terça-feira, setembro 29, 2009

Sócrates quer levar César para o novo governo?

Será verdade que José Sócrates terá tentado convencer - hipótese que ainda se mantém de pé - o Presidente do Governo Regional dos Açores, que em Outubro de 2008 foi eleito para o seu último mandato, a aceitar um lugar no governo socialista a ser constituído na sequência das eleições de 27 de Setembro? De acordo com as minhas informações, Carlos César pretenderá preparar antecipadamente a sua saída (que acontecerá em Outubro de 2012), a tempo de permitir que o PS-Açores, em fase de significativa queda eleitoral e abraços com níveis de abstenção elevados. O facto de César, ultimamente, ter surgido a falar com frequência de temas de política nacional e defendido Sócrates, terá reforçado a convicção, em vários sectores do PS, de que o primeiro-ministro poderá ter pensado um lugar de destaque na estrutura do futuro governo. A possibilidades de Santos Silva mudar de pasta abriria portas a Carlos César para a pasta de Ministro dos Assuntos Parlamentares, já que não está ainda garantida a reeleição de Jaime Gama para liderança do parlamento, já que se fala nele como potencial sucessor de Luís Amado na pasta dos Negócios Estrangeiros (ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, segunda figura do governo), regressando a um ministério que conhece bem. Finalmente, um dos aspectos que poderão "forçar" César a regressar a Lisboa, prende-se com o receio que os indicadores do PIB regional europeu, reportados a 2007, possam ser desfavoráveis para os Açores, que corriam, segundo algumas fontes, o risco de saírem das regiões objectivo 1, a que se junta uma alteração dos critérios que têm vindo a beneficiar os Açores com a aplicação da nova lei de finanças regionais. Num quadro destes, há quem aponte Fernando Meneses, ex-Presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, como potencial candidato ao cargo de Presidente do Governo Regional dos Açores, por iniciativa do próprio César, até que fosse encontrada uma alternativa partidária definitiva, que seria "promovida" apenas em final de 2011 ou início de 2012, a pensar nas regionais deste ano. Repito, estas informações valem o que valem, até porque o assunto nunca será abordado publicamente e no imediato. Mas confirmo que este cenário tem sido discretamente abordado em círculos socialistas dos Açores e no Rato, antes mesmo das eleições de 27 de Setembro passado. Sei ainda que Sócrates e César, durante um jantar de campanha realizado nos Açores, estiveram "longamente à conversa" na mesa, sem que ninguém tivesse acesso ao assunto...

Antes de Cavaco Silva falar já o governo socialista catalogou...


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Silva Pereira lá sabe o que andou a fazer no Funchal o assessor de José Sócrates. Melhor que ele ninguém pode esclarecer. É que sobre isso continua o mistério: quais os motivos que levaram o primeiro-ministro a enviar ao Funchal, para acompanhar a visita de Cavaco Silva, um seu assessor de segunda linha disfarçado como membro da comitiva de Silva Pereira? Mais: foi ou não este assessor que esteve com um secretário de estado da presidência num almoço com Jardim, Mendonça e Dinis onde o assunto principal foi a discussão sobre o futuro do Palácio de S.Lourenço? Mas que indivíduo é este, o que faz, que peso tem no gabinete de Sócrates, para andar a "rondar" a Madeira por tudo e por nada? Qual a justificação para que viesse ao Funchal quando Cavaco Silva cá esteve? É sobre isto que ninguém responde, porque é sobre isto que ninguém faz perguntas ou questiona? E já agora, o que dirá o douto Tribunal de Contas, sempre histérico a procurar "aldrabices" debaixo dos tapetes, sobre as justificações desta inclusão na comitiva? Até parece que as coisaws se limitam ao mail do Publico. E o resto, quem responde e quem esclarece?

Cronologia da alegada vigilância ao Palácio de Belém

O caso da alegada vigilância ao Palácio de Belém começou a 18 de Agosto com uma notícia do jornal "Público". Este mês, o "Diário de Notícias" publicou um e-mail que apontava o asssessor Fernando Lima como fonte da notícia. Cavaco Silva anunciou que não falava sobre o assunto antes das eleições. Dias depois, afastou o assessor que o acompanha há mais de 20 anos.

Marcelinadas...

O senhor Marcelino que dirige o DN de Lisboa, depois de andar anos obscuramente perdido em jornais desportivos, aparece agora armado em vedeta televisiva, quando na realidade teve um procedimento ético reprovável. O referido jornalista tem direito a ter as opiniões que entender, mas não deve armar-se em moralista de pacotilha quando tem outras questões igualmente sérias para responder. A começar pelos milhões que o seu patrão está a negociar ou já recebeu do governo socialista de Lisboa, conforme denuncia feita por um jornal nacional. Ou não leu nem sabe do que se trata? É sobre isso que a falida RTP deveria promover um debate, é sobre essa idiotice que o sr. Marcelino deveria falar. Não insistir em vender um "caso" que nasceu noutro jornal e que ele "pegou", em segunda-mão, publicando correspondência privada de terceiros, sem observar com rigor qualquer principio ético e de rigor, ignorando deliberadamente em que contesto e em que circunstâncias (partidárias) aqueles documentos lhe chegaram às mãos. Pelos vistos também chegaram às mãos de outros jornais que os recusaram divulgar. É ou não verdade que os recebeu de uma agência de comunicação que trabalha para o PS e o gabinete do José Sócrates que, por seu turno, os recebeu de um indivíduo da redacção do jornal Publico, que conhecia a troca de correspondência interna e porventura nela participou? Ou será que existem negócios pendentes, daqueles que não podem ser tramados pela recusa de qualquer frete que não é dissociado da campanha eleitoral? É sobre isso que o sr. Marcelino deveria ter vergonha.

