sábado, julho 18, 2009

Jornalismo: trabalhadores do Público aceitaram redução salarial...

Li no DN de Lisbosa que "os trabalhadores do jornal Público aceitaram reduzir os seus salários, tendo o acordo sido subscrito pelos 165 funcionários que a administração exigiu sob pena de recorrer a outros métodos, disse hoje à Lusa fonte daquele título. O acordo foi assinado por 90 por cento dos trabalhadores, afirmou a mesma fonte, explicando que este número permite à administração avançar para reduções salariais escalonadas entre os três e os 18 por cento nas retribuições brutas superiores a 1200 euros. A administração do jornal anunciou quarta-feira à redacção, através de e-mail, que a proposta de reduções salariais que tem sido rejeitada pelos jornalistas teria de ser aceite por 90 por cento dos trabalhadores até sexta-feira ao meio-dia sob pena de se recorrer a outros métodos que, segundo fontes do título, seriam o despedimento colectivo. Um número que o administrador Pedro Nunes Pedro disse quinta-feira acreditar que seria atingido hoje, rejeitando estar a ser feita qualquer pressão. As vendas do Público desceram 6,7 por cento nos primeiros quatro meses do ano, faço ao mesmo período do ano passado, tendência seguida por todos os diários generalistas. A Lusa tentou contactar a administração do Público, mas até ao momento, não foi possível. No entanto, a administração adiantou em comunicado que esta medida tem "carácter temporário" e constitui "uma resposta colectiva do jornal à quebra de receitas provocada pela crise do sector da imprensa e pela crise económica global". Salientando o "sentido de responsabilidade demonstrado pela quase totalidade dos trabalhadores ao aceitarem uma medida que implicará sacrifícios financeiros individuais", a administração lembra que a alternativa "poderia ter que passar pela redução de postos de trabalho". Também a comissão de trabalhadores sublinhou o "esforço" suplementar dos trabalhadores que este acordo implica, afirmando em comunicado, esperar ver respeitadas pela administração as conduções definidas pelos trabalhadores para "acautelar os seus direitos". A comissão de trabalhadores "acredita que, perante o esforço, a administração não irá recuar em relação aos compromissos já assumidos", refere, apelando "à participação dos trabalhadores no acompanhamento da evolução desta situação" e a uma maior exigência "em relação à prestação da administração e da direcção editorial". Serão os gratuitos de Lisboa a criar problemas ao Público, um dos jornais mais importantes do país?...

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