os bancos que, alegadamente, cometem esta ilegalidade. Os bancos estão a praticar spreads mais elevados, por causa da crise financeira, porque é difícil arranjar dinheiro nos mercados. Também porque há clientes com mais risco e também porque os bancos não querem perder margem de lucro". Veja aqui o video com a notícia

Espanha: "Catalunha mal financiada"...

O vice-presidente do terceiro governo espanhol de Zapatero, Manuel Chaves, reconheceu em entrevista ao El Pais que a "Catalunha mal financiada". Num trabalho do jornalista Luis Aizpeolea sobre Chaves - que é da Andaluzia - é referido: "Ha sido sindicalista, ministro y presidente de la Junta de Andalucía. Ahora Zapatero le ha encargado convencer a las comunidades autónomas de que aúnen esfuerzos contra la crisis. De su éxito depende la estabilidad del Ejecutivo. Lleva sólo una semana incorporado al Gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero y se ha encontrado con más de cuatro millones de desempleados, una cifra que desborda las previsiones del Ejecutivo. A Manuel Chaves (Ceuta, 63 años) le ha encargado Zapatero, como vicepresidente de Política Territorial, que unifique el esfuerzo de las comunidades autónomas contra la crisis. Apenas ha pisado su despacho esta semana porque ha empezado una ronda de entrevistas con los presidentes autonómicos en la que también está abordando sus problemas de financiación". Leia aqui. Em Portugal, bom, é melhor nem, sequer dizer nada...

Droga: "Time" questiona sucesso da despenalização portuguesa...

Com o título "Drugs in Portugal:Did Decriminalization Work" publicou a revista norte-americana Time, no passado 26 de Abril, um texto, da jornalista Maia Szalavitz,questionando o sucesso da descriminalização do consumo de drogas em Portugal: "Although its capital is notorious among stoners and college kids for marijuana haze–filled "coffee shops," Holland has never actually legalized cannabis — the Dutch simply don't enforce their laws against the shops. The correct answer is Portugal, which in 2001 became the first European country to officially abolish all criminal penalties for personal possession of drugs, including marijuana, cocaine, heroin and methamphetamine. At the recommendation of a national commission charged with addressing Portugal's drug problem, jail time was replaced with the offer of therapy. The argument was that the fear of prison drives addicts underground and that incarceration is more expensive than treatment — so why not give drug addicts health services instead? Under Portugal's new regime, people found guilty of possessing small amounts of drugs are sent to a panel consisting of a psychologist, social worker and legal adviser for appropriate treatment (which may be refused without criminal punishment), instead of jail". Aqui.

Uma sugestão...francesa

O jornal espanhol El Pais publicou na edição de domingo passado, antecedendo a visuta oficial do francês a Espanha, uma extensa entrevista com o Presidente Sarkosy, que, salvo respeitaveis opiniões contrárias, deve ser lida. Por isso, deixo as respectivas ligações, caso queiram:
- Nicolas Sarkozy: el poder y la felicidad, por Juan Luis Cebrián: "La política "es un oficio de gilipollas para personas inteligentes". Le espeto la frase, tomada del libro de Yasmina Reza sobre Sarkozy, con cierto ánimo provocador. El presidente se arranca las gafas oscuras, que le cubren como un antifaz. Su mirada trasluce ahora cordialidad y un punto de sorpresa. "¿Yasmina dice eso en el libro?". No ella, no, respondo, es una cita que hace de un amigo, un tal Serge, a mí me encanta, ¿y a usted? "La política no es un oficio... por otro lado una cosa es la política y otra dirigir un país, que no es algo que se pueda reducir sólo a hacer política. Mi situación resulta peculiar, soy árbitro y actor al mismo tiempo. La mayoría de mis colegas, Merkel, Brown, Berlusconi, Zapatero, el propio Obama, no tienen esa dualidad. Como árbitro, debo apaciguar, establecer equilibrios; como actor estoy obligado a impulsar si quiero construir". Parece una esquizofrenia, comento, pero él niega: la carga del Estado es tan pesada que no da lugar a ese tipo de paranoias.Estamos en los jardines del Elíseo en torno a un café y en mangas de camisa, bajo un sol de primavera del que se defiende con unas rayban de cristales ahumados que ocultan sus ojos claros, transparentes, embaucadores hasta la seducción. Es fácil sucumbir a ella. Nos conocíamos de una cena anterior en París, poco antes de que lanzara su candidatura al Elíseo, y siempre gracias a la mediación testimonial de Alain Minc, un amigo común capaz de cambiar el curso de las estrellas si el universo no se aviene a lo que corresponde. Esta tarde nos hemos enfrascado en un debate sobre la naturaleza y comportamiento del poder, un tema que me fascina de antaño, como a él", aqui;
- "Francia resiste mejor la crisis porque fueron menores los excesos", por António Jimenez Barca: "El presidente de la República Francesa, Nicolas Sarkozy, accedió esta semana a contestar a un cuestionario limitado de preguntas remitido por EL PAÍS. En sus respuestas, Sarkozy, de 54 años, se reafirma en sus recetas contra la crisis a pesar de la creciente protesta social en Francia, define su modelo de capitalismo moral, comenta el significado de la irrupción de Barack Obama y habla de su "amigo" José Luis Rodríguez Zapatero. Al referirse a la información del periódico Libération, según la cual, en una reunión privada, calificó al presidente español de "poco inteligente", Sarkozy zanja así la cuestión: "José Luis es un hombre de talento", aqui

