quarta-feira, julho 01, 2009

Cinema: recordando Farrah Fawcett

Ela foi uma das mulheres mais bonitas do cinema. Morreu doente, depois de um enorme sofrimento causado por um cancro. Um filme sobre os seus últimos dias de vida, emitido há dias pela RTP, impressionou, pela emotividade, pela dor de uma actriz que foi sempre diferente, até na forma como morreu. O jornalista do Público, Jorge Mourinha, escreveu recentemente um texto intitulado "Farrah Fawcett - O anjo de Charlie de que todos se lembram", que recomendo aos mais interessados neste tema: "Para muita gente, sobretudo fora dos EUA, o nome de Farrah Fawcett continua ligado ao triunfo fugaz da série televisiva "Os Anjos de Charlie", já lá vão 30 anos. A sua morte, de cancro do cólon, aos 62 anos, na quinta-feira, foi rapidamente deixada para trás pelo desaparecimento de Michael Jackson, que morreu seis horas mais tarde.Há uma ironia triste e estranha na morte no mesmo dia de duas figuras que, cada uma à sua maneira, foram ícones da cultura popular americana, mesmo que por motivos muito diferentes. Enquanto Jackson, estrela planetária, viria a personificar a tradição freak do recluso e excêntrico, Farrah Fawcett começou por ser a pin-up escultural, all-american girl, procurando depois fazer esquecer esse estatuto através do seu investimento no ofício de representar. Fawcett tinha, contudo, tudo contra si – no show-business dos anos 1970, uma mulher bonita era dificilmente levada a sério como actriz, sobretudo uma com um passado de modelo e casada com uma estrela da televisão. A sua carreira no cinema acabou antes de começar e seria a televisão a oferecer-lhe uma segunda oportunidade, com Fawcett a tornar-se, nas palavras do crítico da revista "Time" Richard Corliss, “a monarca dos telefilmes biográficos da década de 80”, antes de o cancro do cólon que lhe foi diagnosticado em 2003 a tornar numa activista incansável, porta-voz da Cancer Society of America. Natural do Texas, Farrah Fawcett formou-se em Arte e, apesar de inicialmente relutante, acabaria por se deixar seduzir pelas possibilidades que a sua beleza lhe abriu. Estreou-se no cinema em 1969, paradoxalmente num filme que o francês Claude Lelouch foi rodar aos EUA, "Um Homem de Quem Eu Gosto", antes de passar os anos que se seguiram a fazer publicidade (a pastas de dentes ou produtos para o cabelo), sessões fotográficas e figurações em séries televisivas como "A Família Partridge", "Dr. Marcus Welby" ou "McCloud". Em 1973, casou com Lee Majors, à beira de se tornar uma estrela na série "The Six Million Dollar Man". Leia o texto na totalidade aqui.
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Entretanto fique a saber que o filme, «Farrah`s story», exibido pela cadeia televisiva NBC, foi visto por 8,9 milhões de espectadores. O documentário «Farrah`s story» que conta a história da luta da actriz Farrah Fawcett contra um cancro do cólon e do recto, bateu recorde de audiências nos Estados Unidos. A cadeia televisiva NBC informou que o trabalho, com cerca de 120 minutos, foi visto no dia da sua exibição por cerca de 8,9 milhões de espectadores. O documentário inclui imagens da actriz no hospital, testemunhos do marido Ryan O`Neal e um encontro emocionado com o filho Red que está preso por posse de droga.O filme partiu de uma decisão de Fawcett em partilhar com o público o dia-à-dia na luta contra a doença.

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