Diz o Jornal I pela jornalista Rute Araújo, que "seis meses depois da inauguração, balneário termal para doentes respiratórios continua por abrir. Empresa fala em problemas técnicos de equipamentos Foi anunciada como o regresso do termalismo à região da Grande Lisboa e a inauguração oficial, em Abril, contou com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva. Seis meses depois, apenas o serviço de spa funciona a 100% nas restauradas Termas do Estoril, que receberam um apoio de 1,2 milhões de euros do Estado para reabilitar um espaço que iria ter finalidades terapêuticas. Seria a este balneário termal que doentes com problemas respiratórios e outras patologias poderiam recorrer, já que não há outros espaços com oferta semelhante na região. "Tendo beneficiado de investimento público e sendo as águas termais do Estoril um bem público com propriedades terapêuticas reconhecidas, é incompreensível como é que esta infra-estrutura continua sem disponibilizar aos cidadãos a possibilidade de aí realizarem os tratamentos de saúde de que necessitam", critica o Bloco de Esquerda, que já questionou o Ministério da Economia sobre o assunto. Para o deputado João Semedo, é também "incompreensível" ainda que o projecto tenha sido financiado com verbas do Turismo de Portugal, mas "o governo não tenha efectuado qualquer diligência no sentido de assegurar o acesso efectivo às propriedades terapêuticas das águas termais do Estoril por parte dos cidadãos, privilegiando assim os interesses dos investidores privados". O Bloco questiona se as verbas empregues (do FEDER e do Turismo de Portugal) não terão servido apenas para renovar um hotel de luxo, e criar um serviço de spa com massagens orientais, sem que o governo tenha acautelado o uso destes recursos por parte do público em geral. O i tentou obter esclarecimentos por parte do Turismo de Portugal, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição. Questionada sobre os tratamentos disponíveis hoje no balneário termal, a empresa responsável pelas Termas do Estoril admite que estão previstos serviços de prevenção e tratamento de patologias respiratórias, músculo-esqueléticas e dermatológicas, mas que "subsistem problemas técnicos na área de Otorrinolaringologia" - a água termal tem propriedades para tratar doenças como asma, rinite, sinusite ou bronquites crónicas. A empresa refere que o atraso é explicado por "problemas técnicos" e dificuldades de instalação de equipamentos. Sobre a data em que a situação ficará resolvida, refere estar "prevista a ampliação da oferta de serviços/tratamentos progressiva até ao final de 2010". De acordo com a sociedade Estoril Plage, a reabilitação das Termas do Estoril 48 anos depois de terem encerrado implicou um investimento de 25 milhões de euros. O projecto foi co-financiado pelo Turismo de Portugal, através do Sivetur, um programa destinado a apoiar a actividade turística considerada de interesse estratégico, nomeadamente de instalações termais. A candidatura foi aprovada em 2006 tendo sido atribuída uma verba de 1,238 milhões de euros”
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