Que coisa complicada...

Li no DN do Funchal, com algum atraso, que o presidente do PS-M, João Carlos Gouveia, assegurou que Bernardo Trindade não é o candidato socialista à Câmara Municipal do Funchal. O líder madeirense assegura que o candidato já está definido sem no entanto o desvendar. “O PS já tem candidato à Câmara Municipal do Funchal e não é o dr. Bernardo Trindade”, afirmou João Carlos Gouveia aos jornalistas à margem da festa comício no Madeira Tecnopolo em que participaram os candidatos ao Parlamento Europeu, Vital Moreira e Emanuel Jardim Fernandes. “O que os madeirenses querem do dr. Bernardo Trindade é que seja o secretário de Estado do Turismo pelo excelente trabalho que tem desenvolvido e por aquilo que queremos no futuro”. Eu cada vez mais sou um apreciador deste contorcionismo de JCG. Lançam as notícias para os jornais - não será melhor desligarem durante uns meses, os telemóveis? - esperam pela reacções e depois dizem que os jornalistas é que inventaram... Por acaso a notícia do DN do Funchal que Bernardo era o candidato desejado para a CMF não partiu do PS? Ou quem sabe se não existe candidato nenhum e o desespero aumenta? Ainda há muito tempo. Cheira-me a esturro tudo isto e JCG não fica nada bem. Mas o problema não é meu...

Barroso é um "danado"...

Gostem ou não o Presidente da Comissão Europeia - que pelos vistos andam empenhadíssimo em manter-se no lugar... - trabalhou bem, mostrando que sabe jogar em várias frentes: vai à Bulgária segurar apoios, dá uma saltada à Grécia para receber uma condecoração, dá uma entrevista onde exalta o relacionamento com José Sócrates e mete dois membros próximos da sua figura - Graça Carvalho e Mário David - em posições de elegibilidade garantida. Aliás não é estranho - ou não é? - que sempre que se discutiu a lista do PSD ao Parlamento Europeu nunca se discutiu nem Carlos Coelho, por razões óbvias, nem Mário David, que está longe, mas mesmo longe, de dar votos ao PSD, pese a sua experiência europeia e a proximidade a Barroso com quem esteve no governo central. Mas alguém ouvir o seu nome ser questionado pelo 4º lugar? Afinal, actualmente, ele é ou não apenas um deputado à Assembleia da República neste momento, não mais do que isso? E como se tudo isto não bastasse ainda tem entre mãos o "dossier" através do qual se prepara para dar cabo dos "offshores". Cheira-me que ainda vamos ouvir falar muito deste assunto...

Bloco central?

Será que Ferreira Leite na entrevista hoje à noite na RTP vai fazer a apologia de um governo de bloco central? Então será que Cavaco Silva insinuou, no discruso de 25 de Abril, essa solução por mero acaso? Ai, ai o respeitinho...

