quarta-feira, abril 22, 2009

Despedimentos vão chegar à banca?

Segundo a jornalista Cristina Ferreira do Publico, "a Associação Portuguesa de Bancos (ABP) abordou, no início do ano e por iniciativa dos sindicatos, a possibilidade de o sector se comprometer a não avançar, em 2009, com redução de efectivos. Em contrapartida, os trabalhadores aceitavam uma solução de contenção salarial. Mas os representantes da banca não aceitaram a ideia, alegando que não podem abdicar de ter uma política de recursos humanos. Segundo responsáveis sindicais, a banca prevê avançar com a dispensa de cerca de 2000 trabalhadores, a maioria dos quais com contratos a termo que terminam. A sugestão de suspender as dispensas partiu de Delmiro Carreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), e foi referida no quadro da reunião anual do grupo que negoceia a política salarial para 2009, mas acabou por não ser discutida por falta de apoio do patronato. Na sequência, já numa reunião da direcção da APB, a administração do Santander viria a sugerir que a questão fosse debatida, mas o tema não chegou sequer a ser agendado nem configurou uma proposta concreta. “Quando a crise rebentou, pareceu-me que uma solução razoável seria os bancos não reduzirem os postos de trabalho, designadamente não cessando os contrato a termo, e os trabalhadores aceitariam uma reivindicação mais moderada dos salários”, explicou ao PÚBLICO Delmiro Carreira, que adiantou que esta solução “foi explicada antecipadamente” ao primeiro-ministro, José Sócrates. O dirigente sindical esclareceu que quem acabou por levar a “hipótese” até à APB, no quadro das negociações do contrato colectivo de trabalho, foi Paulo Alexandre, delegado e dirigente do SBSI. Em declarações ao PÚBLICO, Paulo Alexandre explicou: "Perante a nossa proposta, os representantes dos bancos no grupo negociador disseram logo que não a aceitavam, pois queriam manter inalterada a sua politica de recursos humanos" e não consideravam oportuna a solução".
***
Bancos cobram "spreads" superiores a três por cento
As taxas de juro desceram para valores históricos, mas está a tornar-se mais difícil pedir um empréstimo para comprar casa. A taxa final pode chegar aos 5 por cento para os clientes de maior risco.

Sem comentários: