segunda-feira, agosto 31, 2009

"Bloodgate": conhece as tramóias engendradas com cápsulas de corante vermelho?

Bloodgate. O caso foi recente. Sabe do que se trata? O Jornal I publicou um texto que ajuda a perceber a tramóia: "Tom Williams terá um futuro brilhante no West End londrino. As portas dos teatros abrir-se-ão de par em par para o receber. Nunca se tinha visto um jogador de râguebi com tanta queda para o drama. Se e Ste for o seu futuro, nada mau. Terá bastante com que se entreter durante os próximos quatro meses de suspensão e, o dinheiro amealhado a fazer de actor ou contra-regra, servirá para pagar a multa de 250 mil euros.O escândalo aconteceu em Abril mas só agora o jogador viu a pena de um ano reduzida para quatro meses, após longo testemunho em tribunal. O jogador dos Harlequins, equipa na luta pela Heineken Cup, o equivalente à Liga dos Campeões no futebol, engoliu, propositadamente, durante o jogo uma cápsula de sangue falso, comprada numa loja de produtos carnavalescos. O aparato foi grande, com Williams a sair de campo, amparado por um médico da equipa e a cuspir corante vermelho por todos os lados. No râguebi só é permitido substituir um jogador - quando as substituições já estão esgotadas - se um dos desportistas em campo sofrer uma lesão de sangue do pescoço para cima. Dean Richards, o treinador e o possível mentor da tramóia, conseguiu o objectivo e trocou Williams por Nick Evans, quando, segundo as regras, já não era permitido. Mas a trapalhada não evitou a desgraça. Os Harlequins perderam para o Leinster e foram banidos da Champions do râguebi. O crime não compensa.Quando a European Challenge Cup (ERC) descobriu o engodo, enfureceu-se, disparou castigos em todas as direcções e encaminhou toda a gente para tribunal. O treinador foi posto fora e impossibilitado de voltar a treinar nos próximos três anos. Williams só volta a jogar em 2010 e um dos médicos foi suspenso por dois. "O que aconteceu foi uma ofensa muito grave, causadora de danos na reputação do torneio", disse a ERC. Cortar o lábio Durante a audiência no tribunal, Tom Williams revelou que estava a ser vítima de pressão do clube e que foi obrigado a mentir e a esconder a verdade para proteger os interesses financeiros do clube. "Quando ficámos sozinhos no balneário, percebi que havia um risco muito grande de alguém decidir examinar a minha boca. Se o fizessem, ficaria claro que eu não tinha qualquer lesão. Percebi que a única solução seria cortar o lábio e pedi à Wendy [elemento médico da equipa] para o fazer. Ela não ficou contente, mas a atmosfera estava muito tensa. De início ela foi muito gentil e, por isso, tivemos de tentar novo corte. Quando conseguiu, não foram precisos pontos, foi um corte simples. Ela pôs gaze e disse-me para pressionar o lábio", contou o jogador. A sentença está fechada, mas deve haver recurso. Moral da história: apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo".
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