quarta-feira, abril 22, 2009

De quem será a culpa? (II)

Ficamos hoje a saber, pelo DN de Lisboa, num texto da jornalista Marina Marques, que "o investimento publicitário desceu 11,6% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008, segundo dados da Mediamonitor. Ou seja, no total, os anunciantes gastaram menos cerca de 131 milhões de euros em publicidade. Mas nem todos os meios foram afectados da mesma forma. A imprensa foi o que mais sofreu com esta redução de gastos em publicidade, registando uma quebra de 20,2%. No total, perdeu 38,5 milhões de euros face aos valores atingidos no primeiro trimestre do ano passado. Os gastos publicitários em outdoors foram os que menos oscilaram, apresentando uma descida de apenas 3,5%, para um total de 2,4 milhões de euros investidos através deste meio entre Janeiro e Março deste ano. Sem estar imune à crise, mas a registar um comportamento mais favorável do que os outros meios, a televisão teve uma quebra de 10,2%. No entanto, o desempenho dos três canais generalistas, responsáveis por 89,9% do investimento publicitário em televisão, variou significativamente. A TVI, responsável por 61,2% do total dos 666,2 milhões de euros investidos em publicidade nas televisões generalistas, apresentou uma diminuição de apenas 0,8%, atingindo os 407,6 milhões de euros de receitas publicitárias. Bem diferente é o caso da RTP1 e da SIC a registarem quebras da ordem dos 25%. Estes valores não surpreendem João Palmeiro, presidente da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social. E adianta mesmo que em relação a alguns segmentos da imprensa, nomeadamente as revistas, as quebras são maiores do que as da imprensa em geral. Os valores atingidos durante os três primeiros meses do ano reflectem uma recuperação, "embora ainda muito tímida", face aos registados em Janeiro e Fevereiro. No entanto, João Palmeiro recorda que estes dados demonstram a necessidade de uma resposta urgente por parte do Governo face às propostas apresentadas pela confederação que contemplam incentivos fiscais para as empresas anunciantes e um aumento do investimento publicitário por parte do Estado".

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