terça-feira, janeiro 19, 2010



A Europa dedica este ano ao problema gravíssimo da pobreza, que cresce na União e no mundo, sobretudo depois da grave crise económica mundial. O Eurostat distribuiu um resumo da realidade da pobreza no continente (aqui) e elaborou um estudo mais completo (120 páginas) que pode ser consultado e guardado aqui. Basicamente, e conforme li hoje no Publico num texto do jornalista Bruno dos Reis, “o risco de pobreza em Portugal superava, em 2008, a média europeia e situava-se em 18 por cento, estando em igual risco 12 por cento das pessoas com emprego, revela hoje o Eurostat. O risco de pobreza em Portugal sobe cinco pontos percentuais, (de 18 para 23 por cento) no caso das crianças (até aos 17 anos inclusive) e é de 22 por cento no caso dos idosos (a partir dos 65 anos). O Eurostat revela ainda que mais de metade dos habitantes em Portugal (64 por cento) não consegue pagar uma semana de férias no estrangeiro e nove por cento da população não tinha, em 2008, possibilidades de adquirir viatura própria. Relativamente aos consumos de primeira necessidade, 35 por cento dos que habitam em Portugal não têm capacidade para manter a casa adequadamente quente (face a dez por cento da Europa a 27) e quatro por cento da população não tem condições financeiras para fazer uma refeição, pelo menos dia sim dia não, de carne, peixe ou equivalente vegetariano (um número mais positivo do que a média europeia, que se situa nos nove por cento). De entre os 27 países que compõem a União Europeia, Portugal não é, ainda assim, dos mais severamente afectados pelo risco de pobreza. Em 2008, Letónia (26 por cento), Roménia (23 por cento), Bulgária (21 por cento) e Espanha e Grécia (21 por cento), eram, segundo o estudo do Eurostat, os mais afectados pelo risco de pobreza. Os países da União Europeia com menos risco de pobreza são a República Checa (9 por cento) e Holanda e Eslováquia (11 por cento)".

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