segunda-feira, julho 13, 2009

SIC: "Procuro a minha mãe"

No passado fim-de-semana a SIC emitiu, no programa "Perdidos e Achados" mais uma história envolvendo a Madeira: "Aos nove anos, Cláudia Maceira descobriu que era adoptada. Foram os amigos da escola primária que levantaram as dúvidas que a mãe adoptiva nunca quis esclarecer. Quando atingiu a maioridade, Cláudia começou à procura das suas raízes. Há dois meses viu a reportagem do Perdidos e Achados sobre a história de Adriana, uma bebé madeirense desaparecida há 30 anos, e acreditou que poderia ser a chave do mistério.Ainda criança, Cláudia começou a fazer perguntas. Queria saber quem era a mãe biológica, se tinha irmãos, se tinha família. Maria de Lurdes, a mãe adoptiva, disse-lhe apenas que tinha três semanas quando lhe foi entregue pela madrinha, uma enfermeira, com quem nunca mais teve contacto. Foi com estas dúvidas que Cláudia cresceu. Fez-se mulher, casou e teve três filhos. Vive no Algarve, em Albufeira, e é cozinheira no Zoomarine. Mas as mazelas da infância ficaram sempre. Há dois meses, o "Perdidos e Achados" recuperou o caso de Adriana, uma bebé desaparecida. Tinha sido transferida do Funchal para o Hospital de Santa Marta, em Lisboa, e teria morrido no bloco operatório. Os pais, que não tinham sido autorizados a acompanhar a filha, descobriram, 20 anos depois, que não existia nenhuma certidão de óbito e que a bebé nem sequer tinha sido enterrada. Cláudia viu o programa e decidiu pedir ajuda…desta vez à SIC. Acreditou que podia ser ela a bebé desaparecida. A mãe adoptiva continuava a remeter-se ao silêncio e só havia uma hipótese para se dissipar as dúvidas: recorrer ao teste de ADN, um exame de investigação biológica que permite certezas quanto à paternidade. Cláudia dirigiu-se ao Instituto de Medicina Legal de Faro; Maria Gorete, mãe da bebé desaparecida, fez a análise no Funchal. O Perdidos e Achados desta semana mostra se Cláudia era mesmo a resposta para o misterioso desaparecimento de Adriana. A ficha técnica deste programa é a seguinte:
Jornalista: Ana Paula Félix
Imagem: Vítor Caldas
Edição: João Nunes
Produção: Eduarda Batalheiro; Diana Matias
Coordenação: Sofia Pinto Coelho
Direcção: Alcides Vieira
". A reportagem emitida sábado passado - "desde os 9 anos que Cláudia Maceira tenta saber quem é a mãe biológica" - pode ser vista aqui.
A questão é que esta reportagem surgiu na sequência de uma outra, intitulada "Sem Rasto", emitida também na SIC e na mesma rubrica, em Maio passado - "
Maria Gorete nunca chegou a saber o que aconteceu à filha, Adriana" - e que pode ser vista
aqui. A história desta segunda reportagem da SIC é a seguinte: "Adriana Silva tinha dois meses quando foi transferida do Funchal para Lisboa por causa de um problema cardíaco. Viajou só com uma enfermeira, mas o hospital nunca enviou informações à família. Durante 20 anos, os pais pensaram que a filha tinha morrido até que descobriram que não havia certidão de óbito. Pediram ajuda ao programa "Casos de Polícia" que há dez anos investigou o caso.Adriana nasceu no Funchal a 15 de Janeiro de 1977. Dois meses depois foi então transferida para o Hospital de Santa Marta, em Lisboa, para uma operação ao coração. Acompanhar a criança era impossível para um casal que na altura vivia com 20 euros por mês. Quase seis meses depois, uma carta informa que Adriana não tinha sobrevivido à operação. Mas o corpo nunca chegou à Madeira e não houve mais notícias do hospital. A família conformou-se com a morte de Adriana e foi esta a verdade que a mãe aceitou até 1998. Na altura, Maria Gorete teve de ir à Conservatória do Registo Civil de Câmara de Lobos buscar um documento para um filho. Foi então informada que não havia nenhum óbito registado em nome de Adriana. Há dez anos, a SIC procurou descobrir o que afinal tinha acontecido à criança: troca de identidade? Rapto? Morte? Interesse científico? Foi nesta incerteza que terminou a reportagem de 1999. O Perdidos e Achados desta semana retoma as pontas deste mistério".

Sem comentários: