segunda-feira, agosto 31, 2009

João Jardim: " Não pactuar com quem nos falta ao respeito"

É este o título do artigo de opinião de Alberto João Jardim, publicado na edição de Setembro do mensário do PSD regional, "Madeira Livre" que ainda esta semana será distribuído gratuitamente:
"O que o Governo socialista da República Portuguesa fez à Madeira é inqualificável. Viola o que de mais elementar há nas regras de um Estado democrático.
Nas eleições de há quatro anos, prometeu respeitar a lei de finanças regionais então em vigor.
Prometeu respeitar a legislação existente, bem como os compromissos de Estado com a Região Autónoma.
Prometeu um clima de diálogo democrático.
Confiantes, submetidos a uma propaganda maciça de uma comunicação “social” em Portugal quase toda facciosa, alinhada à pseudo-“esquerda”, sob o impacto do “golpe de Estado constitucional” do socialista Jorge Sampaio, muitos Madeirenses e Portossantenses elegeram deputados socialistas para a Assembleia da República.
Chegados ao poder, os socialistas logo mostraram a sua verdadeira face histórica, um partido sem Doutrina, uma organização de conquista e de manutenção do poder.Não podemos esquecer que o “partido” socialista foi montado à pressa pelas potências ocidentais, durante a “guerra fria” e semanas antes do 25 de Abril de 2004. Não era um partido de “bases”, mas uma organização rapidamente urdida para certos efeitos.
Repetiu-se, em Portugal, a estratégia do mundo capitalista no pós-Segunda Guerra Mundial.
A instrumentalização de um partido com o rótulo de “socialista” para travar o partido comunista e, ao mesmo tempo, no caso de Portugal, evitar que o patriotismo democrático, inerente a um grande partido de Centro como o Partido Social Democrata, atrapalhasse os propósitos internacionalistas, mundialistas, dos “interesses” que, às vezes até através de “sociedades secretas”, no planeta comandam a Internacional Socialista, entre os quais os objectivos laicistas anti-religiões – vejam o conflito com o Islão. A seguir ao 25 de Abril, os socialistas fizeram bem o jogo que ditara a sua criação. Puseram-se à moda da época para arranjar militantes, foram mais radicais do que os próprios comunistas nas ocupações, saneamentos, perseguições e violações dos Direitos Fundamentais.
Quando verificaram que o Povo já repudiava generalizadamente os comportamentos vergonhosos dos comunistas, mudaram o rumo e atingiram o poder, passando a cavalgar a onda democrática.
Daí para cá, é o partido socialista que se viu e vê.
O poder pelo poder. A destruição dos Valores nacionais, necessária à materialização dos objectivos da Internacional Socialista. A aliança permanente com o grande Capital, de acordo com a estratégia global de concentração capitalista, à custa da Classe Média e das pequenas e Médias Empresas. A inflação legislativa e o regulamentarismo, como num “big brother”, a querer controlar a vida pessoal dos Cidadãos o mais possível. A massificação que desarma um Povo pensante, através da mediocratização do Sistema de Ensino e do controlo da comunicação “social”. O caciquismo e totalitarismo na Administração Pública. Um Portugal “nas lonas”, debilitado e sem defesas sempre quando eles saem do Governo.
Mas, apesar de há quatro anos ter havido pessoas que, no arquipélago, mesmo assim votaram nos socialistas, José Sócrates não olhou a meios. Dadas as fraquezas cíclicas do PSD nacional – provocadas do exterior do Partido, mas “enfiadas” por militantes incautos – a Madeira foi sempre o grande obstáculo dos socialistas, incluso denunciando-os na medida e meios possíveis, no que presta um grande Serviço Nacional.
Sócrates precisava de nos abater, até para mostrar “força” aos seus “camaradas”.
Como esta gente não presta, violou os compromissos com a lei das finanças regionais, julgando que assim nos esmagava, violou os compromissos do Estado com a Madeira, não pagou o que era devido aos cofres regionais e aos Municípios da Madeira, tentou calar a Comunicação Social madeirense que não lhe é afecta, mobilizou os Serviços da República no arquipélago que estão sob sua tutela, etc.
Só que resistimos.
Só que não parámos.
Nós, Madeirenses e Portossantenses, temos orgulho nesta Resistência que, uma vez mais na História, soubemos opor a tiranias de Lisboa.
Mas é muito grave que tivesse continuado a integrar um Governo que faz isto à sua terra, cumpliciando-o quem devia ter espinha dorsal.
É muito grave que deputados à Assembleia da República, eleitos com votos do Povo Madeirense, tivessem votado ao lado dos algozes, contra a população que os elegera, sem ao menos terem em conta os efeitos que tamanha vergonha lançava de mais dificuldades sobre as classes mais desfavorecidas da Região Autónoma!
É muito grave que um partido dito “socialista”, na Madeira fingindo-se “de esquerda”, tivesse sido sempre o instrumento dos saudosos das injustiças da “Madeira Velha”!
É muito grave que o denominado “Tribunal Constitucional” não tivesse posto termo a estes arbítrios anti-democráticos dos socialistas, e antes também ajudasse a esfarrapar os Direitos constitucionais e legais conquistados pelo Povo Madeirense!
É muito grave que os socialistas, face à condenação que levaram do Povo Madeirense, nas eleições regionais de 2007, logo tivessem declarado que “o voto dos Madeirense não contava” e, apesar da votação dos restantes Partidos da Assembleia da República, impedissem que a nova proposta de lei das finanças regionais, apresentada pela Madeira, corrigisse as injustiças desencadeadas!
A isto responde agora o Partido Social Democrata, com uma proposta de revisão constitucional que o eleitorado da Madeira e do Porto Santo subscreverá ao votar nos Candidatos que se comprometeram a apresentá-la na Assembleia da República.
Claro que a pseudo-“esquerda”, que é colonialista porque o Partido Social Democrata é autonomista, não quer “MAIS AUTONOMIA” porque pensa nos seus interesses partidários por cima dos Interesses legítimos do Povo Madeirense.
Comunistas (PCP e “bloco”) e socialistas, aliados aos fascistas da “Madeira Velha”, passam atestado de falta de inteligência aos Madeirenses e Portossantenses – o erro deles, de sempre!... – pensando que todos nós não entendemos que “MAIS AUTONOMIA” é a chave para, no futuro, resolvermos uma série de problemas que, agora, estamos impedidos de fazê-lo.
Como se os Madeirenses e Portossantenses não vissem que as leis dependem do que, primeiro, estabelece a Constituição da República!
Como se os Madeirenses e Portossantenses não entendessem que, sem “MAIS AUTONOMIA”, não é possível resolver problemas graves com que, hipocritamente, comunistas e socialistas FINGEM se preocupar!
Temos de nos ver livres de Sócrates, no próximo dia 27 de Setembro.
Os colonialistas e a “Madeira Velha” tudo farão para manter Sócrates a nos afogar.
Temos de não dispersar votos em Partido pequenos sem hipóteses de eleger Deputados para a Assembleia da República, até porque um bom número de sociais-democratas eleitos, inclusivamente pode decidir o encontrar de uma solução negociável para a governabilidade da República.
Temos de dizer claramente, e também ante a Opinião Pública internacional – como o fizemos já em 2007 – que o Povo Madeirense quer “MAIS AUTONOMIA”.

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