Fidel Castro, as amantes e os dez filhos

Li no Expresso, num texto de Maria Luiza Rolim, que "Fidel Castro teve muitas amantes e é pai de pelo menos dez filhos. As informações são reveladas por Ann Lousie Bardach - jornalista norte-americana da 'Vanity Fair' -, no seu livro 'Without Fidel' (Sem Fidel'). E caíram como uma bomba sobre aqueles que só olhavam para Fidel Castro como político e revolucionário, esquecendo a fama de mulherengo do eterno líder cubano. Fidel no seu mais íntimo. Ann Lousie Bardach - que o entrevistou em 1993 para a revista 'Vanity Fair' - desvenda alguns dos mistérios da vida privada do líder cubano, até aqui guardados a 'sete chaves'. Nessa ocasião, questionado sobre o número de filhos, Fidel terá respondido ser pai de "quase uma tribo". Os pormenores da vida pessoal de Fidel, relatados no livro pela jornalista, são dados a conhecer na edição de hoje do jornal 'Daily Telegraph' . Anne Lousie confirma que Fidel era um homem extremamente charmoso e que deixava as mulheres enfeitiçadas, em especial nos anos 50, provocando desmaios à sua passagem. Oficialmente, sabe-se que Fidel Castro teve um filho, 'Fidelito', com a sua primeira mulher, Mirta Díaz-Balart, em 1949, e outros cinco entre 1962 e 1964 com Dalia Soto del Valle, uma das suas companheiras menos conhecidas, com a qual se terá casado em segredo em 1980. Mas a investigação de Ann Louise vai mais longe e a jornalista arrisca-se a dizer que a prole de Fidel poderá mesmo ser ainda maior. Ao analisar a juventude de Fidel, a jornalista assegura que o líder cubano, aos 29 anos, ter-se-á envolvido com pelo menos três mulheres, com as quais teve filhos ente 1956 e 1960. Assim, além da relação mais conhecida que manteve em 1956 com Natalia Revuelta - mãe da sua filha Alina Fernández - , o livro de Anne Louise Bardach aponta também para Jorge Ángel, que será fruto do seu relacionamento com María Laborde, uma admiradora. E, ainda, para outro filho, Ciro. Sobre este último, nascido de uma relação fortuita de Fidel em 1960, a jornalista não revela nem o apelido nem o nome da mãe. Diz apenas que é um homem bonito - do tipo estrela de cinema -, moreno, de olhos verdes, que estudou medicina desportiva, reside em Havana e é casado com uma funcionária do Partido Comunista. Panchita Pupo seria outra das filhas, cuja mãe continua também incógnita. Mas nem só da vida amorosa do líder cubano vive o livro 'Without Fidel'. A jornalista revela que a teimosia de Fidel em não se submeter a uma colostomia (colocação de uma bolsa ligada ao intestino grosso) quase o matou. Diz que ele optou por uma cirurgia muito mais arriscada para evitar ter de usar um saco junto ao corpo para defecar. E que quase morreu depois da intervenção devido a uma peritonite. Depois de "chorar várias vezes por dia", Fidel aceitou a colostomia, conta Ann Louise.A jornalista escreve ainda que Alejandro Castro, 43 anos, filho de Raul e sobrinho de Fidel - coronel do Exército com muito poder no Ministério do Interior (Administração Interna) -, é o mais bem colocado para herdar o poder" (na foto Antonio Castro, filho de Fidel)

Tratado de Lisboa ameaçado?

Segundo o El Pais, "un grupo de 17 senadores checos ha introducido hoy un recurso constitucional contra el Tratado de Lisboa, lo que da al presidente euroescéptico Vaclav Klaus tiempo adicional para paralizar la firma que convertiría el tratado en ley. Klaus ya ha declarado que esperará que el Tribunal Constitucional decida sobre cualquier recurso que se introduzca sobre el tratado antes de suscribir el documento, que busca dar un impulso y modernizar el bloque de 27 miembros. El tribunal, que ya ha rechazado un recurso acerca del Tratado de Lisbora -aprobado por el Parlamento checo- podría tomar meses antes de tener una decisión. Los 17 senadores son miembros del ala euroescéptica del Partido Demócratico Cívico, fundado por Klaus". E sobre este tema recomendo, no mesmo jornal espanhol, a leitura deste texto do jornalista Andreu Missé.

Polémica das fotos das filhas de Zapatero com Obama

Li hoje no Jornal I que "de regresso a Espanha após a visita oficial aos Estados Unidos, José Luis Zapatero disse à rádio Cadena SER que as filhas estão bem, apesar da polémica foto em que as duas adolescentes aparecem vestidas com roupas góticas ao lado de Obama ter sido publicada pelos média espanhóis. Zapatero tinha um “acordo tácito” com a imprensa espanhola para que nenhuma foto das suas filhas fosse publicada, e pediu até à Casa Branca para que a foto das suas filhas não fosse incluída no portfólio de fotos oficiais da visita". Um tema que pode ler aqui (La agencia Efe censuró la fotografía de las hijas de Zapatero en la ONU) e aqui (Moncloa lamenta la publicación de la foto: 'Es la ruptura de un pacto tácito) e aqui (La hija de McCain defiende a las hijas de Zapatero tras su polémica foto). Recomendo que leia ainda este texto ("Historia de una foto") no El Mundo.

Desemprego e pobreza

O que mudou e poderá mudar na função pública

Contas públicas na agenda do próximo Governo

Banif: "Aumento do crédito vencido nos Açores é inferior ao nacional"

O Açoriano Oriental "entrevistou o Presidente da Comissão Executiva do Banif, Marques dos Santos, que "desafia" as empresa a procurarem crédito
Como é que está o banco em termos financeiros no mercado.
Houve sinais de algumas dificuldades financeiras?
Hoje,o banco está muito bem. Nós, este ano, já crescemos em crédito cerca de cinco por cento e em depósitos cerca de sete por cento, o que nos dá alguma tranquilidade na nossa actividade creditícia.O pior momento de liquidez, no último trimestre do ano passado, está ultrapassado.Estamos numa situação que nos permite crescer ainda mais, se for possível. Só que, neste momento não há, efectivamente, procura de crédito que permita colocar todos os meios financeiros que nós temos disponíveis.
Há mais espaço para o Banif crescer nos Açores?
Não há dúvida que no ano passado, no último trimestre houve dificuldades de liquidez.O Banif e todos os bancos nacionais procederam a uma grande contenção na concessão de crédito, uma vez que não tinham dinheiro para emprestar. E foram muito selectivos.Nós não parámos a concessão de crédito, mas fomos mais rigorosos na análise das condições de crédito.Hoje, isso está ultrapassado.Agora, há de facto uma menor procura de crédito por parte das empresas e particulares". Leia a entrevista aqui.

João Jardim: "Dá a impressão que Sócrates pretende ser o Hugo Chavez da Europa"...

"A política fiscal de José Sócrates também contribui para o desastre que se vê. Começou por prometer que não aumentava os impostos, mas logo que se viu no poleiro, aumentou-os, tal como os restantes compromissos a que faltou com os Portugueses. Numa incompetência gritante, Sócrates aceitou para Portugal, a imposição de uma política orçamentalista, voltada para a redução do défice, a qual, como se viu, nem aos países mais ricos serviu.
No início do seu mandato, quando Portugal ainda tinha poder de veto na União Europeia, Sócrates curvou-se às potências mais ricas.
Os Portugueses, com esta política socialista, viram o desemprego subir para níveis de 1974 – e Sócrates havia prometido reduzi-lo em mais de uma centena de milhar – os Portugueses viram acabar também centenas de milhar de Pequenas e Médias Empresas, os Portugueses viram a maquina do Estado devorar as receitas dos impostos sem que houvesse um investimento mínimo que satisfizesse necessidades prioritárias das populações. Porém, a Banca goza de um regime fiscal de excepção. Mas o peso que hoje, em Portugal, o Estado tem sobre o sistema económico-financeiro, faz com que este directa ou indirectamente, esteja também sob controlo do poder socialista.
E isto explica a actual fraca disponibilidade da Banca para financiar pequenas e médias empresas, bem como a criatividade da iniciativa individual, Dever ético da Banca, dado o regime fiscal de que beneficiou, pois este Estado socialista requer os poucos meios financeiros existentes, para a realização das obras megalómanas a que se propõe. E, claro, a Banca fica mais confortada com o dinheiro posto à disposição do Estado, do que correr riscos com empréstimos à iniciativa privada. E os Portugueses vão sendo cada vez mais apertados, apesar da forte descida mundial das taxas de juro, porque o Estado socialista exige que a Banca lhe disponibilize o pouco dinheiro existente. Dá a impressão que Sócrates pretende ser o Hugo Chavez da Europa!..." (crónica de Alberto João Jardim na TVI24, ontem, 28 de Setembro)

