sexta-feira, outubro 30, 2009

Corruptos e roubalheira sem vergonha (XV)

Garante o DN de Lisboa que "o Vice-presidente do BCP começou a ser vigiado em Fevereiro num almoço em Vinhais, Trás-os Montes. A investigação ao caso "Face Oculta" é taxativa: num primeiro momento, Armando Vara, arguido no processo e vice-presidente do Millennium bcp, solicitou a Manuel Godinho, empresário e também arguido no caso, dez mil euros pelas diligências que encetou de forma a promover os seus negócios. A 25 de Maio deste ano, Godinho ter-se- -à encontrado com Vara num gabinete do próprio banco e terá entregue a quantia num envelope. As vigilâncias a Vara começaram, em Fevereiro, deste ano num almoço, em Vinhais, Trás-os-Montes, com Manuel Godinho. Contra Vara há ainda relatos de vigilâncias a encontros que o vice-presidente do BCP terá tido com Manuel Godinho, em Lisboa, e escutas telefónicas.
Estes são os factos que, segundo o DN apurou, constam do despacho do Ministério Público de Aveiro (ver texto nesta página) que ordenou as buscas recentemente realizadas. Ora, o valor de dez mil euros está a causar grande perplexidade: "Como é que um vice-presidente de um banco cobra 10 mil euros como comissão?", questionou ao DN um dos arguidos do processo que solicitou o anonimato. Em termos jurídicos, a situação para já apresentada configura um crime de tráfico de influência. Isto é, determinada pessoa dispõe-se a usar a sua influência junto de decisores públicos a troco de uma contrapartida. Mas, Armando Vara sempre poderá alegar que não recebeu tal quantia. Restando saber qual a prova em concreto que o MP tem
".

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