Ensino: o atendedor...

Pessoa amiga, mas que se revela sempre perspicaz em questões educativas, enviou-me por mail esta história:
"Esta é a mensagem que o pessoal docente da Escola Secundária de Pacific Palisades (Califórnia) aprovou unanimemente que deveria ser gravada no atendedor de chamadas da escola. Foi resultado das reacções quando a escola decidiu implementar medidas que exigiam aos alunos e aos pais que fossem responsabilizados pelas faltas dos estudantes e pelas faltas de trabalho de casa. A escola e os professores estão a ser processados por alguns pais que querem que as notas que chumbaram os seus filhos, sejam alteradas para notas que os passem - borrifando-se estes "exemplares" encarregados de educação (?) para o facto dos miúdos terem faltado 15 a 30 vezes num semestre e não tenham realizado trabalhos escolares suficientes para poderem ter nota positiva. Aqui fica a mensagem gravada no atendedor da escola:
Olá! Foi direccionado para o atendedor automático da escola. De forma a podermos ajudá-lo a falar com a pessoa certa, por favor ouça todas as opções antes de fazer a sua selecção:
- Para mentir sobre a justificação das faltas do seu filho, pressione a tecla 1
- Para inventar uma desculpa sobre porque é que o seu filho não fez o seu trabalho, tecla 2
- Para se queixar sobre o que nós fazemos, tecla 3
- Para insultar os professores, tecla 4
- Para saber por que razão não recebeu determinada informação que já estava referida no boletim informativo ou em diversos documentos que lhe enviámos,tecla 5
- Se quiser que lhe criemos a sua criança, tecla 6
- Se quiser agarrar, tocar, esbofetear ou agredir alguém, tecla 7
- Para pedir um professor novo, pela terceira vez este ano, tecla 8
- Para se queixar dos transportes escolares, tecla 9
- Para se queixar dos almoços fornecidos pela escola, tecla 0
- Se já compreendeu que este é o mundo real e que a sua criança deve ser responsabilizada e responsável pelo seu comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelos seus tpcs, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é do professor, então desligue e tenha um bom dia!". Que tal? Eu sei, a culpa é do sistema educativo e dos professores. Não de outros actores, de outros protagonistas, de outros factores com os quais nem a escola, nem os professores nem o sistema (em parte) têm rigorosamente nada a ver.

Madeira Palácio

E já agora, é ou não verdade que terão deitado "calhau" numa possível saída - que nada tinha a ver como Governo regional, diga-se desde já, nem o envolvia - tudo por causa de uma ideia da treta de que quanto mais na "desgraça" alguns empreendimentos e empresários estiverem, melhor? Melhor? Para para quem? Para a Madeira? Bem vistas as coisas, num destino de qualidade, o estado em que se encontra o Madeira Palácio realmente funciona como uma extraordinária mais-valia...

Porto Santo

O pior que pode acontecer para o Porto Santo, salvo melhor opinião, seria deixar que o empreendimento Columbs Resort ficasse parado e e transformasse numa espécie de "Novo Mundo" numa versão século XXI. Eu acho que me considero à vontade para abordar este assunto até porque tenho sido crítico de algumas das opções do empresário Sílvio Santos - nada de confundir questões meramente empresariais com os aspectos pessoais, porque não faço. Mas independentemente de tudo isso, acho que há que fazer um esforço - não me perguntem que solução tenho, porque sinceramente também não tenho que pensar no tema, embora ache que deve haver uma saída - para que o Columbus possa ao menos ficar concluído e reabrir. Uma terra que pretende combater a sazonalidade, não pode ficar nos braços com um empreendimento paralisado, que ainda por cima propiciou grandes expectativas, incluindo de emprego. Não acredito - tenho que o dizer - que outros projectos anunciados possam avançar, muito menos neste momento. Não creio que seja um absurdo, por exemplo, admitir que a racionalidade posa recomendar que algumas projecções de investimentos públicos pudessem fazer um "aguenta aí um estantinho" para que se terminasse uma obra que embora exigindo uma multiplicidade de negociações e de acordos, não põe funcionar contra o Porto Santo, pela paralisação, quando era suposto que fosse uma mais valia. E já agora - também tenho que reconhecer que poderei ter errado - é ou não verdade que o empresário Sílvio Santos não fez uso de cerca de uma significativa verba aprovada ao abrigo dos apoios da SETurismo, para que não fosse acusado de ter usado essa verba no empreendimento, sem ter a garantia da sua conclusão. Vem esta nota a propósito das declarações recentes de Alberto João Jardim que anunciou a existência de um acordo (ele existe, mas não global), declaração desmentida no próprio dia por Bernardo Trindade que refreou o entusiasmo e acusou o líder madeirense de "propaganda". E ninguém mais falou no assunto...