Cavaco Silva não deve voltar ao assunto

Depois da declaração de hoje, e sendo previsível que comentadores das televisões ligados ao PS e a outros partidos de esquerda, vão continuar a pressionar Cavaco Silva, na ânsia de conseguirem construir um "caso" - e acho extraordinário que uma falida RTP gaste milhares de euros com carros de exteriores, jornalistas em horas extraordinárias distribuídos pela sedes de partidos em busca de reacções que valem zero, a que se junta um idiota "especial informação" sobre o assunto, hoje à noite, quando os problemas do país são outros, substancialmente diferentes - parece-me importante que o Presidente da República oura e simplesmente deixe de falar no tema, assim como não me parece que o governo socialista, de saída, deva ceder à tentação de reentrar numa polémica que, como todas as polémicas, pode ter certamente aspectos que não têm que ser divulgados. E, doa a quem doer, Cavaco Silva foi eleito não com os votos da esquerda histérica que agora se pavoneia em protagonismos televisivos. Espero que Cavaco Silva tenha presente que nunca será o Presidente de todos os portugueses, como Sócrates nunca foi o "meu" primeiro-ministro, nem o governo socialista por ele liderado alguma vez foi o "meu governo". E que (Cavaco Silva) tenha ainda presente que a esquerda que tem a abusiva e idiota mania de falar em nome dos portugueses, quando não passam do 4º e do 5º partidos e que nem sequer apoiaram o actual Presidente, não têm a procuração de ninguém para falarem em nome seja de quem for.
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PSD-Madeira reenvia para S.Bento todas as iniciativas antes rejeitadas

O PSD-Madeira, mantendo-se todas as propostas já enviadas para a Assembleia da República e que ainda não foram votadas, vai voltar a insistir na apresentação de todas as iniciativas, incluindo algumas da oposição, que foram enviadas e que foram todas, repito, todas, rejeitadas na maioria das vezes pelos votos do PS nacional e dos três deputados socialistas eleitos pela Região. A iniciativa de revisão da Lei de Finanças Regionais, tentando que a mesma seja aplicada já com o novo orçamento de Estado para 2010 e considerando as posições assumidas por todos os partidos, repito, todos os partidos da oposição na última discussão deste assunto em S.Bento, será a primeira e mais urgente, mas todas as restantes iniciativas serão reapreciadas no parlamento madeirense e reenviadas para a Assembleia da República no início da próxima Legislatura, já com uma realidade parlamentar substancialmente diferente da que marcou o totalitarismo autista e anti-Madeira dos socialistas desde 2005.

João Jardim: "Mais uma vez, em jogo, o Projecto Madeira"

Com o título "Votar pelo PROJECTO MADEIRA", Alberto João Jardim assina mais um texto de opinião na edição do "Madeira Livre" que esta semana será colocada em distribuição:
“Quando, em Maio de 1974, um grupo de Cidadãos fundámos a Frente Centrista da Madeira, meses depois contratualizada a sua participação autónoma no então PPD, foi com o objectivo de transformar radicalmente o arquipélago da Madeira. Cientes de três coisas:
- o então «distrito» era o mais atrasado de todo o Portugal;
- da ideia que o Dr.º Fernão de Ornelas deixara «o madeirense é o pior inimigo do madeirense»;
- da cultura colonial, de séculos, do Estado português.
Para nós, os episódios ditos «revolucionários» que então se sucediam, não passavam de um período que era necessário ultrapassar através da mobilização das Consciências, de muito trabalho e de firmeza democrática. E logo se organizou um Programa autonomista, o primeiro dessa época, cujos Princípios se mantêm actuais e cujas linhas de acção foram sendo concretizadas até o dia de hoje.Tratava-se, e trata-se, de um Programa Madeira, libertariamente distanciado de uma Lisboa de cultura colonialista, confiante nas capacidades de um Povo Madeirense, mais do que comprovadas na Emigração. Tratava-se de um objectivo de ruptura com os «interesses» económicos e sociais instalados de maneira feudal e de uma aposta numa acção célere e pragmática de captação de recursos, sua aplicação, e de educação cívico-democrática de todo o Povo. Quem olha para o estado em que a Madeira e a sua população então se encontrava, deve pensar que os nossos sonhos e persistência dessa altura, constituíam uma rematada loucura, uma flagrante utopia. Quem olha para o estado em que a Madeira e a sua população então se encontrava, ao menos tenha a honestidade de reconhecer que nem parece verdade o que os autonomistas sociais-democratas foram capazes de conseguir até o dia de hoje.
Quem olha para a sociedade de então, ao menos tenha a honestidade de reconhecer quão absolutamente diferente é a Madeira de hoje, não apenas nos campos infraestruturais e económicos, mas também na estrutura social e na vida cultural. Quem, atento, analisar comparativamente o passado e o presente, entende a razão porque, hoje, várias «famílias» então dominantes, odeiam radicalmente os autonomistas sociais-democratas.
A raiz mais recente do atraso da Madeira em 1974, em minha opinião pessoal pode, a par de outras, ser encontrada no período das invasões francesas. As invasões deram-se apenas no Continente. E, apesar de tanta tragédia que acarretaram para os Portugueses, deixaram a semente dos grandes Princípios da Revolução Francesa, que explicam a evolução política que se lhes seguiu. Pelo contrário, a Madeira foi então ocupada por tropas inglesas, as quais só saíram, pressionadas, do nosso arquipélago, nove anos depois de terem partido do Continente. Ao contrário dos Valores da Revolução Francesa, reforçaram os conceitos britânicos que eram opostos ou diferentes, e trouxeram novas imigrações económicas de sua origem.
Parte disto explica o clima político vivido, mesmo depois de conquistada a Autonomia Política. Assim e apesar do grande Desenvolvimento Integral dos últimos trinta anos, os autonomistas sociais-democratas têm sido obrigados a lutar em três frentes:
-a cultura político-colonial de séculos, em Lisboa;
-uma pseudo-«esquerda» radical na Região que ameaça a Democracia por ser comunista. E um «socialismo» sempre estéril e absolutamente inadequado à realidade madeirense que, exclusivamente preocupado com interesses partidários próprios, não hesita em se assumir como o «partido de Lisboa» e em tentar boicotar ou denegrir tudo o que foi conseguido.
- interesses conservadores do passado, que não nos perdoam as mudanças concretizadas – e, no íntimo, sobretudo as sociais – pelo que até não hesitam em alianças tácticas com a pseudo-«esquerda».
Há que reconhecer que esta luta ante três frentes inequivocamente poderosas, nos seus meios político-materiais que não pelo voto do Povo Madeirense, vem sendo extremamente difícil, incluso porque sabem explorar o atavismo de «o Madeirense ser o maior inimigo do Madeirense». Mas sem desmotivar os autonomistas sociais-democratas, antes incentivando-nos sempre mais. É nesta situação indesmentível que chegamos às Eleições Autárquicas, no próximo dia 11 de Outubro.
Mais uma vez, em jogo, o Projecto Madeira. Num quadro de lógica e de eficiência democrática operante, a estratégia dos autonomistas sociais-democratas foi sempre a de se orientar por uma prática de firme disciplina interna e de projecto, pois sabíamos que, face a três frentes tão difíceis, a fragmentação da política regional ao sabor de «quintas», de vaidades pessoais ou egoísmos, permitiria, incluso perante os «cavalos de Troia» existentes, a impossibilidade de o progresso e do Desenvolvimento Integral que alcançámos, e com o qual ninguém sonharia em 1974. Daí o conceito vivido pelos autonomistas sociais-democratas, na prática de os seus governantes regionais, Deputados e Autarcas constituírem uma só Armada, e de os recursos disponíveis, no seu conjunto, estarem específica e rigorosamente adstritos e distribuídos a um só projecto, o Projecto Madeira para o Bem Comum de todo o Povo Madeirense.
Foi isto que permitiu à Madeira chegar até aqui.
Pelo que, é na análise do assim conseguido, que certamente, de forma livre e democrática, se vai formar a opinião de cada Eleitor.
Ou, preferia que não fôssemos a Madeira e o Porto Santo que, social, cultural e economicamente conseguimos atingir nos dias de hoje, com as respectivas virtudes e defeitos e quando há trinta e cinco anos ninguém acreditava que tal fosse possível.
Ou vai votar nas Eleições Autárquicas para que este Projecto Madeira continue, prossiga para mais Desenvolvimento Integral, melhores aperfeiçoamentos e para a continuação da luta, por nós irrecusável, para uma necessária maior Autonomia Política do arquipélago e mais Direitos, Liberdades e Garantias do Povo Madeirense.
O resto são picuinhas domésticas.
O resto é conversa”.

Cavaco Silva: a declaração na íntegra

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Foi uma declaração de ataque e de demarcação do seu campo próprio de actuação. Eis a declaração de Cavaco Silva hoje proferida, na íntegra:
"1. Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante. Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer. E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.
2. Porquê toda aquela manipulação? Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos. Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República. Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira). E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam. Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.
3. A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção). Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações: Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias. Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos. Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.
4. Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos. Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República. Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas. Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem? Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.
5. E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008. Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas. Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém. Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.
6. A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”? Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto. E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.
7. Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse. Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.
8. A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?” Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.
9. Um Presidente da República tem, às vezes, que enfrentar problemas bem difíceis, assistir a graves manipulações, mas tem que ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro. O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for. Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral. Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez a ele eu me tenha referido, directa ou indirectamente. E sabendo todos que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que, sobre as suas posições, só o Presidente se pronuncia. Uma última palavra quero dirigir aos portugueses: podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal".

Jornalismo: proibido caricaturar família real de Marrocos...

Escreve o jornalista do El Pais, Ignacio Cembrero que "el verano ha estado salpicado en Marruecos de sanciones y acusaciones de la fiscalía contra diarios y semanarios que escribieron o comentaron la popularidad del rey Mohamed VI o su enfermedad de finales de agosto. Los primeros días del otoño confirman que las autoridades han decidido dar una nueva vuelta de tuerca a la ya de por sí cercenada libertad de prensa. Esta vez le ha tocado al rotativo Akhbar al Yaoum por publicar una caricatura del príncipe Moulay Ismael que el sábado pasado celebró una fiesta, presidida por su primo Mohamed VI, con motivo de su boda con la "virtuosa señorita", como la describe el comunicado del protocolo real, Anissa Lehmkuhl. La esposa es alemana, pero se convirtió al islam cuando, de pequeña, vivió en Rabat donde su padre fue consejero militar de la Embajada de Alemania. En la viñeta, publicada en portada el sábado, el príncipe aparece saludando sobre un fondo rojo, el color de la bandera de Marruecos, "ornamentado con la estrella marroquí", según Khalid Gueddar, el dibujante, y Touafic Bouachrin, el director del periódico. Se trata de una "ofensa al debido respeto de un miembro de la familia real", según señaló, el lunes por la noche, el Ministerio del Interior marroquí en un comunicado. Se ha hecho además, prosigue, "una utilización tendenciosa de la bandera nacional". En consecuencia anuncia que demandará al diario ante la Justicia. El príncipe Moulay Ismael hará otro tanto por su cuenta. "La utilización de la Estrella de David" en la caricatura, añade el comunicado, "pone de relieve un antisemitismo flagrante". "El funcionario que haya confundido la estrella verde marroquí con el símbolo azul del judaísmo está mal de la vista", replica el dibujante. Pero, por rápida que sea la Justicia marroquí cuando se trata de instruir las denuncias de las autoridades, Interior no ha querido esperar a la sentencia. Por eso anuncia en el comunicado que tomará medidas contra "los medios y locales del rotativo". No reaccionó a tiempo para secuestrar la edición que salió a la calle el sábado, pero lo hizo con las que se iban a poner a la venta el lunes y hoy martes. Dos días seguidos Akhbar al Yaoum no llegó a los quioscos. "La policía ha clausurado nuestros locales en Rabat y Casablanca y ha bloqueado nuestras cuentas", denuncia Bouachrin, director de Akhbar al Yaoum. "En la práctica no puedo sacar ya el periódico a la calle porque me lo han cerrado", prosigue indignado. "La ley no permite a Interior actuar de esta manera, pero se la ha saltado". "Sólo los tribunales pueden prohibir una publicación". Además de las dos denuncias puestas contra este diario, los tribunales marroquíes deberán pronunciarse sobre las acusaciones formuladas por la fiscalía de Rabat contra el rotativo Al Jarida al Oula y el semanario Al Michaal que, a finales de agosto, se atrevieron a comentar el comunicado del médico del monarca en el que se informó que necesitaba unos días reposo porque padecía una infección por rotavirus. A principios de ese mismo mes, el Ministerio del Interior ordenó el secuestro y destrucción de los cien mil ejemplares de los semanarios Tel Quel y Nichane que, en colaboración con el diario francés Le Monde, pretendían publicar un sondeo sobre la popularidad de Mohamed VI que arrojaba resultados muy favorables para el soberano. Aún así Interior estimó que la "persona sagrada del monarca", según la Constitución marroquí, no podía ser sometida a un sondeo cualesquiera que sean sus resultados".

Jornalismo: "The Washington Post" ensina jornalistas a usar Facebook

Diz o El Mundo que "el diario estadounidense 'The Washington Post' ha entregado una guía a los periodistas de su plantilla en la que les advierte sobre cómo tienen que comportarse cuando escriben en redes sociales como 'Facebook' o 'Twitter', y les advierte de los "peligros" de estas páginas. La guía, de la que habla en su blog el defensor del lector del diario, Andy Alexander, indica que las redes sociales son medios de comunicación, y, aunque pueden ser "una valiosa herramienta para difundir y conseguir noticias", también esconden "potenciales peligros" que hay que conocer. Así, señala que "todos los periodistas de 'The Washington Post' renuncian a algunos de los privilegios personales que tienen como ciudadanos" al entrar a trabajar al medio, y les recuerda que, aunque usen las redes sociales para hablar de su vida privada, representan "en todo momento" al periódico, por lo que tienen que respetar una serie de normas. En este sentido, la guía, elaborada por los editores del diario, afirma que "a efectos prácticos" el contenido que se publique en los portales "es equivalente al que aparece en los subtítulos del periódico escrito o en la página 'web' de 'The Washington Post' y ofrece una serie de consejos para no comprometer la "credibilidad" del medio. Recomienda a los trabajadores que "cuando usen una red social como 'Facebook', 'LinkedIn', 'My Space' o 'Twitter', tengan en cuenta su integridad profesional" y se identifiquen como periodistas de 'The Washington Post'. Además, la guía aconseja ser "concisos" y "claros" respecto a las intenciones sobre las que se escribe. Asimismo, indica a los periodistas del Post a "no poner en duda" con sus opiniones "la imparcialidad" de las noticias del periódico, para lo cual recomienda no abandonar "nunca" la separación entre información y opinión, recordar siempre la importancia del "uso apropiado del lenguaje y el tono" y no escribir o subir ninguna imagen que pueda sugerir que se tiene algún prejuicio político, racista, de género o religioso."Ten en cuenta que lo que escribes en una red social puede ser visto por cualquiera, aunque se trate de una cuenta personal con restricciones. Es imposible controlar el acceso a la información 'online'", señala en uno de sus párrafos la guía, que concluye sobre este tema "si no quieres que alguien encuentre algo en Internet, no lo pongas ahí".

Jornalismo: grupo Time Warner vende divisão de revistas

Segundo o El Mundo, "el grupo estadounidense de medios Time Warner venderá la división de revistas Time y podría comprar activos en su categoría principal de entretenimiento, ha dicho el director ejecutivo de su mayor accionista, Gordon Crawford, durante una presentación esta semana."Time Warner se acaba de desprender de la división de televisión por cable, va a vender la división de impresión, va a deshacerse de AOL y va a ser sólo Warner Brothers, HBO y Turner Networks", he explicado Crawford, director ejecutivo de The Capital Group. "Ahora, harán adquisiciones (...) aunque probablemente comprarán sólo cosas en la línea de aquellos negocios. Creo que no van a ir muy lejos de sus competencias clave", ha agregado. Crawford ha realizado los comentarios durante una discusión el 24 de septiembre en la Escuela de Comunicación de la University of Southern California. Las revistas de Time Inc incluyen títulos tan populares como 'People' y 'Sports Illustrated'. En el segundo trimestre, los ingresos de las publicaciones de Time Inc, principal casa editora de revistas en Estados Unidos, han bajado un 22%, a 915 millones de dólares, debido a un descenso del 26% en los ingresos publicitarios. Aunque Crawford no ha nombrado objetivos específicos de adquisición, ha afirmado que habría un "proceso de reducción", en el cual las compañías más débiles en el sector serían absorbidas".

Negócio entre Ongoing e Prisa confirma Zon "em cima" da SIC...

O negócio entre a Ongoing e a PRISA, que lhe permitiu a compra 35 por cento da Media Capital, confirma uma informação já antes dada neste blog, a de que a ZON está interessada em adquirir uma posição destacada na SIC, motivada pelos conteúdos televisivos. O interesse da ZON deverá ser acelerado dado que a PT, depois da decisão da Ongoing, ficou "tapada" nos seus propósitos, o que implica que mude a sua orientação para outra empresa. Resta saber até que ponto Pinto Balsemão, com uma situação financeira no grupo Impresa que não é famosa, poderá resistir muito mais tempo às investidas que já estão no terreno. Entretanto recordo que "em comunicado o grupo espanhol de comunicação diz que a Media Capital, dona da TVI, foi avaliada em 450 milhões de euros. “Trata-se de uma aliança de grande valor estratégico para a Prisa, já que se integra nos planos anunciados pela empresa de incorporar novos sócios que tragam capital, tecnologia e novos mercados ao grupo”, lê-se no documento. A Media Capital detém a TVI, a TVI24, e rádios como a Rádio Comercial e a Rádio Clube Português. As dificuldades financeiras da Prisa são conhecidas: o grupo espanhol (que também anunciou a venda da editora Santillana) precisa de uma injecção de capital de, pelo menos, 300 milhões de euros até Outubro, para responder à pressão financeira dos bancos que concederam à empresa um adiamento nos empréstimos actuais". Sobre este tema recomendo a leitura do texto do jornalista do El Mundo, Vicente Ruiz, aqui.

Jaime Ramos: "Deixem a Madeira em paz!"

O director do Madeira Livre que esta semana é distribuído, Jaime Ramos, assina o editorial do jornal, de novo intitulado "Palhaçada": "“Como já se esperava o Povo “Superior”, inteligente e não masoquista da Madeira e do Porto Santo derrotou em 27 de Setembro o P.S. da Madeira que foi durante quatro anos e meio conivente com a Política de perseguição e de “roubo” à Madeira e aos Madeirenses. Os Portugueses do “rectângulo”, como é natural, demonstraram uma vez mais que além de “masoquistas” preferem a continuidade do desemprego, do défice público, das falências, da incompetência e da mentira. Ainda bem que estas eleições demonstraram a diferença entre um Povo que sabe o que quer e o que pretende para o seu futuro e um Povo que gosta de viver na estagnação e na miséria! O PSD/Madeira recuperou o seu quarto deputado o que significa que vamos ter na Assembleia da República uma Representação Parlamentar da Região com maior peso e qualidade.
Vamos ver após o início da Legislatura na Assembleia da República, a postura e posição dos Partidos Políticos, CDS, BE e CDU acerca das inúmeras propostas da Assembleia Legislativa da Madeira que entretanto foram chumbadas pelo PS e que no passado obtiveram a concordância desses Partidos. Vamos de certo iniciar com a famigerada Lei das Finanças Regionais que o PS impôs à Madeira e que é fundamental e justo ser alterada. Além desta Lei fundamental vamos renovar as propostas de Lei, que são justas e fundamentais, para o nosso desenvolvimento sócio-económico. Vamos ver quem está com a Madeira e com os Madeirenses ou quem está com os socialistas que “roubaram” e “roubam” a Madeira. Durante a Campanha Eleitoral e até ao dia das Eleições, os adversários da Madeira, os comentadores políticos das televisões controladas pelo Partido Socialista falavam mais da Madeira do que de Portugal. Será que temos um subsolo de ouro-negro ou de diamantes e que o desconhecemos? Ou será que a nossa posição Geográfica é tão importante para os nossos adversários políticos e nós Madeirenses não o sabemos ?
Um apelo, deixem a Madeira em paz! Não desviem a atenção dos Portugueses para uma Região que quer viver em Paz, em Sossego e em Progresso social e económico longe dos olhares “negros” dos Portugueses! Domingo, dia 11 de Outubro vamos todos exercer de novo o nosso direito de voto! Em causa, as Câmaras Municipais, as Assembleias Municipais e as Juntas de Freguesia da nossa Região.
Como todos sabem, desde 1976 que a Região Autónoma da Madeira tem formado um todo. É fundamental que a 11 de Outubro o Povo da Madeira e do Porto Santo volte a votar PSD, para que tenhamos menor abstenção nas Câmaras e nas Juntas de Freguesia para em conjunto com o Governo Regional podermos continuar a desenvolver economicamente e socialmente os concelhos.
Sem um entendimento entre Câmaras e Governo, dificilmente este desenvolvimento é possível, pelo que apelamos que a 11 de Outubro todos estejam empenhados em diminuir a abstenção e a votar no PSD. Não se deve desperdiçar votos em pequenos Partidos, que em nada contribuem para a estabilidade e progresso da Madeira, o voto útil é no PSD. As eleições de 27 de Setembro foram a demonstração de que estamos no Bom caminho e que cada vez mais o PSD e os seus responsáveis têm o dever de trabalhar e lutar para libertar o seu Povo dos “masoquistas” de Portugal. Temos de pensar seriamente no caminho a seguir em 2010. Temos de ir pensando se vale a pena continuar a sofrer por causa das asneiras de Portugal ou se dele nos devemos libertar!”.

Marítimo quer José Peseiro?

O Marítimo está a tratar de encontrar "rapidamente" o sucessor de Carlos Carvalhal no comando da sua equipa principal. Segundo me garantiram hoje, a direcção do clube madeirense teria manifestado interesse em José Peseiro, que já esteve na Madeira ao serviço do Nacional e que tem Eduardinho, antigo "capitão" do Marítimo, como adjunto. Peseiro falhou recentemente o apuramento da selecção da Arábia Saudita para o Mundial da África do Sul, pelo que deverá estar em boas condições de ingressar no clube madeirense, caso as negociações cheguem a bom termo.

Mais uma edição do "Madeira Livre"

Começa a ser distribuído esta semana mais uma edição, de Outubro, do "Madeira Livre", jornal editado pelo PSD-Madeira e que assinala o seu primeiro aniversário. O mensário é distribuído gratuitamente.

"Publico" vai investigar fuga de informação

A administração do Publico já decidiu que não desiste do processo de apuramento da fuga de informação, deitando mãos a todos os mecanismos que venham a ser considerados necessários. A administração do jornal entende que é o bom nome do periódico e da empresa que estão em acusa e pretende questionar os procedimentos adoptados pela (s) pessoa (s) que no seio da redacção do Publico enviou (aram) para uma agência de comunicação ligada ao PS e ao gabinete de José Sócrates os mails, correspondência que é considerada reservada e propriedade do jornal. Ao quer julgo saber existem já duas hipóteses como potenciais autores da referida fuga de informação. Segundo me garantiram Belmiro de Azevedo já informou o Publico que não admite que este assunto fique sem esclarecimento e que doa a quem doer vai levar a investigação até ao fim. A ERC poderá recomendar que tal procedimento seja cabalmente esclarecido e o Publico deverá despedir os autores da fuga de informação, havendo já alguns cenários internos que estão em "fase de esclarecimento".

Cavaco vai falar

O Presidente da República fala ao país às 20 horas. O caso das "escutas" serás um dos temas. E desiludam-se os que julgam que será uma comunicação vazia. Cavaco deverá falar dos indícios que tinha, deverá negar qualquer intenção de Belém em gerar instabilidade, poderá confirmar que outras entidades conheciam da situação. A ver vamos... Cavaco vai dar o assunto por encerrado, não voltará ao tema, vai desvalorizar as críticas particularmente da esquerda, que não votou nele e de alguma comunicação social, com o DN de Lisboa à cabeça ao qual se juntam alguns "comentadores" e "politólogos", os quais, a sugestão da propaganda socialista, estão a tentar a centrar as atenções do país num assunto que não é tão inócuo como os socialistas querem fazer crer. Às 20 horas fica-se a saber tudo.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Eleições: o meu pragmatismo

Tenho por hábito, e por princípio também, ser pragmático na análise das eleições, sejam elas quais forem. As legislativas de domingo terminaram com a vitória do PS sem maioria absoluta, facto que para a esmagadora maioria das pessoas era um dado adquirido. Caiu por terra a ideia de que o PS poderia fazer maioria absoluta negociando à esquerda, ou com o PCP ou com o Bloco. Mas o PSD, que tinha por objectivo ganhar eleições, perdeu-as porque não teve mais votos que o PS e porque não impediu que Sócrates fosse primeiro-ministro, apesar de ter perdido mais de meio milhão de votos e ter passado de 120 deputados para apenas 97 (mais provável) ou 98, contando depois os votos da emigração. Portanto, com o PSD a perder há um custo político. Não se pode deixar tudo na mesma, porque nada pode ficar na mesma. Basta na Madeira onde a oposição perde nas urnas, mas ganha sempre. E se as eleições autárquicas, que não são comparáveis, se revelarem na mesma linha, o problema do PSD deixa de poder esperar, para passar a ser urgente. Esta é a minha opinião, será sempre a minha opinião. Mas tenho a noção de que ela vale o que vale, apenas isso, uma opinião dispersa que não acelera nada, não resolve nada, nem decide nada. Mas não me adormeçam por favor. O PSD não aguentou a dinâmica de vitória das europeias, esqueceu-se disso, deixou-se iludir por euforias antecipadas, e esqueceu-se que as eleições são diferentes, com protagonistas diferentes. Entre as legislativas e as autárquicas, passar-se-á exactamente o mesmo.

Eleições: o "lapso" de Portas em relação à Madeira...

Paulo Portas na noite eleitoral, e na euforia de vitória, meteu água emn relação á Madeira, apresentando esta região e Coimbra como os círculos onde o CDS/PP elegeu deputados pela primeira vez. Obviamente que Portas esqueceu-se que Cabral Fenandes já foi deputado. Lapsos, por desconhecimento, que provavelmente a euforia do discurso na noite eleitoral explica, mas que não pode ser repetida, em nome da história do próprio CDS/Madeira. Curiosamente repetiu-se em 2009 a mesma distribuição de mandatos de 1976, 4 para o PSD, 1 para o PS e 1 para o CDS.

Eleições: o urbano PND do "coelhinho" danado...

Os 4.735 votos do PND escondem uma realidade, a de que se trata de um partido urbano, mas limitado ao eixo Funchal-Santa Cruz, o que provavelmente confirma, até pelos cerca de 400 votos, que a aposta por Câmara de Lobos pode ter sido uma má ideia do "coelhinho" danado. Sucede que os votos do PND no Funchal (2.574) representam 54,4% do total e que os 933 votos em Santa cruz representam 19,7% do total. Ambos os concelhos pesam 74,1% na votação global do PND que teve ainda a particularidade de no Porto Moniz com 31 votos ter ficado à frente do PCP e do Bloco de Esquerda. Viram?! Nem precisaram de "bexigas" e outros acessórios dispensáveis.

