domingo, fevereiro 27, 2011

PS-Madeira: primeiras e estranhas reacções...

Este "universo" das redes sociais e dos blogues, realmente, se dúvidas existissem, assume cada vez mais um papel preponderante. Depois do meu primeiro comentário acerca do PS-Madeira recebi duas mensagens por email, obviamente de autores não identificados - porque é essa a prática comum - não ofensivos, que revelam alguns conhecimentos e que me pareceram adeptos de Serrão. O comentário desmente a notícia do DN do Funchal, acusa o secretário de estado do turismo e "malabarismo" e garante saber que Trindade "foi das poucas pessoas a quem Serrão falou da sua eventual candidatura e não se opôs". Provavelmente, admite o autor do comentário, por não acreditar nesse desfecho. A ser verdade, esta questão vem ao encontro de um comentário - "olhe que não" - que um dirigente e deputado do PS local me fez no dia em que foi anunciada a candidatura de Serrão. O segundo aspecto - de outro dos comentários - tem a ver com a inexistência de garantias de que o processo de eleição dos delegados do PS seja isento, porque a pessoa duvida da lisura dos actuais dirigentes recordando o que se passou no último congresso regional e as denúncias de Vítor Freitas de eventuais chapeladas. Reclama mesmo - imagine-se - que Sócrates devia enviar um "dirigente da sua confiança à Madeira para vigiar o processo eleitoral". O que é certo - e as pessoas acreditam ou não no que aqui escrevo - é que quando há dias falei uma figura do PS local, com quem tenho confiança e amizade, sobre a eventualidade de estarmos pum caso de tiro-no-pé por parte de Serrão e de uma lista de delegados pró-Sócrates ter mais votos que a de Serrão (o que obrigaria este a demitir-se) tal cenário foi imediatamente afastado com um enigmático "isso nunca acontecerá". Finalmente, o terceiro comentário que retive, tem a ver com o facto de um dos autores dos emails, que se identificaram, ambos, como militantes do PS local, ter a ver com a "estranha preocupação" de Trindade em não fragilizar Serrão, facto atribui+ido, segundo ele, à recusa de Trindade em concorrer com Alberto João Jardim nas regionais de Outubro deste ano. O mesmo autor admitiu que "Serrão ganhe facilmente a eleição dos delegados, porque fará entre-portas um discurso que não fará cá fora" concretamente o de acusar Sócrates e o governo de Lisboa do PS (do qual faz parte Bernardo Trindade) de estarem a prejudicar o PS local desde as regionais de Maio de 2007 e de poderem conduzir o partido, caso exista uma colagem, a uma nova derrota. Uma coisa é certa: o PS da Madeira, digo eu, parece estar mergulhado em nova polémica que pode colocar Jacinto Serrão perante o desafio de mesmo antes das regionais deste ano ter que se demitir. Desconhece-se a posição do grupo afecto a Vítor Freitas, que terá subscrevido a moção de Serrão (!?), assim como as posições das alas conotadas com João Carlos Gouveia (os ex-dirigentes) e a Bernardo Martins, que parecem estar a se distanciar, por mero calculismo táctico do complexo cenário agora criado.

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