Estudos?

Ouvi há dias na RDP da Madeira o jornalista Gil Rosa garantir que o PSD tinha tudo resolvido para as autárquicas - a prioridade para já são as europeias, depois pensa-se no resto... - e que se mantinham pendentes Santana, São Vicente e Câmara de Lobos. E segundo o jornalista as decisões seriam tomadas com base em estudos de opinião realizados. Ora eu gostaria, confesso, de ver os resultados desses estudos de opinião que garante a RDP da Madeira, se realizaram para facilitar o processo de escolha de candidatos. Para adiantar já me sentei e tudo... Não diz o povo que não há nada melhor que esperar sentado?! Mais uma dicazinha que até pode ser invenção aqui deste blogue: quem disse que há assuntos pendentes?

Surpresa

Confesso que foi com alguma surpresa que fiquei a saber que se confirmou a deslocação de Ferreira Leite ao Chão da Lagoa para a festa do PSD. Para que dela resulte mais valia é preciso que o PSD tenha um bom resultado nas europeias. Caso contrário, não me parece que se revele uma mais valia. No meio de tudo isto, quem se deve estar a rir é Miguel Sousa. Não foi ele dos poucos (?) apoiantes conhecidos e declarados de Ferreira Leite?

Paciência...

É tudo uma questão de paciência. Alguns dirão que é falta de pachorra. Provavelmente. Mas o que é facto é que, uma ou outra, naturalmente que se vão esgotando. Prometo que vos deixarei algumas curiosidades, não propriamente novidades.

quarta-feira, abril 22, 2009

Universidades: O processo de Bolonha – reformar as universidades na próxima década

Segundo uma informação veiculada hoje pela Comissão Europeia, "em 28 e 29 de Abril, os ministros que tutelam o ensino superior em 46 países europeus reunir-se-ão na Bélgica, em Lovaina e Lovaina-a-Nova, para fazer o ponto do que foi já realizado no âmbito do processo de Bolonha, definir uma nova agenda e acordar em prioridades do espaço europeu do ensino superior para a próxima década, até 2020. Reflectindo o extremo interesse dos países situados fora da Europa pelas reformas que estão a operar-se no espaço europeu do ensino superior, realizar-se-á pela primeira vez um «Fórum Politico sobre o Processo de Bolonha» que reunirá os 46 países que participam no pr cesso e 20 paí es de fora da Europa (Foram convidados os seguintes países: Marrocos, Tunísia, Egipto, Etiópia, Senegal, Tanzânia, África do Sul, Israel, Jordânia, Cazaquistão, Quirguizistão, Índia, China, Japão, Vietname, Austrália, Nova Zelândia, Brasil, México, Estados Unidos da América e Canadá.).O processo de Bolonha alargou-se de 29 países, em 1999, a 46, actualmente (Albânia, Alemanha, Andorra, antiga República jugoslava da Macedónia, Arménia, Áustria, Azerbaijão, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Federação da Rússia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Listenstaine, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Moldávia, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Santa Sé, Sérvia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia) – um verdadeiro êxito europeu. No mais recente relatório de síntese sobre o processo de Bolonha, a apresentar aos ministros em Lovaina e Lovaina-a-Nova, conclui-se que a aplicação das reformas previstas tem progredido a bom ritmo, embora de forma heterogénea. O último relatório da Comissão de apoio ao processo confirma essa conclusão positiva e refere que se registaram avanços substanciais, inclusive nas reformas estruturais. A atenção deverá agora centrar-se na modernização das políticas nacionais e na concretização da aplicação das reformas dos estabelecimentos de ensino superior da Europa. As principais reformas decorrentes do processo de Bolonha incidem nos seguintes aspectos:
- estruturação do ensino superior em três ciclos (licenciatura, mestrado e doutoramento),
- garantia de qualidade do ensino superior e
- reconhecimento das habilitações e dos períodos de estudo.
No seu conjunto, estes esforços de reforma vieram proporcionar novas oportunidades tanto às universidades como aos estudantes. O lançamento, no ano transacto, do Registo Europeu de Garantia da Qualidade do Ensino Superior está a dar maior visibilidade ao ensino superior europeu e a reforçar a credibilidade das instituições e dos programas na Europa e no mundo". Leia tudo aqui.

