Segundo a jornalista Maria Ana Barroso, do Economico, “a Caixa Geral de Depósitos (CGD) poderá beneficiar de uma redução nos seus custos de pessoal de cerca de 22,47 milhões de euros no próximo ano. Uma poupança de despesas que resultará do corte de salários decidido pelo Governo e que vai abranger os trabalhadores do grupo bancário estatal. No ano passado, a Caixa gastou, em remunerações pagas aos seus 10.634 empregados, perto de 450 milhões de euros. O corte de salários definido pelas Finanças para o próximo ano prevê uma redução das remunerações brutas superiores aos 1.500 euros mensais, de 3,5% até 10%, para os salários superiores a 4.200 euros. Reduções que equivalem a uma diminuição média de 5%. Uma vez que não é possível saber exactamente quantos trabalhadores da CGD estão em cada um dos escalões de remuneração, foi considerada a taxa média de 5%. O salário bruto médio de cada trabalhador é, tendo em conta o bolo gasto em remunerações e a dimensão do pessoal, de 3.019 euros por mês. Muitos colaboradores estarão abaixo deste valor, até porque quase 20% do pessoal da CGD são colaboradores com cargos de direcção ou chefia, o que acabará por influenciar, em alta, a média. Esta estimativa permite calcular que cada colaborador irá receber, em média, menos 151 euros (brutos) por mês, o correspondente aos cerca de 22,47 milhões de euros que a CGD irá poupar, globalmente, no final de 2011. Ainda que esta decisão de corte de salários não tenha sido da administração da Caixa mas sim do seu accionista, esta poupança de custos não deixará de ser útil ao grupo. De resto, o banco estatal será o único beneficiário, ainda que involuntário, deste corte, que não terá efeitos directos nas contas públicas”
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