terça-feira, junho 22, 2010

Açores: dívida da saúde ultrapassa 500 milhões de euros

Garante o Correio dos Açores que "o PSD/Açores lamentou que o governo regional esteja a “transferir” para os hospitais a responsabilidade de resolver a má gestão do Serviço Regional de Saúde (SRS), alegando que o executivo é o “único responsável” pela dívida global de 500 milhões de euros. “A dívida global do SRS ultrapassa os 500 milhões de euros, quando em 1996 era de apenas 21,4 milhões de euros. Artificialmente, o governo regional transfere para os hospitais a resolução do problema da má gestão do SRS, pela qual é o único responsável”, afirmou o deputado social-democrata Pedro Gomes, numa declaração política feita na Assembleia Legislativa dos Açores. O parlamentar do PSD/Açores questionou a decisão do executivo de “impor” aos hospitais uma diminuição de custos no valor de 34 milhões de euros até final de 2011, alegando que o governo regional é o “campeão do despesismo” e que a medida pode “colocar em causa os cuidados de saúde”. “Como reduzir a despesa, sem colocar em causa os cuidados de saúde prestados aos Açorianos? Como poupar, se o Governo Regional não paga a horas aos hospitais? Como administrar bem, se o governo não cumpre pontualmente as suas obrigações ao abrigo dos contratos-programa? Como gerir melhor, se o governo é o campeão do despesismo?”, questionou o deputado social-democrata. Pedro Gomes salientou que “esta crise revela bem a extensão do sub-financiamento” no sector da saúde, dado que, em 2009, os hospitais da Região tiveram um prejuízo de 60 milhões de euros. Segundo o deputado social-democrata, os três hospitais da Região “perderam a quase totalidade do respectivo capital próprio”.“Se fossem empresas privadas, estavam falidos”, afirmou. O parlamentar do PSD/Açores sublinhou também que o Plano Regional de Saúde (PRS) para o período de 2009/2012, apresentado em Abril de 2010, está “atrasado no tempo, feito de diagnóstico e parco de estratégia”. Pedro Gomes considerou que o PRS tornou-se para o governo regional “num documento político e não de orientação para o desenvolvimento do SRS”, visto que “foi aprovado sem que houvesse qualquer avaliação do último ou mesmo do anterior”.“[O PRS] nasceu, também, sob o signo da modéstia forçada: cada um dos onze programas que o compõem dispõe apenas de cerca de 30 mil euros, menos do que o preço do carro oficial do presidente do governo regional”, disse".

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