Opinião: "É o tempo da corrupção geral?"

- por João Rodrigues (*)
"Veio enfim um tempo em que tudo o que os homens tinham olhado como inalienável se tornou objecto de troca, de tráfico, e podia alienar-se. É o tempo em que as próprias coisas que até então eram comunicadas, mas nunca trocadas; dadas, mas nunca vendidas; adquiridas, mas nunca compradas - virtude, amor, opinião, ciência, consciência, etc. - em que tudo enfim passou para o comércio. É o tempo da corrupção geral, da venalidade universal". Karl Marx escreveu isto em 1847 num livro intitulado "Miséria da Filosofia". Na realidade, o tempo em que tudo se pode vender e comprar, o tempo da corrupção geral, nunca chegou na maioria dos países. No entanto, como muito do que Marx escreveu, esta citação, que aos nossos olhos parece profética, tem o mérito de nos indicar uma das ameaças potenciais que pairam sobre o laço social em qualquer comunidade política: a arrogância expansiva que o dinheiro adquire, sobretudo quando está concentrado em poucas mãos, pode erodir as barreiras que protegem esferas da vida socioeconómica e política que não devem, que não podem, estar submetidas ao seu poder.
João Cravinho, uma das figuras mais conhecedoras da actual situação e mais inconformadas com a persistente impotência pública, considera que a corrupção política não pára de crescer no nosso país. Muitos dizem que isto é o resultado do peso excessivo do Estado. Trata-se de um diagnóstico tão previsível quanto preguiçoso. Se estivesse correcto, outros países europeus, com os países escandinavos à cabeça, seriam os mais corruptos e os menos transparentes. Nada é mais errado, como o leitor bem sabe. A corrupção não se combate pelo esvaziamento do Estado, mas sim pelo encolhimento das possibilidades que o dinheiro tem de influenciar o processo democrático de definição das regras e da sua aplicação. A corrupção tem, entre outras, causas institucionais, intelectuais e morais complexas. Defendo que a neoliberalização do Estado português está hoje no seu centro.
O ciclo, com mais de vinte anos, de liberalização predatória, feito de abertura irrestrita às forças de mercado, de privatizações sem fim de sectores monopolistas e estratégicos ou de complacência face à apropriação privada de mais-valias fundiárias ou face à desigualdade de rendimentos, aumentou o perigo de captura do poder político por um poder económico privado crescentemente rentista. A mais recente geração de políticas de entrega aos privados de áreas da provisão pública, por exemplo, através de ruinosas parcerias público-privadas, cria um pernicioso caldo político feito de opacas desorçamentações, de tráfico de influências e de subversão da lógica dos serviços públicos. Estradas, aeroportos, matas, prisões, hospitais, rede eléctrica, património histórico, áreas protegidas. A lista de bens públicos em vias de serem capturados pelo sector privado não tem fim. As oportunidades para a corrupção também não.
No país mais desigual da União Europeia, os mais ricos têm cada vez mais recursos e incentivos para contornar as regras e para influenciar o processo político a seu favor. Além disso, a desigualdade tende a corroer a crença de que as instituições fundamentais da sociedade são justas, a sabotar a legitimidade social das regras instituídas e a dificultar a participação de todos na definição dos destinos comuns. Sabemos que uma cidadania activa, mais robusta em sociedades europeias menos desiguais, é um dos antídotos para os comportamentos predatórios.
A ética do serviço público, outro ingrediente imprescindível em qualquer sociedade decente, só pode florescer se tivermos funcionários públicos autónomos e motivados. É por estas e por outras que a política de fragilização dos vínculos contratuais na administração pública, a política que "tritura" funcionários, num contexto de hegemonia de um discurso governamental que tem subestimado e desprezado a ética do serviço público e os profissionais e as práticas que a podem sustentar, só irá acentuar a fraqueza e a submissão do Estado perante a insolência do dinheiro.
Pelo contrário, as políticas socialistas de combate às desigualdades, de reafirmação do controlo público directo de sectores estratégicos, de combate à fraude e evasão fiscais, por exemplo, através da abolição do sigilo bancário, ou de apropriação pública das mais-valias fundiárias obtidas graças a investimentos de toda comunidade desenham linhas mais fortes entre o que pode ser comprado e vendido e o que é de todos e deve estar ao serviço de todos. Como sempre, só a justiça social e a ética do serviço público podem evitar que a afirmação de Marx se torne profética".
(*) in Jornal de Negócios, Economista, doutorando na Universidade de Manchester