Eleições: autárquicas de SV ditam futuro de Gouveia

Parece-me evidente que João Carlos Gouveia joga o seu futuro político na liderança do PS nas autárquicas de 11 de Outubro onde é candidato à Câmara Municipal local, depois dos resultados catastróficos das legislativas, onde perdeu dois deputados e cerca de 23 mil votos, praticamente metade dos que teve agora. Depois de não ter conseguido a vitória em 2005 para um candidato estreante volta a tentar a sua sorte este ano uma vez mais com um candidato estreante do PSD. Os resultados de domingo não auguram grande sucesso, embora se tratem de eleições diferentes.

Eleições: o derrotadíssimo Manuel Monteiro

Um dos grandes derrotados destas eleições foi Manuel Monteiro, ex-líder do CDS e que andou dois anos a lutar pela sua eleição em Braga como o alegado "deputado do Minho". Uma forte campanha de promoção da sua imagem, sobretudo em cartazes, não chegou. Pior do que isso. A derrota de Manuel Monteiro foi de tal modo significativa que o PND obteve mais votos na Madeira que em Braga! Mais um para se dedicar a outras políticas. Outro aspecto: o PND entre 2005 e 2009 até perdeu votos...

Eleições: comparativos em S.Vicente (2005 e 2009)

Eleições: comparativos em Santana (2005 e 2009)

domingo, setembro 27, 2009

Eleições: comparativos em Santa Cruz (2005 e 2009)

Eleições: comparativos no Porto Santo (2005 e 2009)

Eleições: comparativos na R. Brava (2005 e 2009)

Eleições: comparativos no Porto Moniz (2005 e 2009)

Eleições: comparativos em Ponta do Sol (2005 e 2009)

Eleições: comparativos nacionais (2005 e 2009) sem emigração

Eleições: quadro final nacional (sem emigração)

Eleições: comparativos em Machico (2005 e 2009)

Eleições: comparativos no Funchal (2005 e 2009)

Eleições: comparativos em C. Lobos (2005 e 2009)

Eleições: comparativos na Calheta (2005 e 2009)

Eleições: comparativos na Madeira (2005 e 2009)

Eleições: finais em Santa Cruz


Eleições: finais em São Vicente

Eleições: finais em Santana

Eleições: PS ganha nos Açores

Quando falta apenas 1 freguesia para escrutinar o PS ganhou nos Açores elegendo 3 deputados contra 2 mandatos do PSD. Mas a diferença, para quem usa arrogância e fala com a pança cheia é mínima.

Eleições: finais na Ribeira Brava

Eleições: finais no Porto Santo

Eleições: finais no Porto Moniz

Eleições: finais na Ponta do Sol

Eleições: finais em Machico

Eleições: finais em Câmara de Lobos

Eleições: finais na Calheta

Eleições: finais no Funchal

Eleições: que vai fazer Trindade? Fugir para Lisboa ou ficar cá?

Disponibilidade para ser deputado, vou assumir o lugar de deputado na Assembleia da República. Bernardo Trindade vergonhoso. Arranjar culpados para a sua derrota, incapaz de assumir ele próprio a sua derrota. O "Jornal da Madeira" é um pasquim que ninguém lê, dizem eles. Depois, quando perdem as eleições, o Jornal da Madeira é um dos culpados da vitória dos outros. E Trindade não perdeu? Quem foi que perdeu por ele? O líder regional do PS? Ele próprio Trindade? Os seus - de um e do outro - "colegas" do PS que passaram estas semanas todas a dizer o piorio do candidato socialista inclusivé a passar informações para a comunicação social que não foram usadas. E que tem a dizer Trindade em relação às regionais de 2011? Vai fugir para Lisboa à procura de um lugar no governo de Lisboa - aliás sintomático o facto de ter começado por falar na vitória do PS nacional - para depois voltar a aparecer como pretenso "salvador" de um PS encalhado? Ou vai sentar-se no parlamento regional que é o palco da política regional.

Eleições: José Manuel Rodrigues

Tenho de reconhecer que José Manuel Rodrigues é um dos grandes vencedores da noite eleitoral de hoje, ao eleger um deputado (ele próprio) mas aumentando em 6.109 votos e cerca de 5% comparativamente aos resultados das eleições legislativas de 2005 na Madeira. Sem dúvida que uma excelente campanha de um homem que, tal como Portas, é um homem da comunicação e que sabe que em determinados momentos existem determinadas estratégias comunicacionais que são essenciais, nomeadamente pisando e repisando determinadas propostas.

Eleições: quadro final na Madeira

Eleições: a eleição dos deputados na Madeira

Foi a seguinte a eleição dos deputados na Madeira, com a aplicação do método de Hondt:
PSD - 1º, 2º, 4º e 5º mandatos
PS - 3º mandato
CDS/PP - 6º mandato
O PS acabou por ser prejudicado este ano - pela aplicação do método de Hondt - a favor do CDS/PP, quando em 2005 tinha sido beneficiado face ao PSD, elegendo os mesmos deputados (3) que os social-democratas, apesar dos socialistas terem obtido menos de 13 mil votos.

Eleições: CDS elege deputado na Madeira!

Na Madeira o CDS/Madeira acaba de eleger um deputado o que significa que o PS fica apenas com um deputado, menos dois que em 2005.

Eleições: CDS muda puzzle na Madeira

O CDS/Madeira altera o puzzle e quando falta uma freguesia está a disputar o 6º mandato com o PS estando com vantagem sobre os socialistas. Todos aguardam, os resultados de São Martinho que em principio não devem favorecer os centristas. O PSD já garantiu os 4 deputados, mais 1 que em 2005.

Eleições: CDS não deverá eleger deputado na Madeira

Quando faltam duas freguesias na Madeira o CDS/Madeira deverá continuar fora de S.Bento mas "pelas peles", disputando o 6º mandato não com o PS, mas ao PSD ao contrário de todas as previsões.

Eleições: "coelhinho" danado...

O PND conseguiu na Madeira 4.300 votos, cerca de 3,4% um resultado substancialmente superior ao obtido nas regionais de 2007 e que certamente fará com que as demais forças políticas repensem muitas questões de uma forma diferente. Basta referir que o PCP fica a centenas de votos do "coelhinho" danado, com 4% e pouco mais de 5 mil votos. O Bloco de Esquerda obteve na Madeira 6,1%, sem dúvida um resultado que se fica a dever a Roberto Almada, porventura a atingir finalmente a "liberdade" de poder caminhar por si só, livre de legados...

Eleições: PSD ganha na Madeira com 47,8%

O PSD ganhou as eleições legislativas na Madeira com 47,8% resultado que tenho que confessar ficou muito aquém do esperado. O PS ficou-se pelos 19% - aguentou-se como disse - e o CDS/PP subiu aos 11%. O PSD elegeu 4 mandatos.

Eleições: PSD tem que dar atenção a Machico

Os 42,8% dos votos do PSD em Machico demonstram que as eleições autárquicas em Machico devem ser olhadas de uma forma mais atenta e que há euforias ou convencimentos antecipados que podem custar caro.

