quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Sócrates em queda

Segundo o Correio da Manhã, "mais de dois terços dos portugueses entendem que o caso das escutas do processo ‘Face Oculta’, que envolve o primeiro-ministro num alegado plano de controlo da Comunicação Social, é de "grande" gravidade. O escândalo está, aliás, a penalizar José Sócrates que, após a divulgação das escutas entre administradores da PT, caiu nas intenções de voto dos portugueses. Segundo a sondagem CM/Aximage, realizada no dia 13 de Fevereiro, depois da publicação das escutas pelo jornal ‘Sol’ e da polémica em torno da providência cautelar que tentou impedir a publicação das conversas, 94,2 por cento dos inquiridos admitem que já ouviram falar do caso das escutas. Questionados sobre as responsabilidades imputadas a José Sócrates, 48,8% dos que responderam ao inquérito não tiveram dúvidas em afirmar que a acusação é "justa". Outros 34,2 por cento avaliaram-na como "injusta" e 17 afirmaram não ter opinião sobre o assunto. Ainda assim, quando questionados sobre a gravidade dos factos que envolvem o primeiro-ministro, 68,9% foram claros ao responder que o caso é "grave". Perante este cenário, as marcas políticas do processo ‘Face Oculta’ começam já a fazer-se sentir na imagem do primeiro-ministro. Segundo o barómetro CM/Aximage, também realizado após a publicação das conversas, o PS continua a liderar a intenção de voto dos portugueses, mas sofreu uma queda de 1,4% em quinze dias. Se no início de Fevereiro, antes de rebentar o tema nas páginas dos jornais, o partido do primeiro-ministro reunia 33,8% das intenções de voto, agora tal valor caiu para 32,4%. Em compensação, o PSD saiu beneficiado com a polémica, já que subiu 1,5% nas intenções de voto, para os 26,3%. Neste mesmo cenário, o CDS--PP foi outro dos partidos que caiu na intenção de voto ao perder 1,4 pontos percentuais (10,7%). Já o Bloco de Esquerda voltou a ganhar a confiança do eleitorado, tendo registado uma subida de 0,6% na intenção de voto para os 9,2%. A CDU manteve-se praticamente inalterada, perdendo uns ligeiros 0,4% nas intenções de voto dos inquiridos. Os inquéritos resultam de entrevistas a 600 pessoas. A margem de erro é de 4%".

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