Televisão: há guerra entre Sócrates e a TVI

Sócrates: Jornal Nacional é um "telejornal travestido" feito de "ódio e perseguição pessoal"

Na entrevista que concedeu ontem à RTP, o primeiro-ministro adiantou que tem o direito de processar quem me injuria e acusou o Jornal Nacional da TVI de sexta-feira de ser um espaço de caça ao homem e um telejornal travestido feito de ódio e perseguição pessoal

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José Eduardo Moniz: "Até agora a TVI só relatou factos"
Segundo o DN de Lisboa (ou aqui) "o director da TVI disse hoje que vai mesmo processar o primeiro-ministro e que este desperdiçou uma oportunidade na entrevista que deu à RTP1 para esclarecer o país sobre o caso Freeport e que, sobre o caso, "a TVI só relatou factos". José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, disse que não vai adoptar “o tom nem a maneira de actuar” do primeiro-ministro, que, afirmou, considera “incompatíveis com o sentido de Estado” e com as responsabilidades de José Sócrates em relação ao país. O director-geral da TVI vai processar o primeiro-ministro José Sócrates por este ter dito em entrevista à RTP que o telejornal das sextas-feiras da TVI é informação "travestida" e "um espaço de ataque pessoal". Decidiu "avançar com uma queixa judicial contra José Sócrates" e admite que "outros jornalistas da TVI" façam o mesmo. Em directo no "Jornal Nacional" das 20:00, José Eduardo Moniz disse ter ouvido com "surpresa" e "estupefacção" as declarações que o primeiro-ministro fez, em entrevista transmitida terça-feira pela RTP 1, sobre o jornalismo da estação de Queluz de Baixo. Sobre a falta de credibilidade da TVI apontada pelo primeiro-ministro no programa Grande Entrevista da RTP1, o director da estação alegou que “até agora a TVI só relatou factos, não inventou as imagens, os sons e as afirmações a que o país tem assistido com espanto”. Referia-se à gravação divulgada pela estação em que Charles Smith diz que Sócrates “é corrupto”. Depois das declarações de José Sócrates na entrevista à RTP1, Manuela Moura Guedes, que apresenta o Jornal Nacional na TVI, disse que ia processar o primeiro-ministro. A posição oficial da estação face ao caso foi agora divulgada por José Eduardo Moniz". Veja aqui o video com a resposta de Moniz!
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Moura Guedes processa primeiro-ministro
Segundo o DN de Lisboa, "A directora adjunta da TVI decidiu processar o primeiro-ministro depois de Sócrates ter dito na RTP que o Jornal Nacional de sexta-feira é um "telejornal travestido" e uma "caça ao homem". José Sócrates aproveitou a entrevista para tornar claro o seu desprezo pelos telejornais de sexta-feira na TVI. "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", é "um telejornal travestido", feito de "ódio e de perseguição", disse, queixando-se ainda da ausência de críticas entre os jornalistas ao tipo de jornalismo praticado por Manuela Moura Guedes. "Vou processá-lo", foi assim que reagiu a directora adjunta de informação e pivô da TVI, Manuela Moura Guedes, contactada pelo DN, depois de ter ouvido a entrevista que o primeiro-ministro, José Sócrates, deu ontem à noite na RTP1, aos jornalistas Judite de Sousa e José Alberto Carvalho. Preparação da entrevista - "É uma entrevista exigente e de grande responsabilidade tratando--se do primeiro-ministro, mas a preparação é igual à de todas as outras que conduzo semanalmente", explicou Judite de Sousa ao DN. Questionada sobre a necessidade de haver uma preparação especial para esta entrevista em particular, a jornalista sublinha que muita da preparação é diária e não é específica para um entrevistado. "Temos de ler muito e estar permanentemente bem informados, como qualquer jornalista", avança".

