quarta-feira, julho 01, 2009

Escoceses querem referendo em 2010 para decidir independência

Li no Publico que "uma maioria dos escoceses pretende que se realize em 2010 um referendo sobre a possibilidade de o país recuperar a sua independência. Mas numa consulta desse tipo, a maioria votaria contra essa hipótese de se abandonar o Reino Unido, segundo uma sondagem encomendada pela BBC Scotland. O estudo revelou que 58 por cento dos escoceses são favoráveis ao referendo que o governo autónomo pretende realizar no próximo ano e contra o qual está o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ele próprio natural da Escócia. No entanto, quando 1.010 pessoas foram inquiridas sobre como votariam em caso de haver um referendo, só 38 por cento responderam que a Escócia deveria voltar a ser um país independente, como já o foi de 843 a 1707. E 54 por cento disseram ser contra a possibilidade de se voltar à situação anterior ao Tratado de União, do século XVIII. O mesmo tema obteve diferentes respostas conforme a maneira como a pergunta foi formulada, tendo 42 por cento da população afirmado concordar que o governo autónomo de Edimburgo negoceie com as autoridades de Londres de modo a que a Escócia se torne independente. Cinquenta por cento discordaram de semelhante possibilidade. A outra pergunta do mesmo inquérito, apenas 10 por cento dos inquiridos responderam ser muito provável que a Escócia se torne completamente independente do Reino Unido durante os próximos 20 anos, enquanto 24 por cento entenderam ser isso muito improvável. O líder trabalhista da Escócia, Ian Gray, declarou à BBC Scotland continuar a opor-se aos planos do Partido Nacional Escocês (SNP) para a realização de um referendo no próximo ano. E o primeiro-ministro independentista Alex Salmond entendeu que a sondagem mostra que a tendência é para que um parlamento regional escocês disponha de cada vez mais poder, face a Westminster. Os escoceses dispõem de um parlamento e de um governo regionais desde as chamadas medidas de "devolução" aprovadas em 1999. E segundo o politólogo John Curtice, da Universidade de Strathclyde, a tendência parece ser para que se aumentem os poderes das instituições autonómicas, mas mantendo a Escócia dentro do Reino Unido, a par da Inglaterra, do País de Gales e da Irlanda do Norte".

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