Eleições: PSD em Santa Cruz tem que estar atento

Os 43,2% dos votos do PSD em Santa Cruz demonstram que as eleições autárquicas neste concelho têm que se muito bem preparadas para que não apareçam surpresas. Provavelmente há que descer à terra...

Eleições: lei de finanças regionais até 2013?

Será que a vitória do PS nacional, mesmo sem maioria absoluta, a par da vitória dos socialistas nos Açores que se está a desenhar, podem constituir uma ameaça à pretendida revisão da lei de finanças regionais? Ou será que os partidos que na legislatura anterior em S.Bento defenderam a revisão da LFR, vão juntar-se e impor ao futuro governo socialista a revisão dessa lei?

Eleições: revisão constitucional ameaçada?

Uma das grandes dúvidas é saber até que ponto os resultados finais - ainda desconhecidos - podem constituir uma ameaça ao sucesso da revisão constitucional pretendida pelo PSD madeirense.

Eleições: resultados regionais quando faltam 12 freguesias

Eleições: recordando os resultados nacionais em 2005

Eleições: recordando os resultados regionais em 2005

Eleições: resultados regionais neste momento


fonte: aqui

Eleições: resultados nacionais neste momento


fonte: aqui

Eleições: Alberto João Jardim dizia que era difícil prever...

Abstenção entre os 38 e os 43 por cento

A projecção da Universidade Católica para a RTP/Antena 1 revela que a abstenção na votação deste domingo oscila entre os 38 e os 43 por cento. Um número maior que o registado em 2005 quando foi de 35,74 por cento.

Eleições: PSD tem que tomar a única decisão possivel e lógica

Parece-me evidente que a confirmarem-se estes resultados eleitorais, o PSD nacional tem que tomar a única decisão que lhe cabe neste contexto, convocar imediatamente um congresso extraordinário, ainda este ano, e preparar rapidamente uma alternativa na liderança, escolhendo uma solução que possa propiciar ao partido uma outra postura. E não vale as pena andarmos a chorar no molhado; depois da vitória nas europeias, a derrota nas legislativas que diz respeito directamente à sua líder, implica a sua imediata substituição, logo após as autárquicas onde não sei como será possível manter a dinâmica do partido. E cabe ao PSD promover finalmente uma revolução interna, a partir das bases, afastando imediatamente uma "entourage" medíocre e ultrapassa, que se apoderou do partido e que condiciona tudo e todos. Uma revolução que tem que ser imediata, que passe pela promoção de novos valores, de novas ideias, de novas pessoas. E tenho que reconhecer, que neste contexto Paulo Rangel e Passos Coelho, particularmente o primeiro, são dois nomes potenciais para a mudança que custe o que custar, doar a quem doer, tem que acabar de vez com uma geração de políticos que não dizem nada aos portugueses, que não ganham eleições. Uma geração de políticos ultrapassados que receberam hoje, a confirmar-se esta copiosa derrota das sondagens, a guia de marcha para a reforma imediata.

Eleições: projecção RTP dá vitória ao PS

A projecção da Universidade Católica para a RTP atribui a vitória nas eleições legislativas ao PS, com entre 35 a 40 por cento dos votos. Segue-se o PSD, com 25 a 29 por cento dos votos. O Bloco de Esquerda é a terceira força política, com entre 9 a 12 por cento dos votos; o CDS segue com entre 8,5 e 11,5 por cento. A CDU terá entre 7 a 10 por cento.

Eleições: sondagem da TVI dá 36 a 40% ao PS

Segundo a TVI, o "Partido Socialista vai vencer as eleições legislativas. Segundo a projecção TVI/Rádio Clube Português/Intercampus, José Sócrates mantém-se à frente do Governo, obtendo entre 36 a 40% dos votos. A diferença para o PSD é muito grande, dado que o partido de Manuela Ferreira Leite vai ficar entre os 26,3 e os 30,3%. Neste momento, e segundo os dados da Intercampus, existe praticamente um empate entre o Bloco de Esquerda e o CDS-PP. O BE está entre os 8,5 e os 11,5; enquanto que o CDS-PP tem entre 8,6 e os 11,6.
A CDU surge em último lugar, com 6 a 9%
No que diz respeito à projecção do número de mandatos, o PS terá entre 97 a 111 deputados, o PSD entre 69 e 80, o Bloco entre 18 e 22, o CDS-PP entre 16-2 e a CDU entre 10 a 15.
Confira a ficha técnica
Sondagem Intercampus para a TVI e Rádio Clube Português, realizada no dia 27 de Setembro de 2009, com o objectivo de identificar o resultado da votação para as eleições Legislativas em 2009. Universo constituído por eleitores que participaram no acto eleitoral. Com recolha através de simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 34.811 entrevistas, recolhidas em 27 freguesias de Portugal Continental. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 0,5%. Os resultados da projecção são directamente obtidos a partir de uma sondagem realizada pela Intercampus. Esta sondagem permitiu igualmente a estimativa do número de mandatos com base numa simulação do método de Hondt".

Eleições: sondagem da SIC dá 36,2 a 40,4 ao PS

Uma sondagem da SIC realizada à boca das urnas, dá 36,2 a 40,4% ao PS - 99 a 103 deputados - contra 26,9 a 30,7% do PSD - 74 a 77 deputados - 7,7 a 9.9% do CDS/PP - 15 a 17 deputados - 9 a 11,2% do Bloco de Esquerda - 18 a 20 deputados - e 6,5 a 8,7% da CDU - 13 a 15 deputados. A abstenção, segundo a sondagem, deverá situar-se nos 36,9 a 41%.
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Eleições: deastroso

Os resultados eleitorais para o PSD, apesar do PS ganhar sem maioria absoluta, são desastrosos para os social-democratas. Tal como referi as sondagens da RTP, SIC e TVI confirmam o CDS/PP a disputar o terceiro lugar com o Bloco de Esquerda, provavelmente tendo mesmo ultrapassado os bloquistas o que, caso se confirme, será uma grande vitória de Paulo Portas.

Eleições: PS aguenta-se na Madeira

O PS deverá ter-se "aguentado" na Madeira, obtendo uma votação superior às europeias mas ficando aquém dos resultados de 2005.

Eleições: CDS/PP sonha com 6º mandato na Madeira

Embora sem existirem ainda resultados finais, o CDS/PP na Madeira sonha com a eleição do 6º mandato, embora esteja ainda longe de o confirmar. A contagem de votos na Madeira deverá estar concluída pelas 20.30 horas.

Eleições: vitória do PS nacional é problema para o PSD regional

A vitória do PS que poderá chegar aos 105 a 106 deputados nacionais, será desastrosa para o PSD nacional e particularmente para o PSD da Madeira, dado que várias matérias importantes na estratégia a curto e médio prazo, poderão cair por terra. Julgo que a confirmar-se este cenário eleitoral, e independentemente dos resultados na Região, o PSD da Madeira tem, que reunir-se rapidamente e começar a olhar para uma realidade política e eleitoral nacional, com a qual não estava a contar.