Ao pessoal do golfe...

O incrível «hole-in-one» de Vijay Singh

Mesmo tendo ocorrido numa volta de treino, na véspera do arranque do último Masters dos EUA, este «hole-in-one» de Vijay Singh foi sem dúvida um dos grandes momentos do torneio, como se pode constatar pelo delírio do público no campo de Augusta National, na Georgia. Seguindo uma tradição do buraco 16 (um par-3 com 155 metros), que remonta há 20 anos, o veterano das Ilhas Fiji bateu a pancada de saída de forma a que a bola deslizasse no lago que antecede o green. Fê-lo de forma tão apurada (na força e na direcção), que o esférico parou no sítio certo, antes de descrever uma curva descendente até entrar no buraco. De antologia.

Pepe: jogador de futebol ou sanguinário?

Contado ninguém acredita. E nem mesmo vendo se tolera que estas cenas, próprias de um sanguinário, aconteçam num campo de futebol. De facto, segundo o jornalista Manuel Mendes do Publico "a época terminou ontem para o português Pepe no que diz respeito à Liga espanhola, depois de ter cometido uma grande penalidade, agredindo dois adversários e insultado a equipa de arbitragem no jogo frente ao Getafe. Por muito branda que seja a Real Federação Espanhola, o castigo nunca será inferior a seis desafios, precisamente os que faltam para terminar a temporada. As contas são simples. Um jogo de suspensão por ter empurrado por trás um adversário, numa ocasião manifesta de golo, mais uma pena de uma a três partidas por insultar a equipa de arbitragem. A estes castigos junta-se ainda uma suspensão que pode ir de quatro a 12 desafios pelos vários pontapés a Javier Casquero e pelo murro a Juan Albin. A não ser que exista uma espécie de amnistia, a temporada de Pepe em Espanha chegou ao fim, até porque só faltam seis jornadas para a Liga terminar. O comité de disciplina da Real Federação Espanhola irá decidir na sexta-feira o castigo a aplicar ao futebolista internacional pela selecção portuguesa. O central poderá começar a próxima temporada a cumprir castigo, mas o órgão disciplinar deverá ter em conta o pedido de desculpas do jogador na zona mista, após o final do jogo, e o facto de não ter causado qualquer lesão nos adversários. O jogador, de resto, ficou muito afectado pela imagem que fez passar e hoje nem sequer foi treinar, refugiando-se em casa, onde esteve rodeado pela família. Pepe disse à agência EFE que se sente envergonhado e que apenas dormiu alguns minutos esta noite. Garantiu ainda que vai tentar entrar em contacto nas próximas horas com Casquero e Albín (os dois jogadores agredidos) para lhes transmitir o seu arrependimento e pedir-lhes desculpas. Pepe está mesmo a ponderar encontrar-se com eles pessoalmente".
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PSD: Jardim "satisfeito"

