domingo, julho 26, 2009

Estudo: apenas 28% dos portugueses continuam a confiar plenamente nos bancos

Escreve a jornalista Marta F. Reis do Jornal I que a “saúde financeira, preço dos produtos e acesso facilitado são os critérios que hoje mais pesam na escolha de um banco, diz um estudo europeu. A crise afectou o sector ao ponto de, em Portugal, apenas 28% dos inquiridos admitirem uma confiança plena nas instituições. O trabalho, assinado pela organização europeia Eurogroup Consulting Alliance, revela que quase metade dos europeus concentrou ou diversificou os seus activos. Portugal e Alemanha mantêm ainda assim os níveis de confiança mais elevados. Somadas as pessoas que confiam plenamente nos bancos e as que estão "mais ou menos confiantes", 86% dos inquiridos nos dois países dá luz verde ao sector. A análise teve por base uma sondagem realizada em Junho com uma amostra de três mil pessoas da Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália e Portugal. França é o país onde o sector foi mais abalado, com apenas 57% dos inquiridos a demonstrar algum tipo de confiança nas instituições. Em França, Itália, Portugal e Espanha, quase 45% dos clientes têm mudado o seu comportamento para com os bancos, quer através da concentração de activos, quer através da diversificação dos mesmos. Uma menor proporção na Bélgica (34%) e Alemanha (28%). Não só os bancos têm uma imagem negativa, mas para mais de um terço dos consumidores - mais de 50% dos belgas e espanhóis – essa imagem tem vindo a deteriorar-se bastante nos últimos 12 meses. As respostas dos consumidores apontam para a ideia de que os bancos estão a falhar, em termos de comunicação, durante este período de crise. Entre 60 e 80% deles consideram que nada mudou no que diz respeito a capacidade de escutar dos assessores financeiros. Enfrentando uma certa falta de acções do lado dos bancos, os clientes, informados pelos meios de comunicação, estão confusos e, portanto, não hesitam em procurar aconselhamento externo - 35% dos espanhóis, 26% dos italianos, 28% dos franceses. Por outro lado, dão mais atenção à qualidade dos produtos financeiros - 46% dos franceses, 40% dos italianos e portugueses".
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