sábado, março 26, 2011

PSD alcança maioria e popularidade de Sócrates afunda

Segundo o Económico, "o Centro-direita tem mais de metade das intenções de voto. PS cai para os 25%. Popularidade de Sócrates está no valor mais baixo de sempre. O centro-direita tem mais de metade das intenções de voto, o PSD continua em terreno de maioria absoluta com o CDS a crescer, enquanto o PS alcança o segundo valor mais baixo desde que Sócrates foi eleito líder dos socialistas. A sondagem da Marktest para o Diário Económico e TSF dá 46,7% das intenções de voto ao PSD, 24,5% ao PS, 8,9% ao Bloco de Esquerda, 6,7% ao PCP e 6,3% ao CDS. Contas feitas, o destaque do mês de Março vai para os socialistas que caem quatro pontos percentuais e para Bloco de Esquerda (sobe três pontos) e CDS (sobe dois pontos). Pelo sexto mês consecutivo o centro-direita - PSD junto com CDS - supera os 50%. Manuel Meirinho, politólogo, diz que estes dados revelam dois castigos ao PS. "Um estrutural que já se traduzia nas sondagens há alguns meses e um conjuntural que tem que ver com o PEC IV e com a forma como foi apresentado". António Costa Pinto considera "fundamental" nesta sondagem "a continuidade do PSD como grande alternativa ao PS, muito embora uma crise e uma campanha eleitoral venham a ter um papel importante". Ainda assim, acrescenta, que, "nesta conjuntura, será difícil que o PSD não suba nas intenções e o PS não desça". O trabalho de campo foi realizado entre os dias 18 e 23 já depois de todos os partidos políticos terem deixado claro que chumbariam o PEC IV, de Cavaco Silva ter lamentado a falta de informação prévia e de José Sócrates ter garantido que sem Programa de Estabilidade e Crescimento o Governo não teria condições para continuar. Pedro Adão e Silva diz que "em campanha, não apenas Sócrates tenderá a subir (é o primeiro-ministro, um capital que não deve ser desvalorizado), como os factores de mobilização do voto tenderão a favorecer relativamente o PS, que continua a ser um partido mais alinhado com o posicionamento ideológico da maioria dos portugueses do que o PSD". Já Pedro Marques Lopes, gestor, dá primazia à tendência de liderança dos social-democratas sendo que, a seu ver, estes dados revelam que "o PSD está a conquistar eleitorado ao centro, ao PS e, em compensação, o PS não recupera à sua esquerda o eleitorado que está a perder". Se olharmos para a popularidade dos líderes, José Sócrates sofre na pele o momento difícil que o país atravessa ao fim de seis anos de governação socialista e em vésperas de uma campanha eleitoral. Praticamente três quartos dos inquiridos têm uma má imagem do primeiro-ministro (71,7%) e apenas 17,6% aplaudem o seu trabalho. Um valor que, quando tomou posse como chefe de Governo pela segunda vez, em Outubro de 2009, se situava nos 42%. No extremo oposto continua Paulo Portas, o mais popular entre os líderes partidários, com 40,2% de opiniões positivas e 41,1% de negativas. Numa altura em que se fala de uma possível coligação pós eleitoral entre CDS e PSD fica o registo de que 65% dos que votam nos social-democratas têm de Paulo Portas uma imagem positiva. Costa Pinto diz que Portas "tem melhorado significativamente a sua imagem junto dos portugueses, mesmo os que não votam nele", enquanto "para Sócrates o grande desafio, a partir deste momento, é saber até que ponto uma campanha mais radicalizada contribuirá para um aumento da sua popularidade". A um dia do PS renovar o mandato ao actual líder, o professor do ICS acredita que "não é nada seguro que o PS melhorasse a sua ‘perfomance' eleitoral sem Sócrates". Passos continua a ser o segundo líder mais popular mas sofre um aumento das opiniões negativas (mais seis pontos) e uma queda das positivas (um ponto). Na extrema-esquerda, tanto Louçã com mais um ponto percentual no saldo entre opiniões negativas e positivas, como Jerónimo de Sousa (mais quatro pontos percentuais) estão a beneficiar com o clima de austeridade. No mesmo dia em que recebe os partidos políticos e em vésperas de convocar o Conselho de Estado, desta sondagem Cavaco Silva recebe a notícia de que continua a ser o mais popular entre os protagonistas políticos, o único com um saldo positivo de 16%. Ainda assim, entre os socialistas o número de descontentes com o desempenho do Presidente passou de 32 para 50%"

Sem comentários: