O Conselho Regional do PSD da Madeira insistiu hoje na opção pela valorização da discussão em torno da revisão constitucional e criticiou a visita de Sócrates à Madeira, em Maio passado:
"Na Madeira, o Partido Social Democrata considera útil um acento regional prioritário, nas eleições para a Assembleia da República, em 27 de Setembro. Assim, decidiu propôr à Assembleia Legislativa da Região Autónoma que prepare uma Resolução, fundamentando e concretizando um projecto de revisão constitucional em matérias que se prendem com o futuro do Povo Madeirense, sugestão que o Parlamento da Madeira legal e democraticamente assumiu. Tal visa um maior âmbito de Autonomia Política para o arquipélago e o reconhecimento de Direitos que o Povo Madeirense indubitavelmente tem. Assenta na capacidade criativa do Povo Madeirense na resolução dos mais variados problemas, demonstrada incontestavelmente nestes últimos trinta anos. Tem como objectivo, num mundo cada vez mais globalizado e face a um Estado português cada vez em maiores dificuldades, encontrar novas soluções, até agora colonialmente impedidas, mormente sociais, no Emprego e no investimento. A decisão que a Assembleia Legislativa da Madeira, inequívoca representante democrática da vontade do Povo Madeirense, vier a tomar, permitirá que os candidatos a Deputados à Assembleia da República se comprometam, ou não, a apresentá-la na Assembleia da República. Ver-se-à, desta forma, quais os Partidos que defendem «Mais Autonomia» e os que se opõem a tal necessidade. Sobretudo, permitirá ao eleitorado da Região Autónoma, através do voto, directa e referendariamente decidir se quer, ou não, «Mais Autonomia», com as inerentes repercussões legítimas e democráticas, quer no plano interno nacional, quer no plano internacional.
- A recente visita do ainda Primeiro-Ministro, à Região Autónoma, decorreu sem relevância, conforme o perspectivado pelo PSD/Madeira, limitando-se à entrega dos «computadores Magalhães», envolvidos em acesa polémica nacional, e a um almoço onde foram feitas mais «promessas» não concretizadas. Esta visita não ter resolvido qualquer problema de fundo, registou novo péssimo resultado eleitoral dos socialistas locais, ainda pior do que o de 2007, atirando esse partido, na Madeira, para o nível dos pequenos partidos em que a Oposição está estilhaçada. E está assim, ainda por cima devido à própria estratégia socialista, na televisão e rádio oficiais locais, de seguir o critério indecoroso de dar a cada uma das pequeníssimas minorias, um relevo superior ao da própria Maioria, conforme denuncia a partidariamente insuspeita Entidade Reguladora. A tudo isto acresce que, no Governo de Lisboa e na Assembleia da República, estiveram socialistas, naturais da Madeira, que traíram o Povo que os elegeu, instigando e cumpliciando a baixeza das medidas socialistas contra o Povo Madeirense".
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