sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Pirâmides egípcias estão "às moscas"

Escreve o jornalista da Lusa, António Pereira Neves, em texto publicado no DN de Lisboa, que “o negócio turístico nas pirâmides de Gizé, no Cairo, está deserto há 15 dias: desde que começaram os protestos de rua contra o regime do Presidente Hosni Mubarak, os turistas fugiram para paragens menos instáveis. "Antes de começarem [os protestos], vinham dezenas de milhares de pessoas todos os dias para ver as pirâmides. Era um negócio bom, agora não aparece nem um turista", lamentou Abdeilnabi, guia turístico, em declarações à Agência Lusa. O perímetro onde se encontram os monumentos mais emblemáticos do Egipto, delimitado por uma vedação, está fechado há cerca de duas semanas, pelo que as pirâmides e a esfinge só se podem ver de longe. Abdeilnabi, que segue o negócio que a família já faz há várias gerações, afirmou que "os turistas não vêm porque as pirâmides estão fechadas." "Quem ganha a vida com isto não tem dinheiro para comer, para alimentar os cavalos e os dromedários que estão a morrer à fome", salientou. Na localidade de Nazlet Al-Sanam, junto à vedação, a vida faz-se essencialmente de levar turistas em passeios de dromedário, cavalo e moto4 pelo trecho de deserto que rodeia as pirâmides, a cerca de 25 quilómetros do centro do Cairo e da praça Tahrir, onde continuam concentradas milhares de pessoas a exigir a demissão de Mubarak. Os cavalos e dromedários de Abdelnabi e dos vizinhos estão quase todos amarrados à sombra, e avolumam-se as carcaças de animais mortos nos últimos dias num recanto do caminho que conduz ao deserto”

Sem comentários: