"A História de Portugal felizmente que está pejada de Heróis Militares. Aliás, foram a Igreja, as Forças Armadas e a Universidade, os três grandes pilares da construção nacional portuguesa, desde a consolidação do território, à Cultura e à Solidariedade Social. Por isso, somos o mais antigo Estado-Nação da Europa, com quase dez séculos de existência. São realidades que as sucessivas hecatombes no sistema educativo português, nos últimos quatro decénios, vêm procurando apagar da Memória e da Cultura dos Portugueses. E vêm procurando apagar, não só por desonestidade intelectual dos pseudo-responsáveis que temos aturado na área educativa, mas também por causa das respectivas ideologias político-partidárias, como da própria covardia e ignorância de parte dessa gente. Hoje, quando se fala de Heróis Militares, dá a impressão que nunca os tivemos em dez séculos de História, e só o foram os Militares envolvidos no 25 de Abril. Quer os que então arriscaram vidas e carreiras para que Portugal fosse uma Democracia – estes, sim, também Heróis Militares – quer, no mesmo saco, um bando de oportunistas que, ou só alinharam quando viram para que lado a balança pendeu, ou, pior, quiseram instrumentalizar os Ideais do 25 de Abril, para impôr uma nova ditadura sobre os Portugueses.
Hoje, é um escândalo se assistir a uma orientação, em Portugal, que parece ter vergonha da sua História e de todos os seus Heróis Militares. Hoje, é um escândalo se ver a debilidade psíquica de certa “classe política” e de certo pseudo-“intelelectuais”, quando se trata de honrar publicamente, com toda a Justiça e para exemplo, a Memória dos Heróis Militares que, felizmente, este Portugal sempre teve". (Crónica de Alberto João Jardim esta semana na TVI24)
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