domingo, março 21, 2010

RTP: manter a dignidade, ser independente

O meu comentário é apenas o de que espero sinceramente que o programa de Fátima Campos Ferreira, "Prós e Contras", da RTP - tantas vezes acusado de governamentalização socialista - consiga ser independente e mantenha a dignidade que os programas de informação das televisões devem ter. O tema é delicado, ainda muito sensível aos madeirenses, pelo que a tentativa de criação de polémica, um mês depois da catástrofe, particularmente por parte dos oportunistas do costume, quais aves de rapina esfomeadas (de votos e de visibilidade) a que se juntam alguns "especialistas" (reparem nas aspas...) de pacotilha terá que ser uma questão que a coordenadora do programa tem que estar atenta. Já agora, pergunte FCF quais desses "especialistas" e dos oportunistas da oposição, que andam tão ávidos de "sangue" `*a custa da desgraça alheia andaram na cidade a ajudar as pessoas nas limpezas? Estive em vários locais, durante vários dias e garanto que não vi ninguém. A questão é muito simples: o que aconteceu na Tabua e na Serra de Agua foi por culpa do homem, por erros de gestão territorial ou ficou a dever-se a um fenómeno climático que colhe as pessoas de surpresa, é certo, mas que teve o impacto que teve porque as serras - dizem os especialistas (sem aspas) não tinham mais capacidade de absorçãoo de água, dado que os índices de pluviosidade na Madeira foi dos maiores dos últimos anos. É com essa verdade, com esse pragmatismo, que temos que abordar o problema, virado para o futuro, desmistificando alguns profetas da desgraça mas recusando subscrever erros, asneiradas e cegueiras de alguns reféns do betão e do cimento. Mas em nome dessa verdade e desse pragmatismo, há que dar atenção à demagogia e à cagança de certos "especialistas" em questões ambientas, sem qualquer formação superior ou com formação universitária e científica noutras áreas, que por serem "amantes do verdinho" e da paisagem se julgam ambientalistas de barba rija. E, finalmente FCF, pensemos nos que morreram, respeitemos os desaparecidos, mas essencialmente pensemos nas famílias madeirenses sobreviventes nas quais devem estar concentradas todas as atenções e prioridades.

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