Li no site do DN de Lisboa que "Alberto João Jardim manifestou hoje, em Bruxelas, a sua "satisfação" pelo quinto lugar obtido pelo candidato do partido da região da Madeira na lista do PSD às eleições europeias apresentada terça-feira por Ferreira Leite, a quem reiterou o seu apoio. "A líder é a líder, a líder é apoiada pelo partido inequivocamente, a líder vai ganhar as eleições", disse o dirigente social-democrata madeirense que também é presidente do Governo da Região Autónoma. Alberto João Jardim afirmou estar "satisfeito" por o candidato apontado pelo PSD/Madeira ter ficado na quinta posição na lista do PSD às europeias. Nuno Teixeira, indicado pelo PSD/Madeira, é adjunto do vice-presidente do Governo Regional da Madeira. A posição dos candidatos sociais-democratas indicados pela estruturas do PSD dos Açores e Madeira na lista para as eleições europeias foi objecto de controvérsia ao longo da semana - o actual eurodeputado social-democrata indicado pela região, Sérgio Marques recusou o 8º lugar para que estava apontado levando Alberto João Jardim a escolher Nuno Teixeira em seu lugar. Alberto João Jardim participou terça e quarta-feira na sessão plenária do Comité das Regiões da União Europeia".
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O Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade os nomes dos candidatos às eleições europeias. Liderada por Paulo Rangel, a lista tem como número dois o eurodeputado Carlos Coelho.

Economia portuguesa: viva o "sucesso" socialista!

É uma previsão ainda mais negativa que a do Banco de Portugal. O FMI estima que a economia portuguesa fique mergulhada numa recessão durante pelo menos dois anos. Em 2009 a contração será de 4,1% e em 2010 de meio por cento. Uma revisão em forte baixa. Há seis meses o Fundo Monetário Internacional admitia um crescimento de 0,1% para este ano.
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Fisco não perdoa multas
O Ministério das Finanças não vai perdoar a multa aos cerca de 120 mil contribuintes que, no ano passado, não entregaram a declaração de rendimentos referente a 2007.
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Quebra nas receitas fiscais do primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano entraram menos 955 milhões de euros nos cofres do Estado. Uma quebra de 12 por cento na cobrança de impostos. O ministro das Finanças diz que apesar da quebra da receita fiscal não há motivos para rever o Orçamento do Estado.

Prisa admite despedir até dois mil trabalhadores!

Até ao final do ano, a Prisa (leia aqui) quer despedir ate dois mil trabalhadores em todo o Mundo. O maior grupo de comunicação social espanhol, que detém a TVI através da Media Capital, anunciou aos trabalhadores que vai adoptar medidas para diminuir custos.

Despedimentos vão chegar à banca?

Segundo a jornalista Cristina Ferreira do Publico, "a Associação Portuguesa de Bancos (ABP) abordou, no início do ano e por iniciativa dos sindicatos, a possibilidade de o sector se comprometer a não avançar, em 2009, com redução de efectivos. Em contrapartida, os trabalhadores aceitavam uma solução de contenção salarial. Mas os representantes da banca não aceitaram a ideia, alegando que não podem abdicar de ter uma política de recursos humanos. Segundo responsáveis sindicais, a banca prevê avançar com a dispensa de cerca de 2000 trabalhadores, a maioria dos quais com contratos a termo que terminam. A sugestão de suspender as dispensas partiu de Delmiro Carreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), e foi referida no quadro da reunião anual do grupo que negoceia a política salarial para 2009, mas acabou por não ser discutida por falta de apoio do patronato. Na sequência, já numa reunião da direcção da APB, a administração do Santander viria a sugerir que a questão fosse debatida, mas o tema não chegou sequer a ser agendado nem configurou uma proposta concreta. “Quando a crise rebentou, pareceu-me que uma solução razoável seria os bancos não reduzirem os postos de trabalho, designadamente não cessando os contrato a termo, e os trabalhadores aceitariam uma reivindicação mais moderada dos salários”, explicou ao PÚBLICO Delmiro Carreira, que adiantou que esta solução “foi explicada antecipadamente” ao primeiro-ministro, José Sócrates. O dirigente sindical esclareceu que quem acabou por levar a “hipótese” até à APB, no quadro das negociações do contrato colectivo de trabalho, foi Paulo Alexandre, delegado e dirigente do SBSI. Em declarações ao PÚBLICO, Paulo Alexandre explicou: "Perante a nossa proposta, os representantes dos bancos no grupo negociador disseram logo que não a aceitavam, pois queriam manter inalterada a sua politica de recursos humanos" e não consideravam oportuna a solução".
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Bancos cobram "spreads" superiores a três por cento
As taxas de juro desceram para valores históricos, mas está a tornar-se mais difícil pedir um empréstimo para comprar casa. A taxa final pode chegar aos 5 por cento para os clientes de maior risco.